31. 1+1=4

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Capítulo dedicado a uma pessoa mais que especial para mim. Para quem não sabe, eu sou gêmea. Uma amiga da minha mãe era casada com meu tio e era doida para ter filho mas nunca podia pois tinha um  problema.

Hoje, 17 anos depois, ela está grávida de gêmeos e essa é a maior alegria. Ela que sempre quis ser mãe mas nunca podia, Deus enviou logo dois de uma só vez. No momento certo, na hora certa de Deus. Estamos todos felizes, talvez ela nunca veja esta dedicatória mas eu dedico a ela tudo o que nos fez e eu espero que chegue logo seus bebezinhos que ainda não sabemos se é um casal, ou meninos ou meninas. Mas que já são amados por todos.

Ana,
Que sua gestação seja maravilhosa.

*

- Bom dia amor. - acordo com os beijos de Austin molhando-me.

- Bom dia! - me espreguiço e sorrio para ele.

- Está de saída?

- Sim. Mas eu volto logo, não demoro.

- Enquanto isso vou me arrumar, é hoje que vamos descobrir o sexo do bebê. Estou ansiosa.

- Estamos. Quero logo saber como nosso bebê vai se chamar.

Austin vai embora e eu fico deitada na cama. O celular toca e levanto para buscar.

Número desconhecido.

- Alô? - pergunto mas apenas sinto a respiração do outro lado da linha.
Ninguém responde.
Repito a pergunta que é de praxe. Nada ainda.

- Se não responder vou desligar. Não sei quem é e não responde.

Não responde mesmo. Então desligo.
Nunca aconteceu isso comigo, não sei que número é esse muito menos de onde está ligando.

Austin chega em casa e percebe que estou preocupada.

- Pronta meu amor? - pergunta chegando por trás e me abraçando. Daqui a pouco estaremos sabendo se é menina ou menino.
Mas ele percebe que estou diferente.

- O que houve Jenna?

- Nada, apenas alguém ligou pra mim e não falou nada. Achei estranho.

- Não respondeu ou não ligou de novo?

- Até agora não. Eu desliguei só dava pra ouvir a respiração.

- Deve ter sido engano. Vem vamos nos ajeitar, quero saber logo o sexo.

Os minutos passaram e fomos até a clínica. Meu coração disparava a todo momento e quando o doutor me chamou deu até dor na barriga de ansiedade.
Deitei na cama, o doutor levantou minha blusa, e começou a passar um gel. Pegou o aparelho e quando passava na barriga sentia cócegas. Austin não largava a minha mão, eu olhava aquele ultrassom mas não entendia nada, não dá para saber o que se passa nele. Austin olhava para mim e estava emocionado assim como eu.

- Vejamos aqui... - o doutor interrompeu nossos olhares. - Vocês estão ansiosos para saber o sexo do bebê?

Dissemos que sim, afinal era nosso sonho.

- Acredito que ambos estão felizes e ficarão ainda mais.
Aqui - apontou para a tela. - É um bebezinho, esse é menino. Já escolheram o nome?

Estou feliz, nosso Travis! Ai meu Deus!

- Um garotinho para mim brincar de futebol, doutor?

Austin pergunta e eu começo a chorar de tão emocionada. Não consigo falar nada, as lágrimas tomam contam de mim.

- Mas não é só você que vai brincar... - o doutor falou isso e nos olhou de volta.

Como assim? Não entendemos e nos olhamos.

- Meus parabéns! Vocês estão grávidos... de gêmeos! Uma menina e um menino.

- Como doutor? - meu coração quer sair pela boca.

- Aqui e aqui eles estão. - ele aponta.
- O garotinho está com o dedo na boca e a menina com as duas mãozinhas juntas, estão vendo?

Quem disse que conseguimos ver? Já não conseguimos antes imagina agora que nossos sentimentos estão à flor da pele. Gêmeos! Nós teremos gêmeos!!!

- Amor, nosso Travis e Lua. Que emoção meu Deus!!!

- Jenna, ontem estávamos dizendo que não sabíamos quem escolher a vir neste mundo primeiro, se menina ou menino. E aqui estamos, teremos logo de uma só vez os dois!
Preciso trabalhar dobrado!!

Caímos na gargalhada.

De volta para casa, demos a notícia mais linda de nossas vidas para Lucca e sua avó. E Austin para a sua família. Claro que todos ficaram sem acreditar porque eu não podia ter filhos, hoje tenho logo dois. É uma bênção.

Minha vida estava em perfeita sincronia e eu adorando tudo com certeza. Meu casamento seria daqui a alguns dias, eu estava grávida de gêmeos e a felicidade não parava. Mas havia uma coisa me perturbando. Quem entraria comigo na igreja?

- Amor, você também gostaria de que Lucca entrasse comigo na igreja?

- Nossa amor, é uma coisa muito bonita. A amizade verdadeira entre vocês. É rara de se ver. Claro que eu acho ótimo. Afinal ele vai ser os padrinhos dos nossos filhos.

- Jura? Os padrinhos de nossos filhos? Você é incrível. Eu te amo meu amor.

- Daremos a notícia a ele no dia do nosso casamento. Vai ser uma coisa muito bonita. 

- Quero entrar com Lucca na igreja, ele sabe que foi especial para mim desde que eu cheguei aqui novamente. Ele e a sua avó foram como uma família para mim e nada mais digno de retribuir esse carinho.
Estou tão feliz!

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