Capítulo 14

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Catarina

Adam segurou a minha mão enquanto nós vamos caminhando para dentro da floresta. O caminho não difícil, na verdade tem uma trilha entre as árvores. Mas meu senso de direção é horrível, ou inexistente. Tenho que fazer o mesmo caminho dezenas de vezes para poder ter uma noção de onde estou indo, mas não é garantido.

_Para onde vamos? – eu pergunto olhando tudo em minha volta. 

_A um lugar que não tem nos livros de histórias – Adam fala apertando minha mão.

_Como assim? – eu pergunto quase chocada. Eu pensei que sabia de tudo que tem nesse castelo.

_A curiosidade matou o gato... – ele fala sorrindo para mim e eu quase suspiro. – .... Mas nesse caso a gatinha.

_Seu bobo – eu digo, batendo de leve no seu ombro. E sinto um sorriso bobo se forma nos meus lábios, não dar para fica seria na presença de Adam.

_Vem. – ele diz pegando minha mão novamente e me puxa. Corremos por alguns minutos quando paramos em uma grande clareira que no final, tem ruínas de uma mansão.

Seria completamente linda se não estivesse destruída.Eu engulo em seco quando sinto uma pontada de tristeza cai sobre mim. Eu  me aproximo e vejo escadaria intacta e com algumas folhas de flores caídas sobre elas. 

_É, você tem razão – eu sussurro, quando nos aproximamos. Tem samambaias e outras plantas crescendo entre as ruínas.

_O que aconteceu aqui? – eu pergunto andando para onde eu acredito que foi o hall de entrada.

_Um incêndio – Adam fala atrás de mim.

_Mas eu pensei que o incêndio foi no castelo onde você mora. – eu falo virando na sua direção.

_Sim, você não estar errada. Mas foi aqui que aconteceu uma verdadeira tragédia... no Castelo Montes só foi um pequeno acidente na cozinha nada comparado, o que aconteceu nesse lugar. – Adam fala sério, pegando minha mão e me levando para longe dos escombros.

_Você perdeu alguém? – eu pergunto engolindo em seco. Eu me sentei, do que sobrou da escada de pedra na frente da mansão.

_Sim, um casal de amigos da minha família. Foi uma noite difícil para todos nós – ele falou como ainda doesse. Eu coloco a cabeça no seu ombro e tenho conforta-lo.Ele beija minha cabeça e passa seu braço sobre meu ombro.

_É difícil perder alguém que amamos. Eu também perdi o meu pai, foi a muito tempo mais ainda machucar, lembra que ele não está aqui, dói. – eu falo baixinho.

_Mas a dor diminui e só nos resta as boas lembranças – Adam fala beijando minha cabeça.

_Me fale sobre eles – eu peço, tocando seus cabelos com os meus dedos. Amo a sensação de meus dedos correndo pelos seus fios castanhos escuros, eram quase como a noite.

_Amaro e Suzana eram assim que se chamavam. Era um casal carinhoso, feliz, amoroso. Sempre sorriam, mesmo quando tudo estava errado, mas eles sempre viam o lado bom das coisas. Procuravam sempre ajuda o próximo. – Adam fala ao pega minha mão e entrelaça os nossos dedos. – eles estão tão felizes quando descobriram que iam ter um bebê. Mais um, para completa o perfeito. Eram assim que falavam. Só que um acidente levou a vidas deles, que dizer as chamas. Não podemos chegar a tempo.

_Sinto muito, Adam. – eu digo beijando seu pescoço.

_Pensei que tinha perdido tudo – ele diz baixinho.

_Adam...

_Mas estava errado, muito errado. – ele fala. – Eu ganhei uma chance, para fazer tudo certo dessa vez.

Um Lorde Nas TrevasWhere stories live. Discover now