Capítulo XVI - Desculpas Aceitas - Narrado por J.P , Gustavo e Jess

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Narrativa J.P

Nem tinha percebidos os meus olhares, quando o Jess pegou a barra da camiseta e esfregou na minha boca, em sinal de limpeza.

- Espera, espera, deixa eu limpar aqui essa baba escorrendo pelo canto da sua boca... Esse movimento fez ele sorrir, o mesmo sorriso gostoso de se ouvir.

- Não está escorrendo nada seu idiota, para de ser bobo... Puxei minha camiseta para baixo, por mais que eu não quisesse admitir havia algo acontecendo.

- Sobre a perspectivas dos grandes pensadores, essa troca de olhares só pode significar duas coisas, primeiro: ele tem a intenção de ferir você ou até mesmo matar, ou ele quer fazer sexo com você, um dos dois! A frase saiu completamente séria, como se realmente tivesse parado sua vida para fazer esse tipo de estudo.

- Fico com a primeira opinião... Meu corpo se trancou nesse momento e Jess ficou surpreendido com a minha frase.

- Preciso de mais explicação, se você quer que eu entenda, como assim, ele quer te matar? O reflexo de surpresa ainda estava presente na sua cara, os risos sumiram.

- Às vezes, faço freela de garçom e ajudante em um buffet da mãe de um amigo meu, e estava trabalhando na festa de aniversário dele do sábado, mas de repente minha mão balançou um pouco fora do comum, e aconteceu um acidente com uns pratos antigos, e ele foi a primeira pessoa que me viu, depois do acidente, minha mão estava cheia de sangue, mas o que mais me surpreendeu foi a agressividade que a esposa dele me atacou.

- Cintia? O terror cercou meus olhos, somente por ouvir seu nome.

- Sim, essa mesmo, nunca tinha conhecido uma pessoa tal malvada e tão egoísta em somente um dia, como será que ele aguenta viver com ela? Sinceramente, ele não parecia o tipo de pessoa que aguentava todo aquele mal humor, mas talvez com ele seja diferente.

- Ele é muito popular aqui na faculdade, se não me engano ela cursa direito, e ela é noiva do Gustavo, dizem que ela está com por conta do império que ele herdará do pai no futuro, mas ela está com ele deste do início da faculdade, acho que entraram junto.

- Acho que ela pode ser rica, mas tratar as pessoas daquele jeito, que nem um animal... meu olhos mudaram a direção, não queria chorar na frente dele, mal conhecia ele e já ia desabar no choro, mas reviver aquela sensação de humilhação de trouxe sentimentos horríveis.

Me lembro de quando tive que levar minha mãe no hospital e não quiseram atendê-la, simplesmente por julgar que não iriamos pagar a consulta, tivemos que ir em um posto público do qual ficamos mais de seis horas na fila, e a solução não veio naquele dia.

A humilhação que havia sofrido naquele dia, estaria para sempre marcado na minha cabeça, não tinha escolha, estava abalado por tudo que acontecia na minha vida, e lidar com aquilo me fez um homem mais forte, apesar de sofrer, minha mãe sempre me fez crescer nesse lado e me fortificar cada vez mais, então apesar de ficar muito abalado, nunca demonstrei a ela o que realmente sentia, não queria preocupá-la com meus sentimentos.

- Não fica assim J.P! Eu vou te proteger desse tipo de gente, tudo bem? Seus braços rodaram meu corpo e ali me senti seguro, o perfume que exalava do seu corpo era cítrico meio adocicado, seus braços era forte e mesmo assim era macios, se deixasse poderia ficar ali por séculos.

- Tudo bem, então! Agora eu tenho que ir... Tenho que voltar para a aula... Me afastei do seu abraço quente, porque não queria me descontrolar e atacar aquela boca perfeita.

- Tudo bem! Qualquer coisa que precisar, estarei aqui! A distância entre nós não era muito, até que seu pedido veio... Será que você pode passar seu número, quando precisar fica mais fácil e prático... Seu sorriso voltou a surgir.

Me apaixonei por você- Romance GayWhere stories live. Discover now