Capitulo VI - Ele não me ama - Narrado pelo Gustavo

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Depois da cena patética protagonizada Cintia, e sua obsessão por coisas materiais, meus sentimento ficaram meio confusos, como podia uma pessoa tão legal quanto ela, fazer aquele tipo de Barraco por conta de coisas velhas, sinceramente acho que ele precisava mesmo do dinheiro.

O incidente foi esquecido pelo início da festa, me recordo que a dona e representante do buffet veio se desculpar pessoalmente comigo sobre o ocorrido, achei muito profissional da sua parte.

A festa prosseguiu normal, só a ideia de não ter meu pai por perto deixava o ambiente muito mais leve, e todos os meus amigos sentiam o mesmo que eu, pois a maioria trabalha no escritório do meu pai, e o chefe na festa ninguém merece, mas a Cintia sempre queria que fizemos mais coisas em família, ela sabia que um dia eu assumiria todo aquele império.

- Ai sim, Gustavo, parece que finalmente, acho uma mulher para colocar você de volta aos trilhos... Um dos colegas do escritório falou, enquanto colocava uma cadeira ao meu lado, já se formava uma roda de jogo naquele instante.

- Sim, Cintia é uma mulher incrível, sinto que com ela eu posso ir cada vez mais longe, e por falar nisso, os compromissos do escritório e me formando esse ano, tudo o que eu preciso é de alguém que me coloque nos trilhos, não posso perder o foco, não agora... Eu sabia que esse seria muito estressante para mim, com o meu cargo na empresa do meu pai, a finalização do meu curso, artigo cientifico, tudo isso estava me apavorando.

- E cadê seu pai? Pensei que conheceria meu futuro chefe hoje... Márcio disse puxando uma mesa, enquanto zombava da minha cara.

- Ele me ligou mais cedo, e parabenizou pelo aniversário, disse que estava ocupado com alguns contratos da construtora e que não poderia vim, eu ficaria espantado se ele viesse... entre meus amigos da faculdade, meu pai era uma lenda, todo mundo um dia sonhava em trabalhar para ele, ser funcionário de Luiz Adentra, seria perfeito em qualquer curriculum.

- Então quer dizer que ele não vem? A voz dela veio por de trás de mim, ela beijou meu rosto me olhando nos olhos voltou a falar... E agora que você me avisa, eu estava esperando ele para os parabéns... Rindo para todos que estavam em volta da mesa de truco que já ia começar.

- Se era somente isso, que falta para comer aquele bolo delicioso, então acho que podemos fazer isso, e começar a festa de verdade.

Mal terminei a minha frase, e o som do "Parabéns para você..." Já começou, olhei para trás e percebi um carrinho, onde continha um bolo l com meu nome em cima, a cantoria durou um pouco, e percebi um quanto tudo aquilo parecia vazio, eu não sentia felicidade, eu sentia uma grande tristeza.

Vários amigos vieram me abraçar e desejar felicidades, Cíntia foi a última.

- Feliz aniversário amor! E guarda energia para seu presente mais tarde em, seu sussurro me levou ao delírio, eu queria aquilo mais do que tudo, eu sempre tive um desejo louco, eu queria saber como era, alguns amigos meus me avisaram que era o auge do tesão.

- Opa! Claro que não, estou poupando um pouco aqui, somente para você. Afirmei com um sorriso safado no rosto.

Depois desse momento no mínimo estranho a festa se seguiu normalmente, os homens continuaram com sua rodinha, conversando e regado a muita cerveja, alguns whiskies, caminhava pela roda, as meninas ficaram em outra parte da casa, a conversa estava tão boa que não percebi que, o mundo rodava rápido demais.

A última coisa que eu me recordo é de alguns amigos me colocando na cama, e o resto só fui lembrar no outro dia de manhã.

O sol me cegava, a fresta que tinha aparecido entre minhas cortinas tinha me acordado.

- Cintia! Chamei por ela.

E nada, a casa parecia vazia, e resolvi chamar de novo.

- Cintia, você está ai? Perguntei e somente o silencio era o que eu tinha de retorno.

Meu celular vibrava em algum lugar, apertei meu olhos para tentar localizar, mas estava complicado, a luz daquele fresta irritava meus olhos, e o mundo não parava de rodar, por fim, o encontrei na gaveta do criado mudo, eu não sabia que existia uma dor de cabeça tão forte.

- Oi, Gustavo Adentra! Nem reparei em que me ligava, nem ao menos olhei na tela para ver quem estava me ligando.

- Amor, tudo bem? A voz feminina do outro lado perguntava.

- Tirando essa dor de cabeça horrível, que parece que eu vou explodir, o resto eu estou bem! Tentei fechar ainda mais a cortina e fica no escuridão do quarto, a luz do dia era meu pior inimigo neste momento.

- Isso que dá exagerar tanto ontem né Gustavo, você acabou perdendo a maior parte da sua festa, eu nem sei ainda faço essas coisa para você, se você não dá valor nenhum... deu para ouvir o ranger dos seus dentes do outro lado da linha.

- Eu lembro de pequenos flash, acho que não deveria ter misturado tanto tipo de bebidas juntas, e por falar nisso onde você está... Pensando nela naquele momento o meu pau deu sinal de vida, eu sabia que tinha um presente para ganhar, o dela.

- Recebi uma ligação do meu pai hoje de madrugada, minha mãe foi internada ontem à noite, e tive que vim para o interior, para ver como anda a situação e cuidar dela, aproveitar também para visitar, volto somente na segunda semana de aulas, eu sei que vou ficar atrasada nos estudos e na finalização do meu artigo, mas me recupero, e você? Vai ficar bem ai sem mim? Perguntou ela recuperando o folego.

- Claro, eu acho que sim, amor! Avisa a sua mãe que mandei melhoras para ela, e vai me mantendo informado, qualquer coisa me liga, e se precisar de mim avisa... Meu corpo estava cansado demais, até para continuar, somente meu pau que parecia estar bem vivo... Pena que eu não pude desfrutar meu presente de aniversário... a safadeza alterou minha tonalidade vocal.

- Também, parece que não tem limites, agora vai ganhar o presente somente quando eu voltar para a casa.

- Droga, acho que nunca mais eu vou beber... Cocei a cabeça e vi que já era quase duas horas da tarde.

- Esqueci, mandei uma empregada para limpar a amanhã, eu preciso ir, vê se se cuida em Gustavo, e qualquer coisa me liga, beijos... Ela desligou o telefone logo depois retribuir seus beijos.

Eu ficaria em casa sozinho por duas semana inteiras, para falar a verdade não mudaria muita coisa, eu e Cintia vivíamos para o trabalho e estudo, passaria tão rápido.

A faculdade começava amanhã já, minhas férias se resumiria a agradar meu pai, e tentar ao máximo não cometer erros. Esse seria meu último ano, e estava contando que esse ano seria demais, não via a hora de abandonar todo aquele estudo para poder dedicar mais tempo na minha vida pessoal.

Me apaixonei por você- Romance GayWhere stories live. Discover now