Epílogo - Parte 01

1K 31 4
                                    


Alfonso estava nervoso e andava de um lado para o outro na entrada da igreja. Anahí tentava o acalmar, mas aquilo parecia ser impossível.

- Ela é só uma menina Any!

- A sua menina tem 23 anos, já é uma mulher linda e se engana se acredita que ela irá se casar virgem – ela segurou o riso pela cara que Alfonso fez - Se já está assim imagine quando ela te contar que...

- Contar o que? – ele pediu curioso, Anahí negou, Alfonso arregalou os olhos – Isadora! Você está em uma igreja, deixem para se engolir mais tarde – o moreno andou até a filha – eu corto o seu bichinho de estimação fora se ousar coloca-lo em um lugar errado. – ameaçou encarando Luciano, o namorado da filha.

- Não se preocupe papai, que ele sabe exatamente os três buracos que necessita entrar e sair. – Isadora piscou ao pai e saiu puxando o namorado.

Uma gargalhada ecoou atrás dele, Alfonso girou o corpo e viu Anahí a poucos centímetros atrás de si. Ela prendeu o riso.

- Acredita mesmo que suas filhas são santas e virgens? – Anahí pediu em tom divertido, cruzou os braços sobre o peito – Bem, Lorena e Guilia ainda são, mas em breve estarão provando o doce pecado da carne, seduzindo os homens, enlouquecendo-os e...

- Chega Anahí, não sou obrigado a ouvir isso. – Alfonso a interrompeu reclamando.

- Depois da festa eu te dou uma amostrinha do que você gosta de ouvir. – soltou um risinho malicioso, colando sua boca a dele e deu um aperto nas nádegas do moreno.

- Você não presta Anahí, não se aproxime com sua malicia, eu preciso entrar na igreja sem nenhuma elevação nas calças! – ele murmurou.

- Ia ficar engraçado. – ela fez uma careta e ele achou melhor afastar-se, voltando para a porta da igreja.

Uma limosine branca parou na porta da igreja, logo Giulia e os gêmeos desceram do carro. Os dois meninos de terno e gravata borboleta bordô e Giulia com um vestido branco, todo bordado e rodado até a altura dos joelhos, com direito a uma pequena coroa na cabeça. A caçula da família estava linda, assim como os meninos. Anahí olhou orgulhosa para os pequenos.

Ricardo e Enrique eram basicamente sua versão masculina, com alguns traços de Alfonso; já Giulia era uma mistura. Tinha os olhos verdes de Alfonso, os cabelos em um louro mel, o rostinho pequeno e delicado como a mãe.

Camila desceu da limosine e Anahí se emocionou. A filha estava linda, uma princesa. O vestido era exclusivo, Anahí mesmo tinha o desenhado, por exigência da própria Camila, assim como a roupa do noivo, de Giulia e dos gêmeos. Pegando carona, basicamente era Anahí que desenhava as roupas que a família usava, tudo em modelos exclusivos para o grande casamento de Camila.

Camila e Axel conheceram-se na escola durante a adolescência e logo o tímido garoto apaixonou-se pela bela menina dos olhos azuis encantadores. Após o ocorrido com o padrasto na escola, Axel teve dificuldades em se aproximar da menina que passou o rejeitar, acreditando que estava com pena dela. Depois de muito insistir e um beijo roubado, Camila demorou anos para entregar-se a paixão avassaladora que os unia, quando ela completou 18 anos.

E agora, após cinco anos de namoro, Axel a levava ao altar. Axel é um belo moreno, de corpo másculo e olhos castanhos. Um pedaço de mal caminho, um convite a perdição, como Camila o descrevia a mãe.

Camila caminhou até a mãe e a abraçou demoradamente. As duas trocaram algumas palavras inaudíveis a Alfonso, deixando-o curioso. Assim que se soltaram, caminharam de mãos dadas até Alfonso, que beijou a filha na testa.

Anahí selou os lábios com o marido, alertou que os filhos se comportassem e caminhou até o seu lugar, no primeiro banco, ao lado de Lorena. A menina que agora tinha treze anos, era uma típica adolescente rebelde, com um gênio forte, herdado da mãe a petulância e do pai a transparência. Os belos olhos verdes, cabelos castanhos e pele branquinha davam a ela um aspecto de boneca. A menina já arranca suspiros dos garotos da escola, mas não liga para isso e quando questionada sobre sua opção sexual ela é taxativa e diz que o interesse dela no momento são os estudos e não um homem para satisfazê-la sexualmente.

Uma musica iniciou anunciando a entrada dos casais de padrinhos. A primeira a entrar foi Manuela de braço dado com Murilo, seu noivo. Sim, ela seria a próxima que Alfonso levaria ao altar, e isso o estava deixando de cabelos brancos. Manuela era sua versão feminina na aparência, dona de uma personalidade única, amável e carinhosa.

Em seguida estava Enzo, um homem feito e a cópia perfeita do pai. Alfonso costumava dizer que Enzo era ele quando adolescente. O garoto trazia consigo a namorada Rafaela, desfilando com a bela morena dos olhos cor de jabuticaba.

Logo atrás estava Isadora. A adolescente é extremamente idêntica a mãe, não só na aparência, como também na personalidade. O namorado Luciano, um loiro de olhos verdes, posava para as fotos todo orgulhoso dela, segurando-a firme e lançando olhares ameaçadores aos demais homens que babavam em Isadora. A menina chamava atenção por onde passava e Luciano se corroía de ciúmes por isso.

E por último, mas não menos importante estava Théo. O menino se tornara um belo homem, motivo de orgulho dos pais. A rejeição sofrida na escola por ser negro hoje não lhe fazia diferença e as meninas faziam fila para namorar com ele, porém Théo já tinha sua escolhida: Fernanda, uma mulata, que estava de braço dado, sorridente ao seu lado.

eD?

Eu nasci para amar você - Livro 02Onde as histórias ganham vida. Descobre agora