Epílogo

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- Parabéns é uma menina. - Estavamos vendo o sexo do bebe no hospital, Nathan estava ao meu lado sorrindo e assim que a médica disse que seria uma menina, Nathan me beijou e acariciou meus cabelos.

- Pode se vestir.

E assim eu fiz me dirigindo para a mesa dela.

- Preciso que venha aqui mês que vem novamente, se qualquer coisa acontecer...venha aqui por favor. Evite de usar calças, use mais vestidos, e evite de comer alimentos no qual você é alérgica. Ok?

Concordei e nos despedimos. Alguns meses atrás já tínhamos ouvido o coração dela, foi a coisa mais fofa que eu já ouvi. Ainda não tinha decidido o nome, mas farei isso com o papai.
Entramos no carro e fomos pra casa. Os cachorros já tinham se acostumado conosco e estavam um pouco maiores.

- Vem, eu te ajudo. - Disse Nathan pegando em minha mão. Não que minha barriga já estivesse enorme, mas ele fazia questão da minha segurança.
Entramos na casa e Laila e Boby vieram nos cumprimentar, eles estavam ficando cada vez mais bagunceiros e agiam como se nada tivesse acontecido.

- Temos que decidir o nome dela.- Falei me sentando no sofá.

- Que tal Katherine?

- Katherine?

- Ou Maria Luísa. Helena, Larissa, Maria Clara, Marina, Mellanie, Milena.

- Acho que Katherine pode ser.

- Então Katherine?

- Sim, Katherine.

(...)

Um tempo depois...


- Nathan vai mais rápido.

- Estou indo Ella.

- Não é você que esta sentindo dor, não é você que esta sentindo algo empurrar, não é...

- Já entendi. - Falou respirando fundo.

Fazia cinco minutos que minha bolsa havia estourado e eu estava entrando em desespero, junto com Nathan. A dor era enorme, Katherine estava prestes a nascer, a vir ao mundo.

Chegamos no hospital e Nathan me ajudou a chegar lá dentro que logo os enfermeiros pegaram uma cadeira de rodas.

- Estou com medo. - Falei para Nathan que estava ao meu lado andando apressadamente junto com os enfermeiros.

- Vai dar tudo certo meu amor. - disse beijando minha testa.

Sorri e entrei. Os enfermeiros pediram que Nathan ficasse na sala de espera. Foi tudo bem Rápido.

- Preciso que faça força senhorita Mccatan.

Fiz toda força possível, estava doendo muito e eu não tinha mais da onde tirar forças e ao ouvir o choro da minha linda não pude conter as lágrimas e um sorriso maior que todos que estavam naquela sala.
Uma enfermeira a pegou e colocou em uma toalha e me dando para que eu pudesse ver e ela era linda, a cara do pai. Foi rápido para vê-la pois logo a pegaram e o médico me transferiu para um quarto para que eu ficasse mais confortável.

- Ella? - Nathan apareceu e logo correu em minha direção.

- Ela é linda. Sua cara, mas ainda não da pra ver a cor dos olhinhos.

Ele riu e me deu um selinho, logo uma enfermeira apareceu dizendo que eu tinha que tomar banho e Nathan foi pegar minha bolsa no carro já que na pressa tinhamos esquecido.

Depois de um tempo tomando meu banho, me sequei calmamente e coloquei a roupa do hospital. Sendo ajudada por Nathan para me levar de volta a cama.

- Cunhada!

Ouvi s voz de uma pessoa que eu não escutava a tempo, Alice.

- Quanto tempo faz que eu te vi?

- A uma semana. - Ela disse rindo e olhando para seu irmão. - Que foi? A enfermeira me deixou entrar, meus pais estão chegando e seu, está lá fora enlouquecendo.

Ri e pedi para que deixassem meu pai entrar, mas alguém teria que sair e Nathan se ofereceu para isso mas a irmã o parou.

- Ela é sua esposa. Depois eu volto.

Meu pai entrou e fez milhares de perguntas sobre minha filha e como ela era e se seu estado era bem.
Eu não podia controlar o sorriso, por mais que minhas bochechas doessem, valeria a pena sorrir.

(...)

3 anos depois...

Katherine estava com Nathan na sala brincando com suas bonecas, o seu olhar me lembrava Nathan e seus cabelos também. Ela não havia puxado nada de mim, a não ser o sorriso que falavam que era igual ao meu mas eu mesma não achava. Ela já estava enorme, sempre sorrindo e me perguntando o porquê não poder conhecer sua avó, não vou mentir que essa pergunta não me deixa triste. Mas depois logo passa...

- Mamãe! - Katherine já tinha aprendido a falar, o que foi bem engraçado porque ela aprendeu muito rápido.

- Oi filhinha. - Falei a pegando no colo.

- Papei pegou minha buneca.

Ri do seu jeito engraçado de falar e peguei a boneca da mão de Nathan que também riu.

- Vamos nos arrumar, já está quase na hora de ir pra igreja.

Subimos as escadas e Nathan também. Dei banho em Katherine e coloquei seu vestido rodado já que a mesma gostava dos seus vestido e os escolhia.

Fui tomar o meu banho assim que terminei de arrumá-la, tomei um banho quente para relaxar os músculos e aproveitar o frio que estava fazendo. Me enrolei na toalha e fui para o quarto escolher minha roupa.
Encontrei Nathan deitado a cama esperando que saísse do banheiro para tomar seu banho. Escolhi uma saia mindi e uma blusa um pouco aberta nos ombros indo até o pulso.

- Mamãe! - Katherine gritou do seu quarto e eu fui atrás o mais rápido possível.

- Oi meu amor! Aconteceu alguma coisa?

- Quelo biscoto.

Sorri e a levei para cozinha. Peguei um biscoito recheado de morango, que ela gostava e dei. A menina parecia estar faminta, porque era estranho ela conseguir comer uma coisa toda sozinha.

- Vamos? - Nathan apareceu descendo as escadas e terminando de arrumar sua blusa.

Olhando para minha família, para os meus amigos, para vida que eu levava antes, eu posso dizer sim que tive uma chance pra ser feliz. Eu conheci um Deus que supriu toda necessidade que eu tinha, todo o vazio. Me deu um esposo que cuida de mim.
Passei por lutas, tristezas, mas a cima dr tudo Deus sempre esteve olhando pra mim, sempre escrevendo a minha história.
Os anos que eu perdi, tentando engolir a vida que eu tinha. Por mais que eu tinha o luxo, o dinheiro, a passarela, os meus fãs, eu não era feliz, eu tinha um vazio gigantesco, tinha me tornado uma pessoa fria, desacreditada do amor. Mas Deus me tranformou, eu tive uma chance, que várias tiveram e desperdiçaram. Eu a peguei com tudo, mesmo no começo eu não sabendo o que aconteceria, mas eu confiei e hoje estou aqui com a minha família. Com a minha filhinha e o meu marido e juntos vamos salvar almas porque esse é o nosso objetivo.

Eu não deixo passar um dia em que agradeço ao meu Pai eterno pelo o que Ele fez por mim, pode ter doído um pouco, mas valeu a pena, até porque sempre vale a pena no final da guerra. Lutas virão mas eu estarei aqui firme e forte, eu sei que Deus tem muitos planos pra mim ainda.

- Amor? - Nathan me chamou colocando sua mão sobre o meu ombro. - Pensando em que?

Sorri e olhei minha filha olhando pela janela do carro observando as estrelas do céu que brilhavam naquela noite de frio em Londres.

- Em como...Deus me deu uma chance.







THE END

365 chances para ser felizNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