Um lugar pra chamar de lar

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-[ A L E X R A Y ]-
-um dia antes-

Minhas pernas doiam, meus pulmões clamavam por um pouco de ar, minha garganta pinicava como se tivesse mil agulhas, meus olhos ardiam, fazia tempo que eu não dormia.

A casa onde deixara Thomas era parcialmente visível, havia deixado ele sozinho lá enquanto revistava uns carros na estrada, e eu só consegui encontrar duas latas de pêssego e uma garrafinha de água.

Entrei na casa, a preocupação invadia meu coração, se algo tivesse acontecido com ele eu não me perdoaria. Subi até o quarto onde o havia deixado, abri a porta do armário de onde eu tinha pedido que ele não saísse.

Ele estava deitado imóvel no chão do mesmo, meu coração apertado pensava o pior, até que vi um mísero movimento de respiração em seu peito, soltei a respiração que sem perceber havia prendido.

Peguei-o no colo o abraçando, acabando que por acorda-lo, seus olhinhos castanhos sorriam ao me ver.

– Alex, você voltou – disse com a voz meio embargada pelo sono recente.

– Sempre – então ouvi um barulho como um ronco de estomago e ele apertou a barriga fazendo cara feia.

Fui até minha mochila e peguei as latas de pêssego e logo em seguida minha faca que antes pendurava-se em minha cintura.

Depois de comermos e berbermos a água eu e Thomas saímos andando, infelizmente ou felizmente matei alguns zumbis no caminho. O garoto arfava de cansaço, olhei ao longe e vi que a noite logo se aproximava.

– Vamos montar um acampamento aqui – Olhei ao redor e encontrei uma área plana, uma árvore enorme jazia caída ali, aquilo ajudaria a nos camuflar dos errantes que passarem.

Peguei em minha mochila uma corda e algumas latas, amarrei-a em volta do acampamento improvisado tendo em mente que se enquanto dormirmos um errante se aproximasse ele esbarraria na corda que faria barulho com as latas.

aconcheguei Thomas em meus braços e logo adormeci.

●○●

– Você deve ser a Alex – olhei assustada para o garoto que se escorava na grade da cela, seu semblante era de desgosto.

Sorri de lado me levantando e estendi minha mão para cumprimenta-lo.

– E você deve ser o Carl – ele trocou de perna distribuindo o peso para a outra deixando minha mão pairar no ar, a recolhi colocando-a no bolso da calça meio constrangida.

– Meu pai está te chamando, a comida será servida logo – disse com a cara amarrada e saindo do local, o segui e não pude parar de pensar sobre seus olhos, eram tão azuis quanto os olhos de Ethan. Mas enquanto os de Ethan transbordavam amor e carinho os de Carl transbordavam perigo, mágoa e medo. Não podia julga-lo não sabia o que ele havia vivido.

Entramos no refeitório e pude ver um aglomerado de pessoas e elas estavam felizes. Avistei Thomas gargalhando ao lado de outras duas crianças e de uma mulher de cabelos curtos e grisalhos, sorri com a cena, ele merecia isso.

– Olá, você é a Alex né?– Uma mulher de olhos verdes com cabelos castanhos na altura dos ombros disse sorrindo. Assenti com a cabeça. – Sou Maggie.

Sorri ao ouvi-la contar algumas histórias sobre o grupo enquanto me deliciava com a comida que ela me oferecera.

Logo não demorara para que eu conhecesse os outros, Daryl um badboy sujo mas que de alguma maneira era bem atraente, Glenn o coreano que abrira o portão mais cedo e que era namorado de Maggie, Sasha uma mulher muito bonita, Michonne outra mulher maravilhosa e que carregava uma katana bem legal e por fim Carol que cuidava de Thomas .

Depois de conhecer todos eu sai para conhecer o lugar, a prisão era dividida em blocos e a cela onde eu dormia ficava no bloco C e a de Thomas no Bloco B, não gostava muito da distância mas eu confiava nesse pessoal.

Sentei na grama mais ao longe dos blocos, observava enquanto Sasha enfiava um pé de cabra na cabeças dos errantes que tentavam derrubar as cercas.

Enquanto observava comecei a pensar que poderia ter uma vida aqui com Thomas, todos ali eram legais, tirando aquele Carl, ele era arrogante e a ideia de dividir uma cela com ele não era muito legal, ri pelo nariz ao pensar que seria bem trabalhoso aturar aquele garoto.

-[ C A R L G R I M E S ]-

Meu pai só pode estar de brincadeira se ele pensa que vou dividir minha cela com aquela garota, ela é muito metida a besta, vou fazer com que seus dias aqui sejam piores do que estar rodeada por errantes.

Pensando sobre isso e andando pelo pátio  foi quando a avistei andando em direção as cercas.

O que essa garota está fazendo?

A segui por um momento.

Espera, por quê me importo com isso?

Balancei minha cabeça espantando esses pensamentos bestas.

Dei meia volta e segui em direção a minha cela quando acabei esbarrando em um garotinho de olhos castanhos.

– Desculpa, você viu a Alex? Não encontro ela –disse meio assustado e com um bico nos lábios pequenos.

– Não vi não – menti, não seria legal ele caminhar sozinho até as cercas atrás daquela doida. Ele abaixou o olhar meio amuado. – Ei, qual o seu nome campeão?

–Sou o Thomas – disse sorrindo. – E você?

– Sou Carl – digo.–  Vem, vamos ver se encontramos a Alex.

-[ A L E X R A Y ]-

Num ato meio impensado, levanto e vou em direção a Sasha, pego minha faca e começo a atacar os errantes, precisava fazer alguma coisa pra ajudar, eles me acolheram e nao vou ficar de pernas cruzadas. Ela me olha meio confusa mas continua a mata-los.

Depois que o dia estava quase terminando decido ir dormir um pouco, no caminho encontro algumas pessoas e as cumprimento com um sorriso educado. Quando me aproximava da cela ouço as vozes de Carl e Thomas .

– E quando o herói avistou a donzela em perigo, desferiu alguns golpes nuns zumbis idiotas e bum – cheguei de fininho na grade da cela a tempo de ver Carl fazendo cosquinhas no menor.

– O que aconteceu tio Col – o pequeno respondeu entusiasmado enquanto subia na beliche.

– Não sei, um garoto sapeca subiu na torre e explodiu tudo – respondeu pegando-o no colo fazendo com que ele risse, eu ri junto chamando a atenção dos dois.

– Alex! – O mais novo gritou pulando dos braços do Carl e correu em minha direção fazendo ele fechar a cara.

– Cuidado você pode me explodir – disse gargalhando.

– Ah, Thomas finalmente te achei – Carol apareceu chamando o garoto que se desvencilhou de minhas pernas. – Venha pequeno os meninos precisam descansar.

– Aquilo foi legal Carl. Obrigado por interte-lo – Sorri.

– Não ligo pro que você pensa.

– Escuta aqui o projeto de xerife, desde que cheguei você está agindo assim, você poderia parar de ser um babaca.

Disse e subi pra minha cama, virei-me pro canto e esperei o sono chegar, antes de apagar completamente pude ouvir a risada de Carl.

●○●  

Aqui estou eu novamente, esse capítulo foi meio pequeno mas é que consegui escrever.

quero agradecer à vcs pelos 13k e uau, nunca imaginei que chegaria à tanto obrigada mesmo gente amo vcs

Survive Where stories live. Discover now