Me apaixonei por você- Romance Gay

Capítulo XVII - Verdades sobre ele - Narrado por Jonas, J.P e Gustavo.

- Ok, eu vou buscar... Deslizei a tela para bloquear o celular e guardei novamente no bolso, e a ansiedade de ver a resposta dele estava de volta.

O caminho para casa parecia mal longo do que o normal, queria apensar chegar em casa, o tempo andava devagar, cada segundo parecia que tinha um minutos, e tudo aquilo estava me incomodando muito.

Narrativa Gustavo

- Pode terminar de falar, agora estou prestando cem por cento de atenção... Mas a verdade era que ainda estava pensando nele, no seu toque, não pude conter meu pinto ficou duro na hora, e tive que dar uns apertão, antes que o pessoal que estava ali percebesse minha ereção.

- Só queria saber se estava tudo bem, por ai? E claro dizer que estou morrendo de saudade de você... Sua voz mudou, agora um tom meloso se instalou, e naquilo percebi que tinha algo errado, ou aquilo me custaria caro.

- Peço que vá direto ao ponto... Minha atenção estava dívida, minha cabeça de cima estava escutando a Cintia, mas a minha cabeça de baixo estava foca em se enfiar em lugares apertados.

- Seu pai falou com você hoje? Ela perguntou sem toda aquela voz de menina meiga.

- Ainda não falei com ele hoje, porque?

- Eu acho melhor você falar com ele... Um frio correu pelo meu corpo, a morte me visitará naquele momento, ainda não entendia a relação que Cíntia havia com meu pai, mas ela sempre sabia das coisas antes de mim.

- Você pode me adiantar o assunto? A curiosidade se manifestou em mim, agora fiquei preocupado, meu pai e eu não tínhamos as melhores das relações, sempre era meio conturbada, depois que minha mãe morreu, se afastamos cada vez mais.

- Acho melhor falar direto com ele, não quero ser a pessoa a contar sobre esse assunto... Minha barriga tinha acabado de dar um nó, não gostava do rumo que essa conversa tinha tomado, e muito menos de saber que a Cintia sabia de coisas que eu não sabia.

- Ok, vou ligar pra ele agora... Desliguei o telefone, e procurei seu telefone na minha agenda, e liguei assim que encontrei o seu contato, não demorou para a voz grossa atender.

Narrativa J.P

Uma carga elétrica percorria todo o meu corpo, e aquilo tinha sido muito bom, ainda não estava acreditando no que tinha acabado de acontecer, na biblioteca peguei meus resumos e tomei um ar, para voltar ao meu centro de equilíbrio, depois sai de lá e ele ainda estava no telefone, fiquei feliz porque somente um sinal com a cabeça de um Adeus, era o suficiente para ambos, o caminho até a sala foi feito meio que correndo, não podia retornar do intervalo atrasado.

Minha tentativa fala de corrida não adiantou, o sinal tocou, mas finalmente uma coisa boa o professor não estava em sala, o que significava que aquilo não me causa mais broncas, até que fim alguma coisa estava dando certo para mim.

Eu observei que Jess estava concentrado em alguma coisa, não queria incomodar, e ainda mais depois do que houve, ele não acreditaria no que tinha acontecido, Gustavo Adentra, me pedindo desculpas, fiquei admirado por sua coragem e humildade, não sabia o que esperar daquele gesto, não podia negar que senti um pouco de medo.

Meu celular vibrou, olhei para a tela e a nome de Jonas apareceu, abri sua mensagem e um simples "Oi", será que tinha acontecido alguma coisa.

"Oi, tudo bem" A resposta foi digitada rapidamente, o professor estava entrando na sala, eu só espero que não tenha acontecido nada de ruim, Jonas quase não me mandava mensagem, somente quando era para trabalho.

Narrativa Jonas

Ele respondeu, ele respondeu, meu coração estava acelerado, minha adrenalina estava lá em cima, será que toda aquela sensação era... Não podia ser isso.

- Tudo sim, e com você? Senti que precisava de mim... Nossa ligação era muito forte, me recordo que teve uma vez, em que a mãe dele tinha sumido, e senti uma sensação de aperto no coração e no mesmo momento liguei para ele, e então percebi o porquê daquela dor no peito.

- Não fale assim que fico com medo... Senti brotar um risos no canto da sua boca... Até agora está tudo bem, e por ai? Suspirei mais aliviado por saber que ele estava bem, mesmo fingindo aquele sensação de pânico para ele, somente não queria ir direto ao ponto, isso ia parecer um pouco desesperador da minha parte, mesmo que aquele sentimento era real, não queria demostrar logo de cara.

- Você quer comer alguma coisa mais tarde, preciso de contar uma coisa que para mim é muito boa.

- Por mim ótimo, mas você está bem mesmo? Naquele momento entendi a sua preocupação, nunca tinha contado meus problemas para ele, a coisa mais séria que tínhamos conversado até hoje, era sobre um atraso de um dos bolos de um casamento, nossas conversa sempre era muito descontraídas.

- Sim, só quero te contar uma coisa, e garanto que do meu ponto de vista, pode ser um coisa muito boa para mim, quanto pra você... Mesmo não querendo admitir, estava cheio de sorrisos, qualquer um que me visse agora, diria que eu estava apaixonado.

- Para de fazer suspense, diga logo... Eu podia sentir a agitação tomar conta do meu corpo, queria contar a ele por telefone, soltar tudo aquilo que mantive preso no meu peito por anos, e que só agora finalmente tinha entendido e tudo aquilo precisava sair de mim.

- Calma, você saberá no momento certo, mas é uma coisa normal, não crie muitas expectativas... Não queria que no final houvesse decepção, tanto dele quanto minha, então melhor deixar as coisas normais entre nós, até o momento de falar a verdade.

- Pode te encontrar as oito da noite?

- Perfeito, na sua casa as oito, assim que chegar toco a buzina, e vamos comer.

- Claro, agora tenho que voltar aos estudos, professor acabou de chegar na sala, até de noite!

Preferi não responder essa mensagem, pois sabia que ele estava em aula, e não veria naquele instante, preferia falar com ele, observando seus olhos, será que estava criando expectativas muito altas, mas era impossível não criar, visualizei seu rosto na minha mente, e a paz se reestabeleceu no meu coração, estava curioso para saber como seria seu beijo, o toque sincero dele na minha pele, tudo aquilo.

O dia iria passar se arrastando, por mais que tivesse pressa, hoje o dia estava caminhando para ser o dia mais feliz da minha vida.