Capítulo 32

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Malu.

Bernardo mandou eu ir para um quarto, olhei para o final do corredor e havia uma porta, a única na minha direção. Concordei com a cabeça e corri o mais rápido que consegui, abri a porta rápido e era um quarto enorme, tudo são sofisticado não sabia que o Augusto tinha bom gosto. Assim que entrei fechei tranquei a porta com a chave que já estava lá, corri até outra porta dentro do quarto e pensei que fosse o banheiro, mas era um lugar só de roupa, um closet... Empurrei a porta pesada de correr e me encostei na parede no fundo onde ficava algumas blusas penduradas, não tinha nada para respirar e o calor já estava tomando conta. Fiquei em por alguns segundos, apertando minha mão no móvel que estava encostada.

Escutei um barulho e alguém tinha atirado, meu peito doeu só de pensar em que aconteceu algo com o Bernardo, fechei os olhos devagar e mordi meus lábios... Balancei a cabeça tentando pensar em outra coisa mas era impossível, escutei coisas quebrarem, fiquei com mais medo deles me pegarem ou dos Augusto e do Bernardo estarem machucados.
Eu já estava presa mais ou menos 15 minutos e parecia que o tempo tinha parado que eu já estava horas ali.

— Malu — Escutei a voz do Bernado longe.

Empurrei a porta do closet e corri até a porta do quarto, fiquei encostada na mesma.

— Bernardo? — Sussurrei pela brecha da porta.

— Está tudo bem, pode abrir — Disse calmo.

Destranquei a porta e abri rápido, dei de cara com o Bernardo que me abraçou rápido e soltou logo em seguida para ver se eu estava bem. Suas mãos percorrem pelo meu rosto e logo em seguida meu cabelo.

— Aconteceu algo? Você tá bem? — Falou procurando algum machucado.

— Eu to bem e você? Cadê o Augusto? Era da máfia? — Perguntei segurando seu rosto.

— Eu to otimo, nos precisamos ir para casa, você tem aula amanhã, tenho que te levar no medico e eu preciso trabalhar, ando estressado ultimamente com toda essa coisa acontecendo — Falou entrelaçando minha mão na dele e me puxou até a sala.

Olhei no chão e tinha algumas marcas de sangue e na parede pingos. Tudo destruído, vidros no chão. Será que alguém tinha morrido?
Augusto tentava levantar a porta que estava no chão, não sei se dava para concertar agora. Bernardo soltou nossas mãos e foi ajudar o Augusto.

Me abaixei rapidamente e juntei alguns vidros que estavam no chão, deveria ser caro, não vi nada nessa casa que não seja caro.

— Amanhã eu dou um jeito na porta, vou só deixar encostada pra dormir — Disse Augusto.

— Guto, se quiser pode ir dormir lá em casa, te dou a chave e você vai — Falei preocupada.

— É, a Malu vai dormir lá em casa e aqui não é seguro e ainda mais com essa porta, eu passo lá e te deixo — Bernardo falou limpando as mãos.

— Já que vocês insistem — Soltou uma gargalhada. — Vou pegar minhas coisas rápido e vamos — Saiu andando.

— Eu estou muito cansada — Falei juntando todo vidro em um canto só. Logo em seguida me levantei vendo o Bernardo vim na minha direção.

— Eu também estou amor — Bernardo falou segurando em minha cintura e eu congelei.

Amor?

Meu coração parou na boca, como na primeira vez eu o vi e pensei que era um estuprador no banheiro.

— Que foi que tá com essa cara? — Perguntou erguendo sua sobrancelha.

— Você me chamou de amor — Abri um sorriso bobo.

— Ah Malu, que bobagem! —

— Malu, agora é Malu, mas me chamou de amor — Segurei seu rosto fazendo bico e dei um selinho demorado.

A mão do Bernardo logo foi parar na minha bunda, ele alisou devagar, o que fez meu sexo pulsar. Eu sentia falta, falta do seu corpo no meu. Senti sua mão puxar meu cabelo inclinando meu pescoço para o lado, senti seus lábios quentes na minha pele que me fez arrepiar, mordi os lábios por impulso e suspirei.

— Pronto, peguei uma roupa para trabalhar amanhã e algumas coisas —Escutamos a voz do Augusto no fundo, Bernardo se afastou um pouco e sorriu com aquela cara lisa.

— Vamos então — Saímos logo em seguida, Bernardo e Augusto deu um "jeito" na porta, deixou meio encostada, mas com um vento ela caia.

Entramos no carro e o Augusto avisou na portaria que não estava pra ninguém. Bernardo dirigiu até a minha casa, subi com o Augusto para mostrar onde ficava tudo, mesmo não sendo enorme, era só um apartamento. Peguei uma bolsa com algumas roupas e uns materiais que não estava na bolsa da faculdade... Se eu quisesse me formar, eu precisava no mínimo ir as aulas do curso e nem isso estou fazendo. Aluna nota -0.
Deixei o Augusto no apartamento e segui com o Bernardo até a casa dele.

Assim que chegamos Bernardo foi tomar um banho e passou quase meia hora no banheiro, querendo acabar com a água do mundo inteiro assim.

— Eu mereço uma massagem não acha? — Pediu Bernardo enquanto deitava na cama só de cueca. Branca! Uma cueca branca que marcava todo seu penis.

Um pecado de homem!

— Acho Sr. Miller — Sussurrei sentando um pouco mais em baixo da sua bunda.

Bernardo soltou uma risada fraca, passei minhas unhas em suas costas devagar. Passei minha mão por toda suas costas que era enorme, duas da minha. Comecei a massagear, eu não sou experiente nisso, mas sabia que estava bom porque seus olhos estavam fechando.

Fiquei alguns minutos massageando suas costas e olhei novamente, Bernardo já dormia quietinho. Me levantei devagar para não acorda-lo e apaguei a luz do abajur que ficava do meu lado. Cobri nos dois e me encolhi por causa do frio... Senti a mão do Bernardo na minha coxa, me puxando pra ele.

Safado! Não dormiu coisa nenhuma.

Não demorou muito e eu já estava no quinto sono.

———

Boa noite meus amores! Espero que gostem 😍❤️

OBSESSÃO. (Finalizada)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora