Capítulo 11- Post-it

264 35 51
                                    

LUCAS P.O.V

— Lucas, filho, temos uma notícia para você. - minha mãe dizia, ao eu acordar. — É urgente.

— São quantas horas? - eu perguntei, ainda sonolento, ao perceber que do lado de fora ainda estava escuro.

— São 3 da manhã. - eu arregalei os olhos. "Se isso não for algo importante eu juro que vou tacar essa mulher da janela" pensei. — Aconteceu algo na casa de seu amigo Farkle. - ao ouvir o nome dele me levantei rapidamente e fiquei atento.

— Aconteceu algo com ele? - eu perguntei, preocupado.

— Bom, com ele não.

MAYA P.O.V

          Eu fui a primeira a chegar na casa de Farkle, em um primeiro momento fui barrada pelos policiais, mas logo depois Farkle autorizou a minha entrada. Eu o dei um abraço reconfortante e seguro.

— Você veio de pijama? – ele perguntou, ao analisar minha roupa.

— Claro que sim! São 3 horas da manhã e logo depois que você me ligou, eu vim direto para cá. Ou você acha que eu durmo fabulosa com roupas formais a espera de um momento para mostrar o quanto eu sou elegante para o mundo? – eu disse em um tom sarcástico, fazendo ele dar uma pequena risadinha.

          Ele desviou os olhos de mim e começou a olhar algo que atrás logo atrás, ou alguém. Eu me virei e percebi. Riley. Ela veio correndo até ele e o deu um grande abraço, e demorado. "Os dois tão apaixonados pra caralho, jesus" pensei ao revirar os meus olhos.

— Farkle, tá tudo bem com você? – ela perguntou, preocupada.

— Comigo sim... Mas acho que a Alisson não está. – ele disse, apontando para ela, que chorava desesperadamente, sentada ao lado de sua irmã.

          Eu e Riley nos olhamos e caminhamos em direção a Alisson.

— Hey Ali... – eu disse com uma voz baixa. Ela se virou rapidamente, ela se levantou e caiu aos prantos no meu e no ombro de Riley. "Eu sinto muito" disse Riley, praticamente sussurrando.

— Eu tenho que contar algo a vocês, isso é muito difícil de falar, mas me deixem explicar, por favor. – ela disse, limpando suas lágrimas.

— Ali, depois você conta isso. Nada é mais importante nesse momento do que te ajudar. – eu disse, dando um sorriso fraco.

🔪 (sorrateira sua linda)

          Eu corri até chegar a casa de Farkle, ao chegar lá passei por cima dos policiais e ao o ver, eu dei um sorrisinho, e me direcionei até onde ele estava. O dei um abraço, querendo o proteger. Farkle é um garoto muito inteligente, mas não muito forte. Ele é o meu melhor amigo, junto com Petrutty, que estava junto de Maya, Riley e Alisson do outro do terreno da casa.

— Lucas, você veio! – ele disse, surpreso. — Eu não sabia que você iria vir.

— Eu sempre irei, Farkle. Mexe comigo mas não mexe com meus amigos. – eu respondi.

           Nós dois nos encaminhamos até nossos amigos. Ao ver Alisson, a dei um abraço, não precisei dizer nada, ela já tinha entendido a minha mensagem. Ao soltar os braços dela, olhei para Maya e dei um beijo em sua testa. Eu disse oi para Riley, que estava delirando, e fiz cumprimentei Petrutty.

— Acho que nunca mais teremos uma vida normal. – Maya disse, de cabeça abaixada.

— Mesmo que tenhamos, nós nunca vamos esquecer sobre esses acontecimentos, então... Sim, nunca teremos mais uma vida normal. – respondeu Alisson.

          Ficamos em minutos de silêncio, a respeito a todos e por simplesmente, todos estarem sem palavras para o que aconteceu. Até um policial veio em nossa direção e disse:

— Sinto muito, mas teremos que levar o corpo para a investigação. – ele disse.

Alisson olhou para o corpo, usou seus últimos ml de água restantes em seu corpo para chorar naquele momento.

— Eu nunca vou te esquecer irmã. Você esteve aqui por mim quando ninguém ao menos tentou... Eu te amo. – ela disse, soluçando devido ao choro.

          Mais dois policiais, junto com paramédicos, cobriram o corpo de Marie, e assim, ela conseguiu mudar a vida de muitas pessoas.

🔪

MAYA P.O.V

          Fazia três dias desde que Marie morreu, e eu ainda sinto muita culpa pela morte dela. Eu acredito que ela tenha se suicidado, por minha culpa. Eu no ano passado que fiz bullying com ela, eu que a fiz ser odiada por toda a escola. "Será que tudo é culpa minha? Será que tudo isso só está acontecendo por minha causa?" pensei nisso no caminho da escola, junto com Riley, que também estava perdida em seus pensamentos.

            Ao chegar na sala, cumprimentei meus amigos e sentei na minha cadeira, até que percebi que nela tinha um post-it colado.

"Maya, maya, maya, esse nome me lembra tanto uma palavra.

Morte"

         Eu arregalei os olhos e olhei para os lados, peguei o post-it e guardei em minha mochila. O Lucas veio até mim e perguntou:

— Maya, você está bem? – ele disse, olhando para a mochila

— N-não, eu estou ótima. Obrigada por se preocupar. – eu disse, tentando convence-lo.

           Ele respondeu um "Ok" meio desconfiado, mas não decidiu continuar a conversa. Amém. Eu me virei para frente e vi que o professor de Matemática havia chegado.

🔪

— Scott! Vem lanchar com a gente. – eu gritei ao avistá-lo lanchando sozinho no intervalo.

          Ele assentiu e veio até a mesa e se sentou ao lado de mim e de Riley. Eu sei que os meninos não gostam dele, mas o Scott é legal e bonito. Ok, ninguém liga pro bonito. Mas eu vou fazer com que Lucas e Farkle gostem dele.

— Eai, cara? – disse Petrutty, tentando ser gentil.

— To bem bro, e você? – ele respondeu de um modo alegre.

— To ótimo né. – comentou.

— Scott, você assiste alguma série? – eu perguntei, tentando puxar assunto.

— Eu gosto de Scream, é muito legal ver aquelas pessoas sendo perseguidas. Imagina que doido se isso acontecesse de verdade? – ele disse em um modo sarcástico.

— Scott, por que seu irmão é tão, sei lá, calado? – perguntou Lucas, tentando ser o mais gentil que conseguia.

— Eu sinceramente não sei. Ele era uma pessoa muito popular e aberta antigamente. Até a nossa irmã morrer. –ele disse, em um modo cabisbaixo. Eu o dei um abraço curto, e disse "sinto muito".

— Ela morreu devido a uma doença que ela tinha, desde quando ela tinha 2 anos e foi diagnosticada, saberíamos que ela morreria cedo, só não sabíamos se era um cedo próximo ou distante.

🔪

          Depois do intervalo, fomos para a sala e eu sentei em minha cadeira. Me virei para o outro lado, afim de pegar meu caderno da próxima aula. Eu o achei e deixei em cima da mesa. Me levantei e conversei com Lucas e Riley enquanto o professor não chegava. Demorou cinco minutos para ele chegar e dizer "Bom dia" como se isso pudesse curar tudo o que estávamos passando. Quem dera se isso pudesse.

The Abigail Reign // Lucaya & Riarkle FicOnde as histórias ganham vida. Descobre agora