Capítulo 15

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*Aqui o capítulo prometido*

Não foi preciso esperar muito para que Lucas chegasse e me ligasse para que eu descesse para o encontrar. Matheus até se ofereceu para ir comigo, algo que eu automaticamente neguei, sabia que era um momento meu com meu irmão e previa que ele chegaria com raiva. E confirmei isso ao encontrá-lo.

- Que cacete é isso Júlia? - perguntou irritado

- Fale baixo Lucas! - reclamei

- Do Matheus, Jú? - ele perguntou e eu assenti - Ele não era teu melhor amigo?

- Sim, era - falei

- Mais ele namorava a tua amiga! - falou Lucas que a cada segundo ficava mais revoltado - Virasse amante agora? - gritou

- Não grita com ela! - falou Matheus entrando na conversa, até agora não sei de onde ele surgiu - Ela não pode se exaltar!

- Fica quieto que isso tudo é culpa sua! - falou meu irmão

- Então vamos resolver nós dois, sem ela. - falou Matheus apontando para mim

- Não, vocês não vão a lugar algum! - me meti na conversa deles

- Antes de irmos - falou meu irmão ignorando o que eu havia dito - Só para você saber, Júlia, que eu vim aqui a pedido de nossos pais, eles querem falar com você. Acho que estavam dispostos, até, a te aceitar de volta em casa.

- Eu sinto tanta falta deles - falei chorando e Math me abraçou

- Eles vão adorar saber sobre o seu amante! - falou irônico

Esse era meu medo, meu pai sempre fora amoroso, porém rígido,  acho que por isso me humilhou tanto quando soube da gravidez. Minha mãe não era tão amorosa mas dava o seu máximo por nós, ela nunca gostou do Matheus nem da Marcella, quando ela descobrir, ela vai surtar.

- Por favor Lucas, não conta! - falei no desespero

- Vai esconder deles também? - Lucas me retrucou

- Não, só deixe que eu conte - supliquei enquanto chorava

Senti uma tontura muito forte que quase me levou a chão, entretanto, Matheus foi capaz de me amparar. Vi meu irmão me olhar assustado, ele não sabia o quão de risco era minha gestação. Fechei meus olhos com força, na tentativa de conter aquela sensação agoniante e em seguida os abri.

- Está vendo o que você fez? - falou Matheus - Eu disse que ela não podia se exaltar!

- Eu não sabia que era delicado assim - falou meu irmão

- Poderia ter me escutado - retrucou Math - Senhor José! - chamou o porteiro

- Oi menino Matheus, Júlia - comprimentou

- Interfona para minha mãe e pede para que ela desça, por favor! - pediu e o porteiro concordou

- Por que quer que ela desça - perguntei, depois de tanto tempo calada, a tontura já havia diminuído, mas, ainda assim, mantinha-se  presente, junto com um enjôo.

- Para você subir - falou - Não discuta - me cortou rapidamente, sabendo que eu retrucaria - Pelos nossos bebês, princesa, você precisa de acalmar e descansar - falou alisando meu rosto e e eu escondi a cabeça em seu peito.

Pouco depois Adriana chegou, comprimento meu irmão e se aproximou de mim e Math, que lhe explicou porque a chamara. Prontamente ela me acolheu em seu braços, sem dúvidas, ela era a melhor avó que meus filhos poderiam ter.

Escondi meu rosto em seu pescoço sentindo o cheiro, de um sabonete suave, que minha segunda mãe tinha. De um tempo para cá ela é Math têm evitado perfumes, por conta de meus enjôos. Eles têm feito de tudo por mim e minha gestação.

Adriana me ajudou a levantar e fomos em direção ao elevador. Não me despedi de meu irmão, que me observava toda a cena, apenas me contentei em seguir Adriana. Fomos conversando e ao chegarmos em nosso andar seguimos em passos lentos, devido a minha barriga que já pesava e dificultava minha locomoção e agilidade, até o quarto de Matheus.

- Você está melhor minha flor? - perguntou

- Sim, Adriana - respondi deitando na cama e sentindo ela erguer meus pés e coloca-los sobre travesseiros, dica dada pelo Dr. João, para diminuir e previnir os inchaços.

- Meus netinhos estão quietos? - perguntou sorrindo.

- Estão mexendo - falei sorrindo e vi seus olhos brilhando - Quer tocar?

Nunca havia lhe pergunta do isso e ela também nunca havia pedido, mas seu sorriso se abriu mais ainda e depositou sua mão em minha gigante barriga. Prontamente, como se reconhecessem as mãos da avó, os meninos começaram a mexer mais forte, me fazendo sentir um pouco de dor.

- Deve doer bastante - falou Adriana alisando minha barriga - Se dói um, dois então - falou vendo minha pequena careta - Meus netinhos, calma com sua mãe, vão machuca-la! - falou com meus bebês.

Continuamos conversando sobre gravidez e bebês até o telefone tocar e ela ir atender. É legal conversar com alguém que me entende. Sim, o Matheus está sempre ao meu lado mais ele nunca engravidou.

Por falar em Matheus eu estava muito preocupada, já quase uma hora que eu havia subido e nada dele subir também.

- Jú! - ouvi Adri me chamar, ela havia me pedido para chama-la assim.

- Oi Adri

- Você está bem? - perguntou e eu assenti - Mesmo?

- Sim - respondi

- Sem dores? - perguntou e eu estranhei

- Sim Adri, porque? - perguntei

- Então se arrume que iremos ao Shopping, tenho salão de beleza marcado e então faremos algumas comprinhas - disse animada

- Mas Adri, eu acho melhor não, eu nem tenho dinheiro - falei envergonhada

- Mas eu tenho - falou

- Vocês já fazem muito por mim, eu não...

- Apenas se apronte - me interrompeu e em seguida saiu do quarto

***

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Grávida do Melhor Amigo (CONCLUÍDO)Where stories live. Discover now