Capítulo 8- Ajuda

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Jéssica ainda se sentia meio tonta dentro do carro, estava com muito sono e sua cabeça girava.
__pra onde você tá me levando?

__já falei, pra sua casa. – Will respondeu sem tirar os olhos da estrada.

__eu estou bêbada?

__o que você acha?

__acho que sim. Não posso voltar pra casa bêbada, meus avós vão... – Will freia o carro abruptamente e Jéssica se lança para frente, se não estivesse com o sinto de segurança com certeza teria voado de dentro do carro.– por quê você fez isso?

__você pode descer.

__descer? Mas a gente tá no meio da rua.

__eu sei. Você pode descer e dormir na calçada, como um verdadeiro bêbado já que não quer ir pra casa.

__não foi isso que eu quis dizer, eu..eu..–Jéssica solta um bocejo – tou com mui...to ...son..– e foi isso, ela simplesmente dormiu ali, do nada, simplesmente dormiu.

Will já estava sem paciência, e com certeza se arrependera de ter ido atrás de Frederick e aquela garota irresponsável. Ele voltou a dirigir o carro, e a garota tinha ganhado.
Dessa vez não tinha mesmo como ele a levar para casa, não tinha como simplesmente chegar com a neta dos Verlado bêbada nos braços deixá-la lá e ir embora.

__espero que você esteja mesmo dormindo garota.

Quando Jéssica acordou, não sabia novamente onde estava, surpreendente como durante uma noite ela tivera se perdido duas vezes, e todas as duas ela tinha acordado e visto o mesmo rosto.

__ainda estou dentro do seu carro?

__achou o banco do meu carro tão confortável assim?

Jéssica sentou-se na cama e sentiu uma grande pontada na cabeça, levou a mão para segurá-la pois parecia que iria cair a qualquer momento.

__você está com ressaca – Will falou e pegou um copo com água e deu junto a um comprimido para Jéssica. – beba isso.

__ não posso beber remédios assim, é perigo..

__mas pode beber álcool a noite toda!

__eu não queria, apenas experimen...

__é apenas pra passar a dor de cabeça, se não quiser não tome. Apenas cuide-se logo, você tem que ir embora – Will virou as costas, mas antes de sair do quarto voltou – se eu fosse você, tomaria um banho. Você fede a vômito.

Jéssica tomou o comprimido e também o banho. De repente Jéssica deu-se por conta que tinha dormido na cama de um garoto e ela estava bêbada, o quê poderia ter acontecido entre eles?
Jéssica vestiu suas roupas que ainda estavam sujas de vômito e foi encontrar Will sentado no sofá da sala.

__finalmente – Will levantou-se– vamos, ainda tenho que levá-la embora.

__espera. Eu dormir aqui, por acaso a gente...

__posso ter feito coisas erradas, ou..ainda fazer, mas não era por mim que você ia ser estrupada de madrugada.

__oh!– Jéssica exclamou e alguns flashs de memória vieram. Ela lembrou do garoto da festa, o que tinha a beijado a força.– Me desculpe... e obriga..

__só não diga nada a ninguém, absolutamente nada. Nem sobre mim, nem sobre Frederick, está me ouvindo? Você nunca esteve aqui.

__tudo bem, eu não vou...

__vamos embora logo, já perdi muito tempo com você.

Jéssica seguiu Will e percebeu que estava em um apartamento. Quando entrou no carro de Will percebeu que ele não estava mais com vômito, o que a livrara da promessa de limpá-lo.

__você mora com seus pais? Não os vi. Estão trabalhando?

__você pergunta de mais. Não é da sua conta. Lembra-se do fale comigo quando for necessário !? Ainda tá valendo.

Jéssica passou o caminho calada, agora que não estava mais bêbada deu conta do que tinha feito, passou a noite inteira bebendo com pessoas que tinha acabado de conhecer, e seus amigos que a levara tinham a abandonado com aquelas pessoas. Quase fôra estrupada por um rapaz, se não fosse Will o pior teria acontecido.
Mas ainda não tinha acabado, agora teria que enfrentar seus avós e seus amigos.

Uma Carta Para DEUS Where stories live. Discover now