Katherine Singer - A garota problema (Volume 1)

Capítulo 37: Quando esse inferno vai acabar?

DUAS HORAS DEPOIS

- Me deixa ir embora, William.

- Não dá. Agora não Katherine.

- Para onde estamos indo?

- Cala a boca Katherine, eu apenas tenho que entregar você para uma pessoa.

- Entregar? Eu virei uma entrega. Não sou objeto, nem propriedade de ninguém.

- Chega Katherine.

- Você é louco? Por que faz isso? - Ele não responde.

Estou nesse exato momento amarrada dentro de um carro que está sendo conduzido por William. - Você não pensa no Harry?

- É por ele que faço isso. Porque é meu filho, mesmo que não seja de sangue. É MEU FILHO.

- O que você está falando? Como assim...

- É Katherine, Amélia e eu...adotamos o Harry.

- A-adotaram? Não pode ser.

- Mas é verdade.

- E e-ele...

- Não queria fazer isso com você Katherine, Me perdoe...- Ele diz essas palavras de uma forma tão dolorosa. Como se, se realmente estivesse sofrendo...- Não sinta ódio por mim Katherine, filha, perdão...

- Eu já odeio você. Não me chame de filha, eu não sou.

- Não, você ainda não me odeia, vai odiar agora, é inevitável.

- Por...- Ele para o carro e sai antes que eu continue falando. Me tira do carro de forma bruta, sou quase arremessada para fora daquele veículo.

- Katherine, sinto muito...- Ele diz e em seguida sinto ser puxada e logo envolvida em um abraço, fico sem reação. 

                " Por quê de tudo isso? "

Ele me solta e fica olhando para mim.

- William, que demora. Olá querida...- Diz uma voz atrás de minhas costas, sinto um arrepio por toda minha espinha. Droga, conheço essa voz, não pode ser, não pode ser, não pode...

ANOS ATRÁS

- Que foi querida, por quê está fugindo? Eu vou encontrar você. Sabe, você deveria ter se comportado melhor, prometo que cuidarei bem de você, darei um tratamento especial para você, melhor do que dei para sua amiga... Apareça, já estou cansado desse joguinho. Apareça, vamos, apareça...- Solta uma alta gargalhada - posso ouvir sua respiração... ACHEI!

DIAS ATUAIS

Olho para trás para ver a pessoa que sei bem quem é.
Quando olho Felipe, meu corpo paralisa, sinto no mesmo momento meu corpo perder as forças, fico de joelhos no chão chorando.

- Não William, por favor, por favor, NÃO, ME TIRA DAQUI, POR FAVOR...- William me olha com pena, com tristeza nos olhos, Felipe se diverti, rir, ou melhor, gargalha da situação que me encontro.

- Isso é maravilhoso, magnífico, realmente um ótimo show, Katherine quanta ingenuidade, ainda não percebeu que o mais importante para ele é o dinheiro...- Felipe diz jogando ao ar uma enorme quantia de dinheiro, que caiem sobre mim. Cada nota que cai ao chão ou até mesmo as que apenas caem ao meu redor, depositam em mim uma dor insuportável.

- Vamos...- Felipe me puxa com toda força do chão, quase sinto que meu braço iria sair do lugar naquele momento. Sou arrastada por Felipe até um carro, paramos em frente e ele me joga no capô do carro com toda força, faço uma cara visível de dor quando meu rosto bate naquela droga, e ele me puxa novamente, estou me sentindo uma boneca. Gruda seu corpo ao meu de tal forma que consigo inalar o cheiro forte de bebida e cigarro misturado. Segura minha cintura com uma mão e com a outra meu rosto com brutalidade para encarar-lhe a face ...- Eu disse que você seria minha, Katherine, você é minha...- Cheira meu pescoço e começa a subir a mão que segurava meu quadril para meus seios, sinto vontade de vomitar. Tento empurra esse cretino mas é em vão pois minhas mãos estão amarradas para trás, o que posso fazer é tentar chutar esse maldito...- Vamos continuar nossa festinha em casa, iremos relembrar os velhos tempos meu amor...- Ele fala e logo depois eu gritei e cuspir na cara de Felipe.

- MEU AMOR O CACETE, SEU FILHO DA PUTA...- Grito e ele levanta a mão, acertando meu rosto com um tapa bem dado e me segurando para não cair.

- SUA PUTA, é melhor você se comportar...- Ele diz sorrindo de forma demoníaca.
Sou arrastada para o lado do carro cuja porta já estava aberta, me joga como se joga um saco de batatas. Felipe entra e fica ao meu lado, enquanto um moreno alto dirige o carro com a maior tranquilidade.

Depois de um bom tempo naquele maldito carro, paramos em um lugar afastado de tudo, o que vejo ao abrir a porta são apenas árvores e uma casa bem no fundo. Alguém me tira do carro e me levam para dentro da casa, a casa era enorme e bonita, não imaginava que Felipe estava tão bem de vida.

- Joga ela no porão - Ele diz pro cara que começa a andar para algum lugar da casa comigo em suas costas.
" Maldito, vai me pagar "

- Ai caralho - O homem me deixa jogada num lugar escuro, tento levantar e olhar o local.

MEIA HORA DEPOIS

- Maldito, desgraçado, filho da puta...

- Se eu fosse você economizava sua voz, tenho certeza que você vai gritar muito essa noite...- Felipe caminha até onde estou.

- Fica longe, fica longe...

- Meu amor, eu disse que ficaria com você, você me pertence, não sabe como foi esperar tanto tempo para encontrar você, ter você novamente em meus braços, não sabe quanto tempo eu tive que esperar para possuir você...- Me puxa e começa a arrancar minhas roupas.

- Não, não, sai fora...

- Por quê querida? Calma, vamos nos divertir como da primeira vez, não lembra? Não lembra de como você gritava pedindo para parar enquanto eu estuprava você?, deve ser pelo acidente que sofreu, QUANDO FUGIU DE MIM, perdeu uma parte da sua memória, eu tinha esquecido.

- Do q- que... Eu...- Eu tentava formular uma frase mas não conseguia. Estupro?! Eu não lembro disso, só sei que por um milagre eu fugi, Amélia disse que não aconteceu nada. Ela mentiu!

- Nunca esqueci você, seu corpo, seu cheiro, a forma como tremia quando tocava em você...- Acaricia meu corpo e eu tento ficar afastada dele, o que é impossível, estou grudada numa parede, estava pedindo a qualquer força do além que me puxasse para dentro daquela maldita parede.

- Já esperei de mais minha cara Katherine...- Felipe levanta, anda até uma caixa de som, liga e começa a tocar uma música,  coloca o som num volume alto...- Vamos fazer dessa noite inesquecível meu amor.

- Fica longe, ou eu...

- Ou você o quê? Nem tente, você está amarrada e não pode fazer nada, ou seja, tenho você todinha para mim está noite e quem sabe, quais outras. Acho melhor você comporta-se bem...

- Não, por favor...

- Shiu, quietinha... Você é minha...- Felipe me puxa para mais perto de si, rasga minha blusa com as mãos.

- NÃO...- Grito, ele ignora, com uma das mãos segura meu cabelo e o puxa para trás, começa beijando meu pescoço e descendo até meus seios.

- Como você é gostosa Katherine...- Diz e puxa minhas pernas, de modo que acabe deitada, tira minha calça me deixando apenas de sutiã e calcinha, tenta me beijar, e morda sua boca com força, ele se afasta e me bate no rosto.

- Você está me excitando ainda mais querida...- Diz.