Free Fallin { Justin Bieber }

Capítulo Vinte e Quatro

It is time to grow up boy

Já era por volta das seis da tarde quando Caitlin começou a apertar a campainha da casa de Isabelle, a garota não era das mais pacientes e a demora também não ajudava. Finalmente Amélia aparecer na porta, parecendo surpresa com sua presença.

-Se veio aqui trazer um recado daquele rapaz acho melhor dar meio volta e ir embora.

-Não, não é isso –ela disse meio nervosa –Eu sou amiga da Belle, eu só queria saber como ela esta. –a menina suspirou num tom de coitada tentando convencer a mulher –Por favor!

-Tudo bem –ela abriu passagem pra garota entrar –Vem cá –a mulher levou Cait até a cozinha onde elas pareciam terminar o jantar.

Pra surpresa de Caitlin, ela não estava jogada em cima da mesa cortando cebola e chorando, havia um garoto ali. Muito bonito diga-se de passagem, sentando a frente da menina a fazendo rir. Ela gargalhava e apontava pra ele que ria de volta. A garota chegou a pensar por um momento que havia algo entre eles, podia jurar que rolava um clima, algo intimo demais. Cait dispensou aqueles pensamentos toscos e deu um passo entrando de uma vez por todas na cozinha.

-Isabelle? –ela disse se aproximando da amiga, que pareceu tão surpresa com a sua presença quanto a mãe.

-Caitlin, o que faz aqui? –ela disse se levantando.

-Vim te ver –ela respondeu oscilando o olhar do menino pra amiga.

-Ahh –ela suspirou mostrando um falso entusiasmo pro garoto. –Esse é o Robert, Robert essa e a Caitlin uma amiga da escola. –Caitlin fez careta nas palavras "amiga da escola"

-Amiga da escola –ela sussurrou com nojo. –Será que da pra gente conversar? –disse pressionando a menina.

-Claro –ela disse meio sem graça. –Robert, você pode dar uma força pra mamãe enquanto eu fico um pouco lá em cima com a Cait?

-Mas é claro –ela deu um sorriso que fez Caitlin se sentir na nuvem por alguns instantes. –Foi um prazer te conhecer Caitlin –disse tirando a menina do seu sonho momentâneo.

-Que isso, o prazer foi todo meu –disse com cara de safada deixando o rapaz envergonhado.

Belle puxou a amiga escada a cima antes que ela pula-se feito uma loba selvagem em cima do coitado, elas atravessaram o corredor e entraram no quarto da menina.

-Eu ainda me surpreendo com a decoração do seu quarto, quantos anos você tinha mesmo quando começaram com isso? –Caitlin disse sem maldade.

-Pensei que tivesse vindo aqui pra conversar e não ofender a decoração do meu quarto –a menina disse se sentando uma das poltronas cor rosa bebe espalhadas pelo quarto.

-Me desculpa, você sabe eu sempre falo pelos cotovelos –sentou na cama da menina a encarando. –E ai como você esta?

-Bem, eu posso dizer que não me afoguei nas lágrimas que derramei a noite inteira, então no momento pra fazer com que eu me sinta melhor eu me considero uma sobrevivente. –Elas riram, meio fraco, mais riram.

-Eu ainda não sei bem o que aconteceu, se não for te incomodar muito será que você poderia me contar? –Belle limpou a garganta e começou a contar a história do começo ao fim sem poupar os detalhes, Caitlin já sabia mais ou menos sobre o assunto, mas por alguns segundo ficou boquiaberta.

-Sério mesmo, tipo acabou? Eu não acredito. –ela disse se aproximando da amiga, que estava com os olhos marejados, e segurou suas mãos. –Eu sinto muito.

-Não mais do que eu, ainda não acredito que isso realmente ta acontecendo. –a menina secou uma lágrima que caía.

-Vai ficar tudo bem, eu tenho certeza, vocês voltando ou não. –ela abraçou a amiga por alguns instantes –Esse Robert é solteiro? –Belle riu entre lágrimas no ombro da amiga.

-Não, ele não tem namorada. –disse soltando do abraço.

-Então eu posso atacar?

-Ai eu já não sei...

-Como assim não sabe? –ela deu um pulo na cama apontando pra menina –Você ta afim dele, eu sabia. Aqueles risos soltos na cozinha.

-Claro que não –ela jogou uma almofada na outra.

-Nada que um ombro amigo e gostoso não cure, essa é a minha filosofia de vida –cantarolou fazendo a amiga rir.

***

A claridade do sol na porta da delegacia fazia com que os olhos de Justin queimassem como se ele fosse um daqueles vampiros das series de Tv. Ele acabara de ser liberado e estava acertando umas ultimas coisas com o advogado.

-Você vai responder o processo em liberdade e não poderá faltar nenhum dos dias de seu trabalho comunitário na Igreja. – O advogado disse, mas Justin não conseguia prestar muita atenção no que ele dizia. Só tinha olhos pra sua mãe que permanecia parada atrás do advogado com cara de nada havia acontecido. –Graças a Deus foi provado que você não sabia sobre o roubo do dinheiro e que não havia participado de nada, isso te deixou fora de uma grande encrenca rapaz, se não fosse aquela fita mostrando você saindo primeiro e o depoimento do seu amigo. –Justin interrompeu o advogado surpreso.

-Depoimento do meu amigo? –ele perguntou sem entender.

-O Chaz, o outro rapaz que foi preso com você. Ele disse aos policiais que você não sabia e naquele momento estava tentando fazer com que ele se entregasse. –Justin suspirou cansado.

-É acho que pela primeira vez ele mandou bem –disse balançando a cabeça.

-Se ainda querem aquela carona, vamos –O advogado disse apontando pro carro. –Meu carro esta logo ali.

Eles se moveram, enquanto o advogado ia mais a frente Justin aproveitou pra parar sua mãe, que desde que chegara ali não havia dito nada além de "Bom Dia Justin, como você ta?". Ele estava nervoso, não era normal a mulher estar daquele jeito, normalmente ela explodiria e tentaria bater nele. Mas dessa vez ela não fez nada.

-Mãe, o que ta rolando? –ele parou na frente da mulher.

-Nada, ande a nossa carona espera. –ele continuou parado na frente dela. –Se mexe menino.

-Você não vai dizer nada mesmo? Nem um esporro, um rito sequer, uma ameaça?

-Não –ela respondeu convicta.

-Por que?

-Como assim por que ?

-Você é a minha mãe, é da sua natureza brigar quando eu faço uma idiotice. O que ta acontecendo?

-Justin você já é um adulto, você tem 20 anos, já é um homem feito. Não vou mais ficar gritando cada vez que você faz algo de errado, ta na hora de você mesmo olhar e entender a estupidez que fez.

-Eu sei mas...

-Não, você não sabe. Por que se realmente soube-se eu não estaria na porta da delegacia tendo que levar o meu filho de 20 anos pra casa. –a mulher passou sem o impedimento dele, que ficou paralisado pensando no que a mãe dizia. –Ta na hora de crescer garoto. –disse antes de entrar no carro.