Dormi tranquilamente aquela noite de frio. Estava tranquila, mesmo com minha mãe falando em meu ouvido, e como sempre reclamando.
Neste momento estou a encarar o teto branco de meu quarto. Por mais que eu não queira, estou pensando em Nathan. Seu abraço quando cheguei, o jeito diferente que ele me olhou.
- Não eu não posso!
Me repreendi enquanto as imagens viam na minha cabeça e eu sorria. Como eu deixei isso acontecer? Como?
- Argh!
Era de tarde, o dia estava nublado. Eu estava jogada na cama pensando nas coisas e nas pessoas. Senti meu celular vibrar e o peguei, era uma mensagem do Nathan.
Ótimo...
Nathan: Oi Ella, boa tarde. Vim te convidar para uma reunião do grupo jovem que terá hoje às seis horas. Estarei te esperando.
Fiorella: Claro! Irei sim.
Deixei meu celular de lado e me joguei na cama novamente. Não posso falar que não estou com medo, pois estou. Nathan precisa do emprego para ajudar sua família que até hoje não conheci. E minha mãe queria despedi-lo caso eu não me afastasse como era seu desejo.
- Olha quem veio te visitar? - Brenda apareceu na porta me fazendo dar um salto da cama e ir abraça-la.
- Estava com saudades, nunca mais me procurou.- Falou se sentando em minha cama e eu revirei os olhos.
- Ocupada.
- Animada?
- Pra quê?- Perguntei arqueando uma das sombrancelhas e ela me olhou espantada como se estivesse esperando qualquer outra resposta menos essa.
- Como assim pra que Ella? Nova York esqueceu?.
- Nossa, completamente. - Falei rindo.
- Tem algo de diferente em você.
- Ai Brenda. - Falei em um suspiro. - Eu estou indo pra igreja.
- O que? Indo pra igreja Ella?
- Sim, eu...resolvi buscar a Deus. Creio que é por isso que estou diferente.
Ela me olhou, abriu a boca várias vezes e a fechou novamente.
- Não sei nem o que dizer.
- Hoje, vai ter uma reunião para os jovens. Quer ir comigo?
- Mas ninguém te reconhece?.
- Não, eu uso peruca e óculos.
- Quem te levou?
abaixei a cabeça com a pergunta, eu sabia que se falasse que Nathan me levou ela iria começar a falar de como ele é bonito e que eu devia dar uma chance.
- Nathan.
- O QUEEE? O NATHAN?
- Sim, por favor não grita.
- Está gostando dele?
- Não. - Respondi rapidamente.
- Vou fingir que acredito Ella, vou fingir. Vamos ver um filme?
- Sim!
Colocamos o filme "Um amor pra recordar" e nos aconhecegamos na cama assistindo ao filme tranquilamente.
- E aquele garoto? - Perguntei ainda olhando para a TV.
- Estamos conversando. Sabe...eu acho que...
- Acha que?
- Eu quero muito namorar com ele Ella, mas ele nem da sinal ou reage.
- Tomar atitude, você quer dizer.
- Sim, ele é um fofo mas...eu não sei Ella.
- Espera...cada um tem seu jeito Brenda. Ele deve estar esperando pra tomar uma atitude.
Ela suspirou.
- Pode ser. Teve uma coisa que ele falou e me deixou mais boba ainda. - Ela disse sorrindo e eu sorri.
- O que?
- Ele disse: "Sabe, acho que já posso parar de procurar a mulher da minha vida. " Ele disse me encarando Ella.
- Que fofo.
- E o Nathan?
- O que tem?
- Nunca falou nada?
- Não. O que ele falaria Brenda?
- Sei lá né, vai que ele gosta de você.
- Nada haver.
- Já pensou em observar como ele te trata? Em como ele te olha.
- Ele tem me olhado diferente, mas acho que é porque está me ajudando e...
- Observe Ella.
[...]
- Ai, você veio.
Alice correu em minha direção e me deu um abraço apertado.
- Quem é? - Seu olhar se voltou para Brenda que também estava com algum disfarce.
- Brenda, uma amiga.
- A BRENDA? Você?
- Não grita!
- Desculpa, eu não acredito nisso.
- Cadê seu irmão? - Perguntei olhando para os lados tentando vê-lo. E elas riram.
- Não sei, ele estava aqui. Deve estar perto dos banheiros. Vai lá. Brenda, vem, quero lhe apresentar minhas amigas.
Sai a procura de Nathan, onde ele havia se metido?
- Ai, desculpa. - Falei ao esbarrar com alguém. Era um homem, loiro e seus olhos verdes. E um grande sorriso estampando no rosto.
- Sem problemas. Quem é você? Nunca te vi por aqui.
- Estou vindo aos poucos, me chamo Larissa.
- Me chamo Ricardo. Prazer.
- Prazer.
Ele me encarou e eu continuei olhando para os lados. Até sentir uma sombra atrás de mim.
- Atrapalho? - A voz me era reconhecível.
- Fala ae Nathan.
- Oi Ricardo. El...Lari, você veio. - Falou me dando um beijo na bochecha fazendo com que elas ganhassem uma cor rosada. Odeio ficar nervosa. Ricardo pigarreou e eu encarei Nathan.
- Por que não viria?
A reunião começou e fomos assistir.
Depois de muita dança e música, tudo muito divertido começando a reunião. Um pastor começou a dar a palavra.- Boa noite jovens. Hoje eu vou falar o motivo de muitos estarem em baladas, ficando e por ai vai. Por que fazem isso? - Ele sorriu esperando alguém responder. -Tudo para preencher o vazio. Festas, bebidas, amizades para preencher o vazio que elas sentem. Mas aquela alegria, por estar bebendo, estar com os amigos é momentâneo. E é exatamente por esse motivo que muitos perdem sua vida. Querendo preencher o vazio com coisas desse mundo. Mas o único que pode preenchê-lo é Deus, ele sim pode preencher esse vazio que você sente. Quantas vezes você procurou seus amigos para se sentir feliz? Ou uma festa? Uma música? Para preencher esse vazio ai dentro. - Ele pausou e Pediu a um rapaz que colocasse um video, contando a vida de uma jovem que se converteu e hoje é muito feliz.
Depois de uns cinco minutos ele pediu para que todos ficassem de pé e assim fizeram. Ele iniciou uma oração e ali eu me abri com Deus, saiu tudo espontaneamente. Uma felicidade me invadiu, uma paz tomou conta de mim.Ali minha vida começou a mudar completamente...
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365 chances para ser feliz
SpiritualFiorella Winter estampava as revistas de moda de vários países, inclusive a belíssima Vogue, no verão com as fotos sedutoras de lingerie e moda summer. O nome ocupava os trending topics do twitter com as fofocas mais mentirosas de que Los Angeles po...