35. A bolsa estourou!!!

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Após alguns meses...

As últimas horas foram de tirar o fôlego, ou o pouco de fôlego que eu venho tendo. Essa barriga que cresce a todo momento e vai me deixando ser ar quase o tempo todo. Mas eu estou adorando isso.

Estou com quase 9 meses e eu estou completamente apaixonada por meu barrigão, apesar de às vezes me estressar por não poder mais me agachar para buscar algo quando cai no chão, ou para cortar as unhas dos pés ou pintar. Eu não consigo ver nem a minha "amiga".

Austin não está em casa, está viajando à negócios. Ele saiu do emprego para abrir uma empresa para ele. Assim, ficará mais tempo com a família.
Conforme os dias iam passando sentia a necessidade de comer coisas boas. Graças à Deus não tive nenhum desejo de comer coisas que nem sequer passariam pela minha cabeça sem que eu estive no estado em que estou. Meus desejos são meus amigos, adora comer nutella, morango. E eu estou adorando? Sim, com certeza.

O quarto dos bebês está quase pronto, está faltando apenas um banner de quando eu estava com cinco meses.
Nessa foto, Austin está por trás de mim fazendo número 2 com os dedos e segurando uma plaquinha com os nomes dos nossos filhos. Nem preciso dizer o quanto amei.

Minha vida não poderia estar sendo a melhor, depois que papai voltou se tornou amigo da senhora Bezz e eu não sei porque mas acho que deve estar rolando algo a mais entre os dois. Bom, se estiver que sejam felizes.

Lucca foi ao Brasil resolver algumas coisas mas disse que estaria aqui quando eu fosse ter os bebês. Embora eu saiba que daqui a alguns dias será o dia de em que terei meus bebês em meus braços o mais rápido possível. Quero vê-los correr pela casa. Quero poder cheirar, dar banho e dar de mamar a eles.

Atendo ao telefone que toca na cozinha.

- Alô?

- Amor, deu um probleminha aqui, acredito que estarei chegando só amanhã.

- Está tudo bem aqui meu amor. Estarei te esperando. Te amo.

- Te amo meu bem. Fique bem qualquer coisa me ligue.

Quando estava prestes a terminar o almoço, senti uma pontada na barriga.

- Ai. - pego na barriga mas não sinto nada.

Volto a terminar de colocar o almoço para começar a almoçar.
Sinto mais uma vez mas acho que não é nada demais. Só os bebês fazendo bagunça na barriga.

Olho para o celular e vejo uma mensagem do Lucca no whatsapp falando que havia chegado de viagem e que gostaria de ir me visitar. Disse que comprou presentes para os bebês.
Retornei dizendo que estava me sentindo estranha, afinal eu realmente estava e não tinha noção do que poderia acontecer.
Ele disse que chegaria rápido.

Terminei o almoço e fui deitar um pouco. Peguei no sono e acordei toda molhada. Lucca estava me acordando porque eu estava toda molhada.

Minha bolsa havia estourado.

Foi uma correria só, liguei para Austin mas o celular dava fora de área. Procurei me acalmar, pois estava muito nervosa. Afinal, eles nasceriam hoje?

Lucca me colocou no carro e eu por enquanto não estava sentindo contrações. Liguei mais uma vez pra Austin.

- Amor, você precisa vir hoje pra casa. Eles vão nascer! - respirei fundo, estava nervosa.

- Como assim, Jenna? - Austin fica surpreso com a notícia.

- A bolsa estourou, Lucca vai me levar para o hospital.

- Eu já estou indo meu amor. Vou falar aqui com o pessoal.

Austin não está tão longe de casa algumas horas e ele chegará. Acredito que essas crianças sejam muito rápidas, não está no tempo delas nascerem mas já querem vir ao mundo. Só espero que meu amor chegue a tempo de vê-las nascer.

Alguns minutos depois...

O médico chegou perto de mim e de Lucca perguntando se ele era o pai das crianças. Eu disse que não, ele era o padrinho. Ele disse que estava perto dos bebês nascerem e me pediu para que fosse para a sala de parto. Meu coração foi à mil. Meu Austin não chegaria a tempo de ver ele nascerem. Foi quando decidi que Lucca entraria comigo, estaria ali segurando minha mão naquela hora que eu mais estava esperando.

Lucca além de ser meu amigo desde quando retornei à minha cidade, ele é o padrinho dos meus bebês e nada mais justo do que ser ele quem verá eles nascerem. Já que o pai deles não pôde estar e sei que Austin ficará feliz de não ter entrado sozinha sem alguém pra me dar apoio.

Olho para Lucca.

- Vai ser você que vai entrar comigo na sala, porque além de ser o padrinho é o meu anjo da guarda desde quando retornei para a minha cidade. E sei que Austin ficará feliz de ter sido você.

As contrações começaram a vir com mais intensidade e mais rápidas.

- Jenna, eu não sei o que falar, eu só sei que você é minha melhor amiga e mãe dos meus afilhados. Eu sou grato por você me proporcionar esse momento tão lindo.

- Fala logo Lucca se você aceita ir a sala de cirurgia comigo. - falei entre dentes pois a contração estava cada vez mais forte.

Ele riu, claro não era ele que estava sentindo dores. Mas ele aceitou e segurou minha mão enquanto o doutor trouxera uma cadeira de rodas para me levar até a sala.

Na sala de parto, perguntei ao doutor se ia demorar muito pois eu estava sentindo muitas dores e meu pensamento era de ver o Austin chegar e ver nossos filhos em meus braços. Sei que não ia dar tempo dele chegar e entrar comigo mas há alguém que ama meus filhos também que é o Lucca e ninguém melhor do que ele para estar comigo nesse momento já que meu amor não está.

Lá fora ficaram meu pai e a senhora Bezz. A mãe de Austin só poderá chegar aqui amanhã e acredito que virá apenas ela.

Mais algumas contrações e eu não aguento. Grito.
Dor e mais dor.
A enfermeira vem e dá um toque pra sentir se posso ser normal.
Aparentemente deveria ser mas não há espaço suficiente e como a bolsa estourou terá de ser cesária.

E lá vou eu para a faca.
Brincadeiras à parte, lá vamos nós para dentro da sala.
Só penso em tê-los em meus braços um ao lado do outro.

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