Capítulo 10

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Já estava na casa de Matheus à uma semana, e tudo ia muito bem, a mãe dele é uma fofa, seu pai é muito gentil - apesar de quase nunca está em casa -, seu irmão parece ter se acostumado comigo. E eu e Math? Estamos muito bem. Eu não paro de engordar, essa semana foram dois quilos, e os bebês estão bem. Eu estava feliz, ele me fazia feliz.

Mas nada pode ficar bem para sempre, pelo menos não na minha vida. Hoje é o dia que Marcella volta de viajem. E eu só consigo ter medo e receio, primeiro vamos contar a ela que o filho é de Math e em seguida, contaremos que estamos juntos e ele vai acabar com ela.

Parece um plano perfeito, mas não é! O medo de perdê-lo está me consumindo e o medo do julgamento dela também. Ela me ajudou muito e eu me sinto uma carrasca roubando o namorado dela, mas eu preciso dele! E outra, duvido de quem Math me largue. Ou pelo menos os filhos ele não vai largar.

Eu tô aqui deitada na cama com meu vestidinho de tecido fino, que me deixa muito fofa e destaca minha barriga, tentando criar coragem para me levantar e ir encontrar com ela.

– Vamos logo - falou Math entrando no quarto

– Eu não quero ir - chorominguei pra ele que vinha em minha direção

– Vamos princesa, vai da tudo certo! - falou segurando em minha mão para que eu me levantasse

– Promete? - perguntei e ele assentiu - Me ajuda a calçar os sapatos - pedi estendendo os pés à ele e ele os calçou

Saímos de casa e pegamos um táxi para a casa de Marcella, passamos o caminho em silêncio, mas eu notava que o Math estava tranquilo. Quando chegamos ele pagou o táxi, e entramos no prédio, subimos o elevador de mãos dadas, eu já conseguia ficar em pé, as dores já não era mais um grande incomodo.

Chegamos lá e soltamos nossas mãos, Marcos foi quem abriu a porta, e não deixou de brincar com o fato de eu está uma bola, o que me fez relaxar e rir um pouco,  notei que Math ficou com ciúmes e isso me fez rir mais e ele me olhar com cara feia.

– Júuu!!!!! - me comprimentou Marcella me abraçando forte - Como eles cresceram!!!! - sim, havia contado a ela sobre o fato de serem 2 e não apenas um bebê. Não, não contei em que circunstancias havia descoberto, para ela tinha sido uma ultrassom comum - Você tá linda - falou e piscou pra mim

– Foi tudo bem de viajem? - perguntei sorrindo e ela assentiu

– Oi mô - falou indo até Matheus o abraçando e beijando em seguida, o que me fez enjoar na mesma hora e conter-me para não vomitar

– Sentiu minha falta? - Marcella perguntou a Math ainda agarrada ao pescoço dele e notei ele me olhar e fazer uma cara de quem lamentava o ocorrido.

– Claro que senti - falou e ela o beijou de novo, e o que me deu mais raiva foi ver ele retribuir abraçando-a forte pela cintura

– Vocês vinheram juntos? - perguntou quando o soltou e eu assenti - Vem mô, senta aqui - apontou a cadeira e ele se sentou e ela se sentou ao seu colo

– Sim - falou Math enquanto ela colocava a mão dele em sua coxa

– Você finalmente criou coragem de contar a ele - falou e sentou-se mais pra trás bem encima do pênis dele e deu uma quicadinha, e vi ele ficar tenso e me olhar como quem quer pedir desculpas e eu virei o rosto.

– Amor, vamos matar as saudades? - falou ela pra ele se dirigindo ao pescoço dele mas parou ao ver que tinham marcas roxas lá, não sei porque não perdíamos essa mania de marcar pescoços...  - O que é isso Matheus? - perguntou ela

– Precisamos conversar Marcella - ele falou e ela assentiu como forma de o mandar continuar falando - Eu gosto de outra pessoa, quer dizer eu amo outra pessoa.

