Presos 02

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Entramos no grande parque depois de pagarmos, e observamos o lugar.
Já eram tipo meia noite e meia, e não tinha muitos vestígios de crianças e pais, poucos eram. A maioria das pessoas que circulavam era adolescentes, então éramos os únicos adultos embriagados no local.
— Maaaanooooo, que demais! Parece o paraíso!
— Não parece, Murray... — Mess sorria como uma criança — É o paraíso.
— Montanha russa.
— Não, shake!
— Roda gigante.
— Isso, é pra casal apaixonado.
— Então... Casa assombrada?
— Eu tenho medo! — Murray se encolheu — Que tal carrinho bate bate?
— Concordo! — Emma argumentou.
— Alguma objeção? — podíamos ver o brilho no olhar de Mess, o que me fez ceder.

Tá, okay, eu amo carrinho elétrico. Iria de qualquer jeito.

— Então, vamos!

Rapidamente um grupo de jovens embriagados (nós) com vodca na mão, correram para a fila do carrinho bate bate.

Pousamos as garrafas no chão.

Tinha algumas crianças  a nossa frente, que estavam esperando, assim como nós, as outras pessoas saírem da rodada da vez, o que não foi muito rápido.

E antes das crianças a nossa frente - que estavam esperando antes de nós - entrarem na pista e em seus carros, nós corremos antes deles e sentamos nos carros.

Coisa feia,

Eu sei.

— Desculpa minis rachas, mas agora tá lotado. — Salu deu língua pra eles, e um garotinho loiro deu um tapa estranhamente forte em sua cabeça e correu.

As crianças saíram da pista e voltaram pra fila, junto com seus pais. Que a propósito nos lançava olhares mortais.

— Mini capeta, uÓ! — Salu resmungou.

— Podem começar! — o funcionário do parque diz, e aciona um botão ao lado dele.

Começamos a dirigir, a nos bater, a gritar, a rir, a nos divertir. Dirijo até um canto da pista, e quando olho para frente, vejo Murray exatamente do lado oposto.

De modo que nossos carros estavam um na frente do outro, em uma distância considerável. Eu arqueio as sobrancelhas.

Murray arqueia as sobrancelhas dele. Era guerra que ele queria, era guerra que ele teria.

Meu primo e eu, ao mesmo tempo, tiramos os pés do freio, então nós dois pisamos no acelerador ao mesmo tempo, arrancando na direção um do outro.
Chegamos mais perto...

Só mais um segundo...

Murray aperta os olhos, e então um baque.

POOOOW

— Pelo amor de Deus, Murray! Não colocou o cinto?

A pergunta vem de Mess, quando eu abro meus olhos e encontro um Murray de cara no chão da pista. Por uma segundo, só um segundo apenas, eu me preocupo. Mas logo depois gargalho.

— AHAHAHAHAHAHAAHHA — minha barriga doía — SE FERROU!

Murray levanta do chão, envergonhado, com o nariz sangrando e a testa vermelha.

— Acho que não quero mais brincar disso. — ele abaixa a cabeça — Você é mal!

— Ah, não coloca a culpa em mim. — me defendo — Desculpa. Foi hilário, admita.

— Acabou o tempo de vocês. — o funcionário fala e desliga a grade elétrica acima de nós.

Todos descemos dos carros, alguns felizes, outros nem tanto (Murray). E saímos da área.

Give me Love [COMPLETA]Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu