Depois do ocorrido na fazenda, os dois jovens sobreviveram, mas a garota entra em um coma.
Shawn vai todos os dias ao hospital ver como está sua amada, mas e se ela acordar? Será que ela se lembrará do que aconteceu? Será que ela saberá quem eu e...
Já vai fazer três dias que não falo com ninguém. Fico o dia inteiro no meu quarto, e apenas desço para comer. A minha melhor amiga não quer nem olhar na minha cara, quando tento me explicar ela simplesmente me mostra o dedo do meio, me manda pro inferno e sai de perto. Meu vizinho, não quero falar com ele por um bom tempo. As vezes trocamos olhares pela janela do quarto, mas quando ele vai me dizer alguma coisa simplesmente me levanto, fecho a cortina e toco violão o mais alto possível. O Nash me manda mensagens toda hora, mas eu apenas leio e não respondo. Ele não sabe por que o expulsei da minha casa aquele dia, e nem porque a Déborah chorou ao nos ver juntos. Qual é? Ele é burro ou o quê? Não é óbvio porque ela chorou?! Sei que ele merece entender o que realmente está acontecendo, mas não vou ser eu que vai explicar! Me levantei e fui tomar banho, hoje eu volto para a escola. É o pior está frio!!! Devo deixar bem claro que ODEIO o frio! É simplesmente HORRÍVEL! Eu sei, quem vem pro Canadá, sendo que odeia o frio?! Logo aqui que no inverno faz -20 graus! Vir para o Canadá não foi escolha minha! Resolvi vestir uma blusa de malha bege com coruja, uma calça legue preta, minha bota e touca beje.
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E no cabelo apenas fiz rolinhos e prendi de um lado só, o outro deixei solto.
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Assim que fiquei pronta, atrasada para variar, desci para cozinha e vi o que havia para comer. Minha mãe fez panquecas, e todos já estavam acabando de comer, inclusive a Déborah. - Filha não sei se vai dar tempo de você comer!- meu pai avisou. - Pior que não! Já estou de saída! Tenho que chegar mais cedo para poder encontrar minhas salas!- expliquei pegando uma panqueca, passei mel nela, enrolei e sai. - Eiii! Não fala tchau para a família?!- minha mãe gritou. - Foi mal!- voltei e dei um beijo na bochecha dos meus pais e da minha irmã. Sai da minha casa e meu vizinho estava sentado na varanda. - Finalmente! Achei que não iria mais!- se levantou. - O que você está fazendo aqui?! - Vou te acompanhar até a escola! - Valeu, mas agora eu sei o caminho e não preciso de companhia!- sai na frente. - Mas as ruas podem ser perigosas! Te acompanharei por segurança!- ri. - Não preciso de guarda costas!- acelerei o passo, mas ele era mais rápido- Ok! Você quer me acompanhar, me acompanhe, mas não quero e nem vou falar com você! - Mas por que? Ainda não entendi o porque de tudo isso!- me segurou, fazendo lhe encarar. Seja forte Gabriella! Me soltei e continuei andando, sem dizer uma palavra. - O que tenho que fazer para você falar comigo novamente!- não respondi- Caramba Gabriella! Assim fica difícil!- lhe lancei um olhar sarcástico. Não sei porque, mas podia sentir que ele conseguia me entender, sem ao menos precisar de palavras- Tá, tá! Já sei! "Quem disse que seria fácil?"- me imitou com uma voz fina. E lhe dei um soco fraco no braço. Prosseguimos o caminho em silêncio, até chegarmos na escola.
