quinze

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Os visitantes observavam as obras em cavaletes na grande praça, onde se encontravam vários artistas. Geralmente a Place Du Tertre é bastante movimentada por causa dos pintores que ficam ali para ganhar seu dinheiro, fazendo autorretratos ou vendendo pinturas de paisagens. Porém, a praça havia sido reservada para a competição.

Harry estava parado em frente a suas quatro obras, apreensivo com a intensidade e curiosidade que os visitantes olhavam para os seus quadros. Não era a primeira vez que o pintor participava de um concurso, porém, era a primeira vez que ele apresentava um quarteto de telas pintadas com um modelo fixo. Harry comprimentava alguns visitantes que iam até ele elogiar o trabalho, ele apenas sorria gentilmente e agradecia.

Louis estava observando os quadros dos outros pintores. Para ele, era tudo muito repetitivo, havia alguns que pintavam paisagens e isso já era cansativo de se vê. Então, ele resolveu voltar para o lado do namorado.

— Tudo bem? — Perguntou Louis a Harry, percebendo o nervosismo do rapaz.

— Eu só estou nervoso. — Respondeu Harry, secamente.

Louis pegou na mão de Harry e o puxou para entrar em um restaurante que havia ali perto, indo diretamente ao banheiro.

— Louis, o que você está fazendo? — Perguntou Harry assim que foi empurrado para dentro de uma das cabines.

O pequeno atacou os lábios de Harry, o beijando ferozmente, enfiando sua língua dentro da boca do pintor, que deixou que a língua do rapaz explorasse cada canto de sua boca. Harry finalizou o beijo dando uma leve mordida no lábio inferior de Louis, traçando beijos pelo pescoço do menor e deixando um chupão perto da clavícula do garoto. Louis se encontrava no colo de Harry e o cacheado sentado na privada. Louis agarrava os cachos de Harry e os puxava, enquanto o de olhos verdes apertava selvegemente a bunda do pequeno.

— Temos que voltar para a exposição. — Falou Harry entre suspiros.

— Não. — Sussurrou Louis no ouvido de Harry, mordendo logo em seguida.

— Nós podemos terminar quando chegarmos em casa, amour. — Harry sussurrou com sua voz rouca e sexy, fazendo com que arrepios percossem pelo torço de Louis.

— Não. Je vais vous calmer. Faire taille une pipe.

Após dizer isso, Louis voltou  beijar Harry, desabotoando as calças do maior. Ele desceu até chegar ao abdômen, deixando mordidas que ficariam arroxeadas depois. Assim que tirou a calça de Harry, percebeu que o mesmo estava sem cueca, o que fez Louis da-lhe um sorriso malicioso ao ver o pênis de Harry saltar duro pra fora.

Louis pegou, masturbando-o, fazendo movimentos para cima e para baixo, massageando com o dedão, a glande vermelha e pulsante. Sem delongas, ele abocanhou o membro do garoto. Harry puxava os fios de cabelo do namorado, tentando conter os gemidos roucos.

—  Isso, Louis. Isso. —Gemia.

Louis arrodeou a língua pela glande, a mordiscando levemente. Louis voltou a fazer os movimentos de vai e vem com a boca até que sentisse o gosto de sal e vinagre em sua boca, engolindo tudo. Ele se levantou deixando um beijo sereno nos lábios avermelhados e carnudos de Harry. Logo em seguida, pegou uma bala de menta em seu bolso.

— Então, mais calmo? — Perguntou Louis, debochando. Fazendo Harry revirar os olhos.

O pintor se levantou e colocou novamente sua calça, puxando Louis pela cintura e dando outro beijo no menor.

— Isso foi antiprofissional da sua parte, Louis. — Disse, com a expressão séria.

— Sei que você amou. — Louis soltou uma risada baixa e um sorriso de lado.

—Vou deixar passar dessa vez, Tomlinson. — Harry encerrou o assunto, saindo da cabine do banheiro, agradecendo a Deus por não ter ninguém no banheiro.

Louis bufou, seguindo Harry.

Assim que voltaram para a praça, Harry foi informado que ele deveria falar sobre seus quadros. E ele assentiu, respirando fundo. Falar em público o deixava apavorado, mas Louis estava lá, era só olhar para Louis.

