A filha da rainha - contos dos medium fairy. (Em Revisão)

Capítulo 78 - Ajuda

*Ariana

Olhamos na direção do som.
Alberon segurava alguém pelo pescoço.
Não pude ver o rosto da pessoa, pois seus longos cabelos negros o cobriam. Mas pude perceber que era um homem. Uma de suas asas estava dobrada em um ângulo estranho, provavelmente quebrada, o que tornava mais perigosa a queda daquela altura.

- Quem é aquele? Perguntei tentando identificar a pessoa apesar da falta de luminosidade causada pela tempestade.

Senti Andrês enrijecer ao meu lado e soltar minha mão em seguida.
Olhei para ele preocupada. Seu olhar não se desgrudava da cena do telhado.

- É o meu pai. Balbuciou Andrês.
- O quê? Gritei tentando enxergar melhor.
Foi quando a pessoa em questão levantou o rosto e eu pude reconhecer o pai de Andrês.
- Por Fyri! É o senhor Dracon. Falei cobrindo a boca em seguida devido ao nervosismo.

Andrês deu um passo para frente, mas parou e voltou a se postar ao meu lado.
O olhei com estranhamento.
- Andrês, o quê está fazendo? Vá ajudar o seu pai. Falei o empurrando para frente.
Ele resistiu.
- Não posso. Tenho que ficar ao seu lado. Disse ele de cabeça baixa.
- O que está dizendo? Se você não for ele pode morrer. Insisti com voz aflita.
- Eu sei. Disse ele se virando para mim. Seus olhos brilhavam por causa das lágrimas não derramadas - Mas eu prometi que ficaria ao seu lado sempre. Você é a pessoa mais importante para mim. A pessoa que eu devo proteger. Declarou deixando escapar uma lágrima que desceu até seu queixo.
- Por que você é meu guardião?
- Porque te amo. Respondeu ele fazendo o meu coração saltar de emoção.
Segurei seu rosto em minhas mãos.
- Eu também te amo, mas o Andrês que eu amo jamais deixaria seu pai morrer se tivesse como o ajudar.
- Mas eu jurei. Insistiu ele.
- Você sempre está comigo quando eu preciso.
- Eu não posso te deixar sozinha durante uma guerra. Insistiu ele.
- Como meu guardião você deve me auxiliar. Eu preciso fazer uma coisa e você outra. Eu devo falar com o povo e você deve salvar o meu tutor. Agora que minha mãe está impossibilitada, Dracon é quem me ajudará a governar. Eu preciso dele. Como rainha eu ordeno que o salve. Falei ainda segurando seu rosto.
- Mas Ariana...
- Shiiiuu. Falei negando com a cabeça - Você me acha tão fraca ao ponto de pensar que eu não sou capaz de me defender sozinha por um curto período de tempo?
Andrês encostou sua testa na minha.
- Você é a garota mais forte que eu conheço. Disse me olhando nos olhos.
Escorreguei minhas mãos para sua nuca e o puxei para mim. O beijei com paixão.
Em seguida o afastei.
- Agora vai. Falei dando um passo para trás.
Ele pegou minha mão e beijou com delicadeza. Em seguida se virou para partir.
- Andrês! Chamei.
Ele se virou.
- Como sua rainha eu ordeno que volte são e salvo para mim. Ordenei apontando-o.
Andrês sorriu.
- Como seu guardião, eu juro que voltarei. Respondeu ele.

Em seguida fez uma continência e flutuou indo em direção a luta de seu pai.

Ainda o fiquei observando por alguns segundos.
Depois mais determinada, respirei fundo para cumprir a minha parte do acordo.
Eu tinha que chamar o povo de Aurór a luta. Mas como minha voz os alcançaria?

Olhei ao redor procurando a pedra amplificadora que Dracon usara. A última vez que eu a vira, ela estava a minha frente em cima de seu pedestal de ouro, mas já não o estava mais.
É lógico que por causa da luta e da tempestade, tudo estava uma bagunça.
Se eu me lembrava bem, a pedra era dourada quase da cor do pedestal.
Começei a procurar relativamente tranqüila, já que a luta dos faes ocorria principalmente no ar, com exceção dos feridos que estavam caídos. Me forçei a desviar deles pois a minha missão era importante para toda Aurór. Se eu me desviasse do meu objetivo, toda a nossa terra poderia sucumbir aos tenebris.
Enquanto eu olhava em cada canto, encontrei o pedestal partido em dois. Uma das partes estava manchada de sangue. Alguém o usara como arma.
Mas a pedra não estava em lugar algum.