XII

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— O que é isso, Dominic? – Bela sentiu-se um pouco intimidada.

Eles haviam entrado em uma alcova de tamanho mediano, mobília elegante, mas um ar sombrio. Havia uma réplica da grande cama do quarto da fera. No entanto, em uma das paredes estavam penduradas algemas de ferro e chibatas de couro de diversos tamanhos. Em outra parede havia um imenso X de madeira e algumas cordas penduradas no teto. Havia um grande armário vitoriano completando a decoração e a Bela nem quis imaginar o que era guardado ali.

— Eu já lhe disse. Eu tenho desejos sádicos.

— Isso eu já entendi, mas essa alcova... – Bela riu um pouco nervosa – Esse lugar ultrapassa todos os limites imagináveis para mim. Estamos em uma sala de tortura?

— Não é tortura o que acontece aqui. A dor também pode proporcionar prazer se tiver essa intenção.

— Se você me garantir que isso é verdade, podemos experimentar algumas coisas do que gosta e eu lhe digo se compartilho do mesmo interesse.

Sério? – a fera estava surpresa, mas Bela era assim, sempre o surpreendia.

— Sim. Que tal você me amarrar com essas cordas e me possuir em pleno ar? Parece perigosamente excitante.

A fera gargalhou animada, pensando em como Bela era incrível. A criatura estava cada vez mais apaixonada por ela. Mesmo que Bela não gostasse do que estavam prestes a fazer, isso não importava. O monstro seria capaz de anular qualquer desejo sádico só para ter a moça ao seu lado.

— O que está esperando? Ah, já sei! – Bela sorriu e tirou a roupa, ficando nua.

A fera montou a cena como queria. Pediu para Bela subir em um banco e amarrou cada braço seu a uma ponta de corda. Bela sabia que se saltasse do banco ficaria dolorosamente pendurada pelas cordas. Seria uma tortura. O que a fera faria com ela? Bela estava ansiosa para descobrir. A fera pegou uma das chibatas menores e aparentemente suave e passou-a no corpo de Bela dos seios até os pés. Ela riu, pois o contato do couro na sua pele lhe fez cócegas. Como castigo por rir, recebeu uma chibatada na barriga.

— A cada riso, movimento, frase, gemido ou respiração ofegante eu irei lhe desferir um golpe, fraco como esse, claro. Não vou te machucar, Bela. Confie em mim.

— Eu confio, mas também estou preocupada porque não consigo ficar muda com você me olhando ou me possuindo.

A fera se despiu encarando maliciosamente a Bela e a moça riu baixinho. Recebeu outra chibatada por não se controlar.

— Até que esta não doeu tanto.

Outra chibatada.

— Você é um homem mal. Eu que deveria estar te punindo.

Os olhos da fera se acenderam com um brilho irresistível. Ele se aproximou do corpo da Bela e lambeu seus mamilos enquanto agarrava suas nádegas com as garras. Bela gemia e a fera, que não havia soltado a chibata, deu-lhe alguns golpes de leve.

— Agora é a melhor parte. Eu já não consigo me segurar por mais tempo. – disse a fera, desesperada pelo contato carnal.

A criatura jogou a chibata no chão e segurou as pernas de Bela, abrindo-as e as colocando ao redor do seu quadril. Após agarrar a cintura de Bela, a fera penetrou-a, arrancando-lhe gemidos profundos e guturais. A criatura chutou o banco sobre o qual a Bela estava em pé e arremeteu seu membro dentro da jovem. Ela arfava, imersa em uma miríade de sensações, completamente preenchida e sem ar, a corda apertando seus pulsos mais ainda quando ela se mexia. Bela estava pendurada e o único apoio que tinha era o corpo da fera.

A fera era uma criatura experiente na arte de amar corpo a corpo. Ele conhecia o corpo de Bela e sabia quando ela estava perto do gozo, parando os seus movimentos só para evitá-lo. Era uma tortura, porém deliciosa, para Bela. Isso perdurou quase meia hora até que a fera deixasse que a Bela, quase dormindo de cansaço em seus braços, sentisse o ápice do prazer. A fera acompanhou seu gozo e desamarrou Bela antes de colocá-la no chão.

— Eu te amo. – disse Bela, sonolenta.

A fera sentiu que a semente que tinha germinado em seu coração desabrochou e se transformou em uma árvore frutífera. Sorriu e disse:

— Eu também te amo.

Bela beijou os lábios da fera, pois estava muito feliz com a reciprocidade dos seus sentimentos, por ter alcançado aquele nível de intimidade, por estar tendo os seus sonhos amorosos realizados e por não ser julgada pela fera.

— Bela, eu não tinha mais nenhuma esperança até você aparecer em minha vida. Desde que me tornei homem sou um canalha com todos e todas, e desde que me tornei fera maltratei mulheres inocentes em busca de aprovação. Não mereço sua piedade, seu amor ou seu desejo, mas você conseguiu até mesmo amolecer o meu coração de pedra, porque eu nunca amei ninguém. Andei por todos os caminhos errados e acho que valeu a pena, se não, não teria aprendido a minha lição e encontrado o amor da minha vida, mesmo que percorrendo uma via torta. Então, só me resta perguntar uma coisa... Bela Carter, você quer se casar comigo? – perguntou a fera, insegura e temerosa com a resposta de Bela. Se ela dissesse não, seu coração seria arruinado.

Sim! Mil vezes sim. – disse Bela emocionada, nem um pouco surpresa com a própria resposta. Ela desejava a fera mais que tudo e aquele pedido havia sido honesto.

Os dois amantes se abraçaram e voltaram a se amar na cama calmamente naquela alcova sinistra até pegarem no sono juntos.

A Bela e A FeraOnde as histórias ganham vida. Descobre agora