16 - Parte 1

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Harry levou seus olhos verdes para Johnny, que o olhava com seus inocentes olhos da mesma cor. Era incrível como Johnny era tão parecido com Harry e Anna com Louis. Era como se fossem os dois em miniatura.

Deu um pequeno sorriso ao que seu bebê soltou um som feliz. Anna, que estava ao seu lado, dormia, a cabeça pequena caída para um dos lados. Suas bochechas gordinhas estavam coradas e Harry deu um sorriso pelo quão linda ela era.

— Olá, J. Você está com fome, garotão? — Pegou uma das mãozinhas do bebê, enquanto o pequeno humano continuava soltando barulhinhos adoráveis. — Eu vou fazer sua mamadeira, ok? Já volto.

Harry pegou a babá eletrônica e deu uma última olhada no berço do seu bebê, onde ele e Anna estavam juntos. Ele tinha medo de sair de perto deles por poucos minutos que seja, mas era necessário. Ele só esperava que Johnny não virasse e acabasse acordando Anna.

Desceu rapidamente e pôs o leite para esquentar no microondas.

Suas mães não estavam em casa e Louis havia saído, dizendo que precisava resolver algo, mas que logo estaria de volta. No entanto, Harry achava que ele já estava demorando. Procurando não pensar nisso, continuou a fazer as mamadeiras.

Ele ouviu um barulho e franziu o cenho, notando que era a campainha. Foi abrir a porta, dando de cara com Zayn e Liam ali.

— Hey, H. Faz tempo que a gente não te vê, estávamos pensando em fazer alguma coisa contigo. — disse Zayn.

Harry estava prestes a responder quando um som de choro veio da babá eletrônica que estava em sua mão.

Ele rapidamente voltou para a cozinha enquanto dizia para Liam e Zayn, que tinham expressões confusas, para entrar. Terminou rapidamente as mamadeiras, pois sabia que logo o outro bebê também estaria chorando e logo já estava de volta na sala.

Enquanto subia os degraus para o quarto das crianças, se lembrou que devia uma explicação para eles.

— Hum, Louis saiu, então eu estou cuidando dos bebês. Desculpa, mas acho que não vai dar pra sair com vocês. Mas se vocês quiserem, vocês, hum, podem me ajudar com os bebês.

Ele deu um olhar confuso. Isso não iria acontecer. Zayn e Liam iriam perder seu tempo cuidando de crianças? Ele achava pouco provável.

No entanto, a resposta deles o deixou um tanto surpreso.

— Okay. — Zayn disse com um sorriso no rosto, assim como Liam.

Harry deu um sorriso também e terminou de subir as escadas. Assim como previa, ambos os bebês choravam agora. Ele foi correndo até Anna que tinha um choro mais escandaloso e Zayn foi até Johnny. Harry deu uma das mamadeiras para Zayn e então logo não se podia ouvir mais nenhum choro, apenas os barulhinhos das crianças enquanto tomavam o leite.

Harry se sentou na poltrona e Zayn se sentou no sofá que havia ali, com Liam ao seu lado fazendo caretas para o bebê.

— Como vocês estão com Niall? Já faz bastante tempo que vocês estão juntos, não é?

— Completaram oito meses no domingo. — Liam começou. — Estamos bem, eu acho, não é, Z? Apesar do que muitas pessoas dizem sobre relacionamento a três, nós nos damos verdadeiramente bem. Niall é perfeito, Zayn é perfeito. Não poderia ser melhor.

Zayn olhou para Liam e assentiu com um sorriso carinhoso no rosto.

Harry tinha um sorriso no rosto também, feliz pelos seus amigos.

— E você? Como está com Louis? — Zayn perguntou.

Harry respirou fundo.

— Não sei, sinceramente. Louis disse que poderíamos tentar de novo ontem, mas ficou por isso mesmo. Hoje nem tocou no assunto.

Zayn soltou um suspiro.

— Veja pelo lado bom, ele disse que poderiam tentar de novo. Vocês só precisam ter uma conversa mais séria agora, deixar claro como vão fazer.

— Vou esperar ele chegar. Também quero resolver isso o quanto antes.

Zayn deu um sorriso, enquanto Liam pegava uma das mãozinhas de Johnny e a balançava no ar.

Algum tempo depois, Harry começou a ficar realmente preocupado com Louis. Tentou ligar no seu celular, mas ele não atendia. Já estava escurecendo e ele ainda não havia chegado. Pediu para Zayn e Liam olharem os bebês enquanto ia procurá-lo.

O ar estava frio enquanto Harry andava pelas ruas da cidade, procurando Louis. Tentava ligar, mas ele não atendia.

De repente um barulho invadiu seus ouvidos e então um clarão. Ele olhou para trás e havia um carro desgovernado vindo rapidamente pela rua. Pensou que era somente um bêbado idiota resolvendo deixar para lá, mas então a visão de alguém atravessando a rua, totalmente alheio ao carro, os olhos fixos no celular, fez sua respiração parar. Mas não era qualquer pessoa, era Louis.

Harry sentiu sua respiração voltar com força, o deixando tonto. Mas isso não o impediu de sair correndo na direção do ômega.

— Louis!

O que aconteceu depois foi rápido. Louis olhou assustado em sua direção. Harry chegou a tempo de empurrar seu corpo da frente do carro desgovernado, mas não teve tempo de sair dali. Ele sentiu uma dor alucinante ao que o carro batia em seu corpo, o jogando longe.

Enquanto a inconsciência o tomava, tudo o que ele podia pensar era que ele não queria morrer, não queria deixar sua família.

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