Capítulo 51

821 33 1
                                    


- Pequena? – Alfonso chamou e Anahí virou-se para ele – Podemos deixar essa conversa para depois do almoço? – ela assentiu – Eu subo e chamo o Théo. Vocês vão indo almoçar.

Alfonso subiu e Anahí foi com os filhos até a sala de jantar. Ao chegar na porta, mais uma vez o cheiro da carne embrulhou seu estomago. A loira parou estática, prendendo a respiração.

- Está tudo bem mamãe? – Camila preocupou-se ao fitar a mãe imóvel.

Anahí assentiu lentamente, os olhos fixos em algum ponto da sala.

- Eu perdi a fome. – murmurou.

Girou o corpo em um ângulo de 180 graus e saiu do recinto. As crianças, que estavam sentadas na mesa, ficaram observando sem entender.

Alfonso passou pela sala com Théo, estranhou a mulher estar ali, pediu que o menino fosse até os irmãos e foi até Anahí.

- Pensei que estivesse almoçando com as crianças. Porque não...

- Porque eu perdi a fome. – o interrompeu falando de maneira ríspida. Alfonso abriu a boca para falar, mas ela foi mais rápida – Não insiste, eu não volto lá. – disse categórica.

- Você precisa...

- Nada, não preciso de nada. – mais uma vez o interrompeu. Alfonso respirou fundo – Vai almoçar e me deixa sozinha, por favor.

Soltou o ar pela boca, balançou a cabeça em negação. Um leve sorriso brotou em seus lábios. Não adiantaria de nada ele insistir, convencer Anahí a algo quando ela não quer, é a mesma coisa de dar socos em pedras.

Alfonso entrou na sala de jantar, as crianças almoçavam em silêncio.

- A mamãe está dodói papai. – Lorena avisou ao pai.

O moreno trocou um olhar cumplice com Nana que ajudava a menina a comer.

- Devo incluir chá de gengibre e muitas frutas no cardápio da minha menina? – Maria se pronunciou, arqueando uma sobrancelha.

Tanto Maria como Nana, almoçavam com a família na mesa. Anahí e Alfonso eram completamente diferentes de outras famílias, que não permitiam empregados a mesa. Maria e Nana eram muito mais do que empregadas, pertenciam a família. Maria, por cuidar de Alfonso desde que decidiu morar sozinho aos 18 anos, e Nana por cuidar de Anahí desde bebê.

- E ter muita paciência nos próximos meses – ele sorriu – Maria, veja por favor, o que temos de fruta em casa. Anahí não pode ficar sem comer.

- Morango. A mamãe gosta de morango. – Lorena lembrou.

Alfonso sorriu assentindo para a caçula.

- Acho que alguém vai sofrer as consequências. – Camila jogou no ar meio cantarolando.


Eu nasci para amar você - Livro 02Onde as histórias ganham vida. Descobre agora