16 - Parte 2

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No outro dia, Louis marcou novamente de se encontrar com Nick, dessa vez deixando claro que precisava conversar sério, decidido a lhe dizer como verdadeiramente se sentia, pois agora sabia o que realmente queria.

Deixou os bebês com Harry dizendo que voltaria logo e foi resolver a pequena bagunça que havia criado.

Nick já estava o esperando na frente de sua casa.

— Boa tarde. — Louis disse ao que o outro respondeu com um sorriso animado.

Louis disse para Nick levá-los à um lugar tranquilo, para poderem conversar seriamente. O alfa os levou para um parque pouco movimentado e ambos se sentaram num banco.

Louis respirou fundo pronto para começar quando o outro começou a falar. Nick falava demais, não deixava espaço para Louis, gostava de falar de si e se vangloriar. Isso irritava o menor.

Em certo momento, o ômega conseguiu interrompê-lo e decidiu que aquele era o momento.

— Nick — começou. Depois de um suspiro, criou coragem e continuou: — Me desculpe se te dei esperanças. Tentei te dizer isto desde o começo, mas não tive oportunidade. A gente não pode ter alguma coisa, porque já estou apaixonado por outra pessoa.

Nick o olhou descrente.

— Porra, Louis, você podia ter me dito antes, caralho. Me fez perder meu tempo, idiota.

O alfa bufou e deixou Louis surpreso quando simplesmente saiu andando até seu carro, entrando e indo embora, deixando o ômega sozinho naquele parque longe de sua casa.

Louis suspirou e logo se pôs a caminhar, se não quisesse chegar na sua casa a noite.

Enquanto andava rapidamente por uma rua já perto de sua casa, pegou o celular e viu diversas ligações perdidas de Harry. Como já estava chegando, não viu necessidade de ligar para ele.

Estava tão distraído vendo as notificações de mensagens que quando foi atravessar a rua não viu o carro que vinha em sua direção.

— Louis!

Olhou rapidamente, assustado, na direção da voz, reconhecendo-a.

Não teve tempo de pensar em nada, pois logo o seu corpo estava sendo empurrado para trás, longe da direção do carro que estava prestes a atropelá-lo. Mas quem o empurrou não teve tempo de sair dali.

Louis assistiu horrorizado o corpo de Harry ser lançado pelo carro, em um movimento brusco. O alfa caiu inerte no chão, enquanto o carro acelerava para sair dali.

Louis não conseguia sentir o seu próprio corpo ao que via o do alfa caído, totalmente machucado. Ele se levantou, tonto, e o choro veio com força ao que chegava perto do cacheado.

Tinha muito sangue.

— Ha-Harry?

Ele o chamou, a voz saindo fraca e desesperada ao que suas mãos tremiam. Um choro alto o tomou. Harry estava morto?

Ele não queria pensar nisso. Desesperado, procurou pelo seu celular, tendo uma dificuldade ainda maior de encontrá-lo por causa das mãos trêmulas.

— Louis?

Ele ouviu a voz de sua mãe Anne e tentou controlar o choro, falhando.

— Mã-Mãe, o Ha-Harry, e-ele está ma-machuc, o carro ba-bateu, eu es-estou, e-eu- — E uma crise de choro o tomava novamente.

Ele não podia perder Harry. Não podia.

— Louis, fica calmo. Por favor, eu não consigo entender o que você está dizendo. Respira.

Louis tentou, mas a cada inspiração que tomava, o seu corpo tinha mais um choque de soluços.

— Po-Por fa-favor. E-Ele está muito machucado, ma-mamãe.

Com muita dificuldade, Louis conseguiu passar o endereço de onde estavam e Anne disse que logo uma ambulância estaria chegando.

Depois de encerrar a ligação, Louis levou seus dedos trêmulos para o rosto de Harry, tocando a pele manchada de sangue. Toda a sua roupa estava suja de sangue agora, mas ele não se importava, só queria que Harry ficasse bem.

Ele só esperava que não fosse tarde demais.

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