Capítulo 10

17.3K 1.3K 65
                                    


Malu.

Os quatros se levantaram do sofá rápido ficando de frente, meu pai não estava com uma cara nada boa. Fuzilou o Bernardo.

— Lucca? Bernardo? Que isso? — Tio Roberto gritou.

— Tio, eu posso explicar — Lucca disse e o Pai da Lua, puxou a orelha do Lucca e subiu, a mãe da Lua foi atrás e logo depois a Lua subiu correndo atrás dos três.

Agora estava nos três na sala, meu pai parecia não acreditar.

— Pode me explicar — Meu pai falou ainda na porta de braços cruzados, engoli seco e o Bernardo me olhou. Eu nem sabia o que falar.

— Prazer Sr. Felipe, sou Bernardo, namorado da sua filha! — Bernardo falou na direção do meu pai apertando sua mão, olhei incrédula para o Bernardo. Meu pai apertou com tanta força a mão do Bernardo que ficou vermelha.

— Namorado? Onde vocês se conheceram? Porque você não me contou nada Maria Luíza? — Meu pai me olhava, andava para um lado e para o outro.
O que me deixava bastante nervosa.

— Pai, o senhor sempre ficava nervoso quando mamãe brincava que eu estava namorando, não acha que eu estou grandinha demais? Já tenho 19 anos — Falei e me senti tão aliviada, nunca conversávamos sobre isso.

— Ai agora vocês estão namorando? — Ele disse apontando para o Bernardo e depois para mim.

— Sim — Bernardo falou firme me puxando para perto dele.

Eu estava morrendo de vontade de rir desse teatro ridículo que o Bernardo inventou.

— O que vocês estavam fazendo tão perto um do outro no sofá? — Perguntou meu pai me fazendo rir alto.

— Somos namorados, acho que servem para isso — Falei e meu pai ajeitou sua arma em seu uniforme.

— Mais tarde quando eu chegar conversarmos direito — Ele falou saindo e fechando a porta.

— Assim que se resolve as coisas — Ele falou sorrindo me puxando para perto dele.

— Namorados? Você é um belo ator — Ele deu um belo sorriso, me fazendo sorrir também.

— Você é tão diferente das outras mulheres, deve ser por isso que te quero tanto, me deixa parecendo até um gay falando essas coisas — Ele disse acariciando meu cabelo.

— Nem assim você parece um gay! — Ele me deu um selinho demorado.

— Eu preciso ir para empresa de novo, só dei uma desculpa para o Lucca pra te ver, já que você saiu do carro batendo à porta — Ele foi indo em direção à porta, parou no meio do caminho e me olhou.

— Qualquer coisa com o sogrão você me liga que eu venho aqui te salvar — Falou me fazendo rir.

— Tchau ator — Mandei beijos no ar e ele saiu.

Acho que Lua deve tá ferrada para explicar sua situação com o Lucca, viveram juntos tanto tempo e tio Roberto achava que o Lucca era só um segurança particular, acho que viu o quanto se enganou.

Eu queria subir para ver o que estava acontecendo, mas eu resolvi ir para casa e depois voltava quando a poeira estivesse baixa.

Minha mãe ainda não estava em casa e eu estava sozinha mais uma vez. Fui na cozinha pegar algo para comer e escutei a campainha tocar, deduzi que fosse Lua.

— Prima? — Perguntei surpresa.

— Oi meu amor, eu não tenho tempo para explicar agora, mas to apressada para um jantar importante, marquei com uma babá mas avisou que não iria. Você poderia ficar com a Alice para mim não é? Cadê os tios? Eu venho pegar ela amanhã cedo — Ela falou bem rápido, estava tão arrumada.

Minha prima me deu a Alice que estava com quase 2 anos e uma mala que acho que esteja com as coisas dela. Eu e uma criança em casa.

Nem sempre se víamos porque ela trabalhava muito e nossa família era bem afastada.

— Mamãe — Alice esticou os braços querendo ir para sua mãe. Deu até dó.

— A mamãe vai voltar depois — Falei fechando a porta devagar.

Alice estava com sua chupeta na boca, encostou sua cabeça em meu ombro e sua mão esquerda ficou pendurada no outro, parecia está com sono e cansada, balancei ela pela casa inteira. Tentando fazê-la dormir.

Escutei a campainha tocar mais uma vez fazendo assim a Alice se mexer, ela já estava quase pegando no sono. Abri a porta e o Bernardo estava lá, me olhando com cara de retardado.

— Entra — Falei e ele entrou.

A cara dele era a melhor olhando para Alice.

— Sua filha adotiva? — Ele falou rindo, Alice o olhava rindo também.

— Ela nem sabe do que está rindo — Falei dando risada. — Filha da minha prima, ela deixou aqui comigo e agora eu sou a babá —

Alice levantou seus braços na direção do Bernardo, ele estava fazendo ela rir e era engraçado. Logo o Bernardo com aquela pose de durão fazendo uma criança rir.

— Malu, eu não sei segurar crianças — Ele disse pegando a Alice no colo.

— Põe uma mão nas costas agora — Falei e ele fez.

Alice puxava o cabelo do Bernardo que fazia algumas caretas, fazendo ela se divertir, quanto mais ele fazia careta, mais ela puxava.

— Me trocou — Falei para Alice beijando sua coxa. Ela esperneava, era tão safada é linda.

Fui na cozinha para preparar o jantar enquanto meus pais não chegavam, ainda estava cedo, mas queria deixar tudo pronto porque sei o quanto eles chegam cansado e mamãe ainda tem que preparar o jantar, todos os dias.

— Luiza, eu acho que ela fez cocô — Bernardo veio segurando ela longe do seu corpo, Alice batia as pernas no ar.

— Ai e agora? — Falei pegando ela que mal queria vim para mim.

— Se vira, to fora dessa — Bernardo disse levantando as duas mãos.

— Separa uma roupinha para ela, está naquela bolsa — Falei e ele foi em direção a roupa.

Abri a porta do banheiro e enchi a banheira, deitei a Alice na minha cama e tirei toda sua roupa... Ela não parava quieta.

Alice tinha feito uma obra de arte na fralda, quase vomitei tudo. Limpei com um papel os restos que tinha ficado, fomos até o banheiro e vi se a água estava morna. Coloquei ela dentro que esperneou e achei que fosse chorar.

— Essa está boa? — Bernado apareceu na porta com uma roupa nada haver.

— Não está combinando a parte de cima e a de baixo — Falei e ele olhou para roupa.

— Mas não é só para por nela? Precisa combinar? — Ele disse olhando para mim e para roupa.

— Sim para as duas perguntas, vem cá, segura ela — Bernardo se abaixou perto da banheira e ficou brincando com a Alice.

Peguei as roupas que o Bernardo tinha escolhido e devolvi para mala dela, peguei uma roupinha para dormir e algumas coisas necessárias.

Voltei para o banheiro e quase não reconheci o Bernardo psicopata de sempre. Lá estava ele, brincando com a Alice feito bobão, dando sorrisos bobos, o que me fazia sorrir, ele nao me deixava ver esse lado, me encostei na porta e cruzei os braços.

 Lá estava ele, brincando com a Alice feito bobão, dando sorrisos bobos, o que me fazia sorrir, ele nao me deixava ver esse lado, me encostei na porta e cruzei os braços

Hoppsan! Denna bild följer inte våra riktliner för innehåll. Försök att ta bort den eller ladda upp en annan bild för att fortsätta.




Amo os comentários de vcs! ❤️
Obrigada por acompanharem.

OBSESSÃO. (Finalizada)Där berättelser lever. Upptäck nu