– Isso eu sei desde que começamos a namorar - ela falou 

SABE? - pensei

– Sabe? - perguntou ele

– Sim, sempre soube que você não me amava por completo, mas nunca me importei com isso, tipo, eu também nunca te amei por completo. - falou simplesmente

– Ah, bem. A mulher que eu amo resolveu me da uma chance, e eu não vejo porque continuar contigo se não te amo e tu não me ama - falou Math e eu senti meu coração bater mais rápido

– Bem, não é tão simples assim - falou ela - Quem é essa mulher? Ela é tão boa quanto eu? - quicou novamente no colo dele e eu o vi ficar mais tenso

– Isso não vem ao caso - gaguejou

– Quem é ela? - perguntou virando e deixando assim seus seios próximos ao rosto dele, por mais que ela tivesse me ajudado, a cada segundo sentia mais nojo dela

– Isso não importa - gaguejou mais

– Não? - ameaçou se aproximar da intimidade dele

– Sou eu! - gritei não aguentando mais vê-la pegando em Math. Ela se virou e me encarou profundamente

– Você? - falou seca e eu fiquei em pé e ela me olhou da cabeça aos pés com desprezo - A Júlia, Matheus?

Vamos entender alguns pontos. Vejamos, eu era amiga da Marcella, sim, ela me deu abrigo e me auxiliou muito, não sei o que teria feito sem ela. Na verdade não eramos melhores amigas, ouso até dizer que eramos colegas. Nossa relação era um tanto quanto regada de falsidade, e o que nos unia era Matheus, ele estava entre nos, me aproximei dela por ele. E agora vejo que ela se aproximou de mim para consegui-lo.

– Sim - falou me olhando

– Esse filho é seu? - perguntou a ele apontando pra minha barriga e ele assentiu - Eu sou corna? - perguntou meio irônica

– Queria que fosse, corno aqui, só eu - falou ele - Foi naquela época que tínhamos dado um tempo. - falou e ela se levantou do colo dele e ele se levantou em seguida

– Você não perde tempo né sua vadia? - falou apontando o dedo na minha cara enquanto eu tentava conter minha raiva - Sempre quis o que é meu! Entenda que eu sou melhor que você! - gritou e virou as costas pra mim ficando de frente pra Math e o agarrando novamente, e ele não se mexeu - Fala pra ela que eu sou melhor! Fala pra essa vadia que você só estava brincando com ela! - o beijou e começou a dar chupão nele aí não deu mais pra mim.

Me aproximei dela e a puxei para que ela o largasse e se virasse pra mim e ela me olhou desafiadora e eu dei um tapa no seu rosto que ela devolveu com rapidez, então eu puxei seus cabelos e dei outra tapa nela e ela caiu no chão. Ela me puxou, me fazendo cair sobre ela e eu comecei a dar mais tapas em seu rosto até alguém me puxar e me tirar dali, vi que foi Marcos já que Matheus estava parado parecendo chocado.

– Alguém em explica o que tá havendo! - mandou Marcos enquanto levantava a irmã

– Essa vadia está roubando meu homem! - gritou Marcella - Esse troço na barriga dela é de Matheus!

– Cala a sua boca que vadia é você! -gritei de volta

– Isso é verdade? - perguntou Marcos a Matheus e ele apenas assentiu

– Você é muito ridícula! - gritou Marcella - Precisa de barriga pra prender um homem! Eu tenho pena de você! Mais principalmente pena desses troços que você carrega! - gritou Marcella

Aquilo foi o suficiente pra me enlouquecer e eu voei encima dela dando mais tapas em seu rosto e Marcos começou a tentar puxa-la pra evitar que eu batesse mais nela, mais ela ainda tentava me bater e acertou uma joelhada na minha barriga. Eu senti uma dor aguda mais não me entreguei e dei outro tapa em seu rosto até que Marcos gritou que Matheus fizesse algo e ele me puxou dali e fomos embora.

Eu comecei a chorar, além da dor física tinha o meu emocional e o fato de está perdendo uma "amiga", raiva de Matheus por ele ter se deixado ser tocado daquele jeito. Eu estava destruída.

– Você está bem? - perguntou tocando em meu rosto e eu virei a cara - Ei! Porque isso? - perguntou me puxando pra si

– Não me toca, tá? Não encosta em mim! - gritei e me afastei dele - Eu só quero ir embora está bem?

– Você está com raiva de mim? - perguntou

– Só chama o táxi e fica calado! - falei já chorando

Grávida do Melhor Amigo (CONCLUÍDO)Where stories live. Discover now