O primeiro artista a se apresentar foi Adam. O pior rival de Harry. Ele subiu no pequeno palco e começou a falar dos seus quadros. Toda palavra que Adam falava, Harry revirava os olhos. Ninguém conseguia ser mais babaca que Adam.

— Antes de terminar, queria falar algo sobre um pintor que está participando do concurso, Harry Styles! — As pessoas procuraram Harry que estava com os olhos arregalados. — Poucos sabem, mas ele é gay. E como ele é tão antiprofissional, ele contratou um modelo e no dia seguinte já estava se agarrando com ele pelo seu ateliê e hoje, ele é seu namorado. — Disse Adam, fazendo com que o rosto de Harry ficasse vermelho de raiva. — Vocês iriam comprar um quadro de um pédé (viado)? Não! Óbvio que não! Gays são nojentos! Deus não permite, isso é errado. O que vocês iriam dizer quando seus filhos perguntassem de quem é aquela obra e você dissesse que é de um pintor gay, que namora com um homem!? Reflitam.

Harry não estava acreditando no que acabara de ouvir, ele só queria dar um soco na cara de Levine. Um não, vários, queria deformar aquele rosto até não ser mais considerado um rosto. Ele só queria matar Adam.

Após alguns artistas falarem sobre seus quadros e outros gaguejarem, o nome de Harry foi chamado. Harry logo procurou os olhos azuis cristalinos. Quando achou e viu o apoio que eles transmitiam, suspirou, fez uma pequena oração e subiu em um pequeno palco onde havia os seus quatro quadros.

— Bom dia. Os meus quadros foram pintados em torno de uma pessoa que eu amo, meu namorado, Louis. — Começou a dizer, olhando diretamente para Louis e sorrindo para ele. — Eu, antes de começar a explicar os meus quadros, queria me defender sobre o que o Sr. Levine falou. Pra mim, amor é amor, não importa se é homem ou mulher. Se algum dia seus filhos perguntarem quem pintou este quadro, apenas diga que fui eu, um cara que namorava um homem. E se ele perguntar o porque de eu namorar um homem, se homem não pode ficar com homem e sim com mulher.  O repreenda, diga a verdade, que não importa se o homem está namorando um homem ou se uma mulher está namorando uma mulher, o que importa é que os dois se amam, e nada está a cima do amor. Porque Deus não proíbe isso, ele proíbe a descriminação, o preconceito. Vai me dizer que Deus é a favor do racismo? Não. Isso serve o mesmo para o bullying que os homossexuais são vítimas. Nos dez mandamentos tem: Amar ao próximo como a si mesmo. E em nenhum momento da bíblia, Deus está dizendo que o amor deve ser proibido para pessoas do mesmo sexo. Então, para os homofobicos de plantão: Vas te faire encule.

Todos aplaudiram Harry. E o mesmo continuou a explicar sobre seus quadros. Harry viu a expressão de fúria no olhar de Adam, e fez questão de sair do palco com o nariz empinado e um sorriso estonteante.

Ele volta ao lado de Louis, que sorri orgulhoso e deposita um beijo nos lábios de Harry. Eles são interrompidos por um pigarro. Eles desviam o olhar para a pessoa e Harry reconhece ser um grande pintor da atualidade, Romero Britto – um pintor americano e brasileiro – e Nicholas Grimshaw – um jornalista bastante famoso no Reino Unido.

— Meu Deus! Romero Britto! Que prazer o conhecer! Aprecio muito suas obras. — Harry o comprimenta com um abraço, sorrindo.

— O prazer é todo meu, Harry! — O pintor diz, sorrindo.

— Prazer em conhecer você também, Grimshaw! — Cumprimenta o jornalista. Que sorri. — Este é meu namorado, Louis. — Harry apresenta. E Louis cumprimenta os dois.

Os três começam a conversar animadamente, e Louis percebe Nicholas flertando com seu namorado, então, subitamente ele entrelaça seu braço no de Harry.

— Senhoras e senhores, é a hora do resultado.

escrito by viih
Who do you think you are?
Who do you think I am?
You only love to see me breaking
You only want me cause I'm taken
To nessa vibe Up All Night, porqur tomar no cu já virou rotina.
Beijinhos, mari

Like I Would || Larry Stylinson AUOnde as histórias ganham vida. Descobre agora