35❤Amigas!

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1 dia depois...

   Eu estava prestes a enlouquecer ou transbordar de ansiedade, agora começaria uma nova fase. Os preparativos para o casamento, vestido, cor, decoração, bolo, vestido.
  A lista já estava feita, aproximadamente 200 pessoas, já que eu iria convidar apenas os amigos mais chegados e alguns parentes que eu não via a um tempo.

   O dia lá fora estava gelado, bem normal de Londres. O clima frio me fazia da laleira, que quando eu era criança ficava em frente a ela me esquentando do frio forte lá de fora.

  Recebi uma mensagem do vendedor da grande casa, a qual eu já havia esquecido. Marcamos de conversar mais tarde, eu, Nathan e Eduardo.

  Levantei-me da cama com um caderno na mão o qual dele caiu uma carta, abaixei e peguei a mesma.

"Mamãe, Vim aqui dizer que meu coração por ti tuti e bati como caroço de abacate. Sabe, um dia quero ter uma família igual a nossa, assim, alegre. Você e o papai são os melhores do mundo, sim, os melhores pais que alguém poderia ter. Beijo! Te amo mamãe!"

 Apertei a carta contra ao peito lembrando da época em que eu escrivia cartas para minha mãe, parei de escrever aos 12 anos quando tudo já estava começando aos poucos.
  De algum jeito a mudança da minha mãe me machucou muito, me mudou para uma menina ranzinza a onde ia levava tristeza consigo.
  Fui ao banheiro e prendi meu cabelo em um coque desajeitado com umas mechas caindo sobre o rosto. Mas logo o soltei novamente.

#FLASHBACK ON

— Mamãe, a senhora está bem?

— Claro que sim filha, vem cá. — Ela disse batendo as mãos em seu colo. Corri em sua direção e sentei em seu colo.

— Que foi mamãe?

— Você queria aquela Barbie? A que estava passando na TV?

— Sim queria, por quê?

— Olha o que eu trouxe.

— Ah mamãe, obrigada! — Falei pulando em seu colo e beijando seu rosto segurando a Barbie que eu mais queria na mão.

#FLASHBACK OFF

  Sorri encarando meu reflexo no espelho. O carinho que eu recebia, passará a ser briga, gritos e tapas. Mas tudo está mudando, Deus está no controle, eu sei.
  Peguei a carta e fui para o quarto da minha mãe, no qual ela passava a maior parte do dia.

— Licença. — Falei abrindo a porta e logo a fechando.

  Ela sorriu fraco e eu sentei ao seu lado na cama. Era estranho, parecia que ela era uma completa desconhecida.

— Aqui. — Falei dando-lhe a carta.

— Que carta é essa?

— Uma que eu escrevi quando era pequena. Não lembro o motivo de não ter te dado.

  Bati as mãos nas pernas e virei meu rosto para encará-la que estava confusa.

— Por que me dando agora?

— Er...eu achei e queria lhe entregar. Vou deixar você sozinha.

  Levantei de sua cama e caminhei para a porta.

— Não. Fica, vamos conversar como mãe e filha.

Engoli em seco e voltei a me sentar. Estava um pouco receiosa, conversar como mãe e filha era algo que não fazíamos a muito tempo.

 Estava um pouco receiosa, conversar como mãe e filha era algo que não fazíamos a muito tempo

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— Fiorella, quer fizer, filha. Eu sinto muito ter mudado, o jeito de te tratar, sei que na adolescência você sentiu falta de uma mãe, de uma amiga. Enquanto eu apenas pensava em mim. — Sem que eu esperasse, ela começou a chorar, ali na minha frente, era a primeira vez que eu via minha mãe chorar. Ela se fazia de forte o tempo todo, como eu fazia. — Me desculpa minha filha, depois daquele acidente eu percebi o quanto eu não me importava com você. Nathan te ama, e você ama ele e esse é o importante. Me desculpa filha, me desculpa mesmo.

  A abracei e chorei junto. Ela estava arrependida, ela estava mudando e eu cria que ela iria entregar sua vida para Deus algum dia, eu não irei deixar ela sofrer.

— Eu te perdoou, a senhora é minha mãe, sabe que eu te perdoaria.

Ela enxugou as lágrimas e sorriu. Tudo iria começar, uma nova fase da minha vida começaria.

— Amigas?

— Amigas.

  Nos abraçamos e ela leu a carta em voz alta, enquanto eu a ouvia.

[...]

— O que acha de comprar uma casa pra ela?

— Não sei, estava pensando em comprar uma casa pra ela quando eu comprar a minha.

  Eu e minha mãe estávamos falando de Andy, acabei contando o que eu estava planejando, compraria uma casa para Andy, e arranjaria un trabalho melhor, mas eu ainda estava pensando no assunto do trabalho, sentiria sua falta.
   Pelo o que eu lembre, nunca vi seus filhos e nem seu marido. Talvez eu pudesse trazê-los aqui.

— Estava pensando aqui. — Falei. — Nunca vimos a família dela, que tal um jantar para conhecê-los?

— Eu acho que...

— Com licença.

Tossimos e começamos a falar de contas, esquecemos por um momento que Andy era a empregada e ela podia escutar.

— Posso fazer o café?

— Claro.

Ela sorriu e saiu, continuamos a conversar sobre a ideia e minha mãe concordou. Como a casa havia mais de uma empregada, pediríamos a ajuda dela.

— E a casa?

— Bom...Como eu disse, estou pensando em comprar a casa dela...

— A dela não, a sua.

— Ah, hoje eu e Nathan vamos ver direito como vai ficar. Já que a gente vai casar, não vou morar sozinha.

— Preciso pedir desculpas para Nathan, acho que...

— Ele vai te perdoar, já perdoou. Estamos nesse mundo pra isso.

  Ela se mexeu um pouco parecendo incomodada com o assunto.

— Quando vocês vierem, fala para ele que quero conversar e aproveita e apresenta a casa pra ele. Creio que ele nunca veio aqui.

  Concordei. Era estranho, eu tinha vontade de rir e chorar de felicidade ao mesmo tempo ao vê-la falando daquele jeito como se ele fosse um parente nosso.
E tão rápido.










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