Capítulo 3

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Bernardo Miller.

Abri meus olhos com a claridade batendo nos mesmos, mal consegui abrir. Me levantei da cama e havia uma mulher deitada, só de calcinha. Eu nem lembrava de nada, só que tinha ido em uma festa com uns amigos e acabei bebendo muito. Eu sempre vivo para o meu trabalho, meu pai me deixa tomando conta de tudo na empresa, chego em casa para comer e dormir, às vezes chamo algumas "amigas" para se divertir comigo.
Fechei a cortina que deixava meu quarto claro e a mulher se mexeu.

— Bom dia Sr. Miller — Ela falou cobrindo seu corpo com o lençol.

— Bom dia, preciso que vá embora — Falei sério colocando uma camisa qualquer.

— Ai, só isso? Me bate a noite inteira e de manha tenho que ir embora? — Ela levantou deixando seu corpo amostra, estava cheio de marcas.

— Sim, coloca suas roupas — Falei jogando na cama — Vou na cozinha comer algo e quando voltar não te quero mais aqui, entendeu? Ou essas suas marcas ficarão pior — Falei fechando a porta e escutei ela jogar algo.

Eu encontro essas mulheres em qualquer lugar, acostumada a ser fodidas e elas de manha querem um romance. Tomei um suco e escutei os passos da mulher vindo do quarto, estava quase quebrando o piso, pois os passos eram fundos. Me virei e ela estava abrindo a porta.

— Bom dia — Falei sorrindo e ela saiu, batendo a porta, poderia até dizer que os copos da cozinha tremeram.

Tomei um banho rápido, pois já estava atrasado e poderia muito bem escutar o velho do meu pai gritando comigo. Peguei minhas coisas e a chave do carro... Queimei todos os sinais no caminho, levo todos os dias 20 minutos para chegar na empresa e creio que dessa vez cheguei em 10.

Fui em direção a minha sala e quando abri meu pai já estava lá com o celular na mão.

— Puta que pariu, onde você estava? — Meu pai gritou. — Você devia está na reunião Bernardo. —

— Já to aqui, não to? — Falei alto, pegando uns papéis na mesa e vou saindo da sala.

— Faça ele assinar todos os papéis e mais tarde terá uma confraternização, quero você lá e sem desculpas — Ele terminou de falar quando eu sair.

Sempre tenho que aparecer nesses eventos, mas em final de semana eu não vou ficar resolvendo coisas da empresa, preciso curtir e me satisfazer também.
Vou indo em direção à sala onde esta acontecendo a reunião.

— Tá atrasado — Augusto fala aparecendo do meu lado.

— Você também — Falo e abro a porta da sala, fazendo todos me olharem. Entro e sento na cadeira e assim seria meu dia, resolvendo essas besteiras. Sorte que eu tinha Augusto para me ajudar, eu não sou muito paciente com essas coisas e na maioria das vezes eu me estresso ou saio da sala.

A reunião acabou e eu estava morto, precisava dormir e de uma mulher! Necessito de sexo. Peguei a chave do carro e fui em direção ao meu carro, meu pai estava vindo junto com o Augusto.

— O que foi agora? Já fiz eles assinarem aquela bosta, tenho que ir para casa — Falei para o meu pai, enquanto jogava uns papéis no banco do carro.

— Bernardo e Augusto, quero os dois mais tarde na festa, tão ouvindo? — Meu pai falou com o dedo na cara dos dois.

— Vai ter comida? E algumas mulheres? — Augusto disse rindo.

— Negócios Augusto, negócios... — Meu pai deu as costas e saiu, voltando para empresa.

Abri a porta do meu carro e sentei, Augusto se apoiou na janela.

OBSESSÃO. (Finalizada)Where stories live. Discover now