No outro dia, Louis marcou novamente de se encontrar com Nick, dessa vez deixando claro que precisava conversar sério, decidido a lhe dizer como verdadeiramente se sentia, pois agora sabia o que realmente queria.
Deixou os bebês com Harry dizendo que voltaria logo e foi resolver a pequena bagunça que havia criado.
Nick já estava o esperando na frente de sua casa.
— Boa tarde. — Louis disse ao que o outro respondeu com um sorriso animado.
Louis disse para Nick levá-los à um lugar tranquilo, para poderem conversar seriamente. O alfa os levou para um parque pouco movimentado e ambos se sentaram num banco.
Louis respirou fundo pronto para começar quando o outro começou a falar. Nick falava demais, não deixava espaço para Louis, gostava de falar de si e se vangloriar. Isso irritava o menor.
Em certo momento, o ômega conseguiu interrompê-lo e decidiu que aquele era o momento.
— Nick — começou. Depois de um suspiro, criou coragem e continuou: — Me desculpe se te dei esperanças. Tentei te dizer isto desde o começo, mas não tive oportunidade. A gente não pode ter alguma coisa, porque já estou apaixonado por outra pessoa.
Nick o olhou descrente.
— Porra, Louis, você podia ter me dito antes, caralho. Me fez perder meu tempo, idiota.
O alfa bufou e deixou Louis surpreso quando simplesmente saiu andando até seu carro, entrando e indo embora, deixando o ômega sozinho naquele parque longe de sua casa.
Louis suspirou e logo se pôs a caminhar, se não quisesse chegar na sua casa a noite.
Enquanto andava rapidamente por uma rua já perto de sua casa, pegou o celular e viu diversas ligações perdidas de Harry. Como já estava chegando, não viu necessidade de ligar para ele.
Estava tão distraído vendo as notificações de mensagens que quando foi atravessar a rua não viu o carro que vinha em sua direção.
— Louis!
Olhou rapidamente, assustado, na direção da voz, reconhecendo-a.
Não teve tempo de pensar em nada, pois logo o seu corpo estava sendo empurrado para trás, longe da direção do carro que estava prestes a atropelá-lo. Mas quem o empurrou não teve tempo de sair dali.
Louis assistiu horrorizado o corpo de Harry ser lançado pelo carro, em um movimento brusco. O alfa caiu inerte no chão, enquanto o carro acelerava para sair dali.
Louis não conseguia sentir o seu próprio corpo ao que via o do alfa caído, totalmente machucado. Ele se levantou, tonto, e o choro veio com força ao que chegava perto do cacheado.
Tinha muito sangue.
— Ha-Harry?
Ele o chamou, a voz saindo fraca e desesperada ao que suas mãos tremiam. Um choro alto o tomou. Harry estava morto?
Ele não queria pensar nisso. Desesperado, procurou pelo seu celular, tendo uma dificuldade ainda maior de encontrá-lo por causa das mãos trêmulas.
— Louis?
Ele ouviu a voz de sua mãe Anne e tentou controlar o choro, falhando.
— Mã-Mãe, o Ha-Harry, e-ele está ma-machuc, o carro ba-bateu, eu es-estou, e-eu- — E uma crise de choro o tomava novamente.
Ele não podia perder Harry. Não podia.
— Louis, fica calmo. Por favor, eu não consigo entender o que você está dizendo. Respira.
Louis tentou, mas a cada inspiração que tomava, o seu corpo tinha mais um choque de soluços.
— Po-Por fa-favor. E-Ele está muito machucado, ma-mamãe.
Com muita dificuldade, Louis conseguiu passar o endereço de onde estavam e Anne disse que logo uma ambulância estaria chegando.
Depois de encerrar a ligação, Louis levou seus dedos trêmulos para o rosto de Harry, tocando a pele manchada de sangue. Toda a sua roupa estava suja de sangue agora, mas ele não se importava, só queria que Harry ficasse bem.
Ele só esperava que não fosse tarde demais.
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delicate
FanfictionATENÇÃO: história indicada para maiores de 18 anos. Contém conteúdo sexual e palavras de baixo calão. Também pode conter descrição de traição, de acidente e de ferimentos graves; se são assuntos sensíveis para você, sugiro que não leia. ... AVISO: f...