21. A Descoberta - Parte I

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Como Hannah ficou doente decidi voltar para casa mais cedo. Hannah está com 4 meses e muito ansiosa para saber o sexo do bebê. Eu também estou um pouco ansioso, mas ela fica falando que quer ver o rostinho do bebê pra saber com quem ele vai parecer. Diz que pede a Deus para que seja parecido comigo. Na verdade eu não entendo o porque de estar tão louca querendo que se pareça comigo, mas acredito que seja de mulher grávida mesmo. Hannah não está saindo muito de casa, o médico dela pediu para que repousasse pois a poucos dias ela teve um pequeno sangramento, mas nada aconteceu com o bebê, graças a Deus.

O Will, chefe da Hannah, avisou que viria esta semana aqui visitá-la, já que não pode sair de casa. Ele mandou flores mais cedo com um cartão avisando que viria hoje. Embora ela não quisesse que ele viesse, eu disse que deixasse de besteira e que o recebesse bem. Eu não estaria em casa apesar de querer muito, pois eu prometi a mamãe que a levaria para fazer compras. Mas eu acredito que chegaria a tempo de vê-lo.

- Hannah, estou saindo com mamãe, mas prometo que volto logo e espero que seu chefe esteja aqui ainda. Nunca mais o avistei. Seria uma boa convidá-lo para estar aqui no chá do bebê.

Hannah olhou com cara de não entender muito bem o que eu acabei de dizer mas ela assentiu.

- Tudo bem Au. Quando ele vier aqui, lhe direi.

- Volto já.

Beijei a testa e barriga de Hannah e então bati a porta e fui encontrar mamãe.

No caminho ao supermercado, mamãe achou estranho eu deixar a Hannah sozinha com o chefe dela. Mas eu confio nela, somos casados há algum tempo e ela nunca me fez ter desconfianças.

- Meu filho, você não acha estranho deixar sua mulher sozinha na própria casa com o chefe dela?

- Porque diz isso?

- Porque é muito estranho. Eu se fosse você não gostaria de deixá-la a sós com ninguém. A Hannah é uma mulher bonita, sensual e conquista a todos ao seu redor.

- Eu confio nela mamãe. Apesar de nunca confiar em homens, nela eu confio.

- Tudo bem, você quem sabe. E vamos parar de falar sobre isso.

No caminho para casa mamãe pede para que eu pare na casa de Jenna. E é lá que estaciono o carro. Bato na porta de Jenna e ela vem logo em seguida abrir a porta. Está tão linda que não consigo respirar direito. Prendo a respiração agora por obrigação, seu perfume invade minhas narinas de uma forma tão rápida que não consigo entender.

Mamãe e Jenna estão chorando abraçadas, quase sem parar. E meu único movimento é de ficar hipnotizado olhando para as duas mulheres mais importantes da minha vida. Eu as amo tanto.

Sinto falta da nossa infância, do nossos momentos juntos quando a encontrei. Sinto falta da boca dela, do corpo e calor.

Deixamos a casa de Jenna e meu pensamento é somente nela. Lucca viajou, Jenna está em casa sozinha. Tenho medo de que ema possa ter pesadelos ou passe mal como vem passando alguns dias.
No carro à caminho de casa, mamãe toca meu ombro.

- Eu sei Austin, que vocês se amam. Você deveria fazer o que seu coração pede e não a razão. Você merece ser muito mais feliz do que é agora com Hannah. Você merece, a Jenna merece. E Hannah merece achar alguém que a ame do mesmo modo.

- Mãe é tão complicado. Sinto que se deixar a Hannah e o bebê, estarei fazendo o mesmo que meu pai.

Estaciono o carro na garagem de casa.
Olho para mamãe.

- Filho, você não se parece em nada com seu pai. O que você vai fazer é ser feliz com a mulher que você realmente ama. Isso não é pecado. Pecado é você largar sua mulher com seu filho e não ter nenhuma responsabilidade para com ele.

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