Pão de Açúcar

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- Vamos embora, tá bom? Está ficando tarde. - Ed se levanta e estende a mão.
- Pra onde? Acho que a vovó está dormindo agora... Ela precisa descansar.
- Então vou ligar pro Stu. Podemos ir pro hotel...
- Não! - o interrompo - Ed, não sei se reparou, mas Stu também precisa de uma vida. Quer dizer... Ele vive atrás de você em todos os países. Não sei se estou errada, mas nunca pensou em dar algumas férias a ele?
- Hã... - ele volta a sentar ao meu lado - sim. Mas pra isso eu também precisaria de férias, e isso tá difícil agora - ri.

Realmente. - Penso.
Ed começou sua carreira com dezesseis ano, desde que saiu da casa de seus pais. E desde lá, não teve um tempo pra sua vida pessoal, por que como ele disse em uma entrevista, ele não tem vida pessoal. Então uma lâmpada se acende em minha cabeça.
- Talvez não seja tão difícil assim. - sorrio maliciosa.
- Aprontando alguma, Sra Young? - me beija.
- Como eu disse, talvez. - o beijo de volta.
- Não temos pra onde ir.

Ele diz, então eu penso. Casa da vovó, não dá. Hotel, não dá. Casa do Ronaldo, não mesmo. Hmmm.... AH! Claro! Como não pensei nisso antes?!

- Vamos precisar alugar um carro. De preferência um que tenha capota. Ah, e também um cobertor e um travesseiro.

[...]

- Pode me dizer pra onde estamos indo, Mess? - Ed fala impaciente no banco do carona, enquanto eu dirijo pelas ruas do Rio.
- Não mesmo! - sorrio - Espero que goste, pelo menos.
- Uma pista, só uma pista, por favor! - ele implora e eu rio, ou melhor, gargalho.
- Certo. É um doce.
Ed com certeza não entendeu do que se tratava, pois me olhou com um careta engraçada.
- Fudeu.
- Estamos chegando, senhor palavrão.

Logo a frente, já podemos ver um grande morro, com luzes que o deixa mais lindo do que já é. Às 3 da manhã não é tão movimentado assim, na verdade só o segurança fica neste lugar na madrugada, mas ainda assim é incrível.
É mesmo incrível como não conseguimos descrever as maravilhas naturais, as maravilhas que Deus nos dá. E as mãos humanas (quando bem usadas) o deixam mais espetacular ainda. Depois do Cristo redentor, essa é com toda certeza do mundo, o lugar que eu mais gosto no Rio.
- Meu Deus é...
- Incrível. - completo sorrindo.
- Totalmente sem palavras!
- Essa sensação nunca passa. Venho aqui desde pequena com minha mãe, ela sempre guardava dinheiro pra poder ver meu sorriso quando andava no bondinho.
- Imagino. - ele segura minhas mãos - Queria ter tido a sorte de conhecê-la.

Não tem nada o que falar, então apenas sorrio. Também queria que ela ainda estivesse com a gente, conhece o Ed, mas Deus fez tudo de acordo com sua vontade.

Chegamos mais perto ainda, pelo caminho da terra, e já podemos ver a grande placa de "Somente pessoas autorizadas", que impede de entrar na parte mais bonita do morro.

- Mess, por acaso você é autorizada?
- Não.
- E como vamos entr...
- Fala Bru! - grito, ao ver um segurança alto e magro de costas, provavelmente usando o celular. Ele se vira para mim, e sorrir.
- Melzinha! Quer dizer, Melissona, você tá enorme menina!
- Cresci. - sorrio - Como anda?
- Ótimo. E você? Pensei que estivesse em Londres!
- Como sabe?
- Ah, por favor. Todo mundo sabe da vida dos famosos. - ele ri - O que te traz aqui? Sabia que são três da manhã?
- Sim, na verdade. Vim de Londres com meu amigo - apontei para Ed, escondido atrás de mim, que estava apenas observando, não entendo nada nossa conversa - E decidimos visitar aqui antes que os turistas cheguem e vejam o Ed. Então, eu...
- Espera! Ed? Ed Sheeran? - Bru tenta enxergar o banco do carona.
- Hello. - ele sorri.
- Diz pra ele que preciso tirar uma foto com ele. Minha namorada não vai acreditar!
- Só se você nos deixar entrar na área restrita. - falo.
- Não precisa nem pedir. - ele clica em um botão qualquer, e a porta a nossa frente se abre.
- Uma foto, pode ser?
Ed sorri e sai do carro, tira uma foto com Bru, depois volta.
- Valeu Bru. - dou tchauzinho.
- Feche os olhos! - peço/mando para Ed.
- Você vai me sequestrar!
- Não vou, bobo - rio - fecha logo. - e ele fecha.
- Você amar. - sorrio para Ed e dirijo alguns metros.
Estaciono o carro peço para ele continuar de olhos fechados. Saio e pego um edredom e um travesseiro que tínhamos trago da casa do Ronaldo. Levamos também um violão e mais três garrafas de vinho, e arrumei tudo na capota do carro. Perfeito.
Me dirigi até a porta de Ed, que permanecia de olhos fechados e o ajudei a sair do carro.
- Cuidado com a cabeça.
Levei ele até a parte se traz do carro, e deixei ele de costas para o automóvel, e de frente para a linda vista.
- Pode abrir, babe.
Ele abre devagar, e sorri instantemente.
E não tem como. Daqui de onde estamos é possível ver a cidade toda acesa, tudo silêncio, alguns carros passando pelas avenidas, é uma cidade que nunca dorme.
A lua cheia não deixa que fique totalmente escuro. O pão de açúcar é ainda mais lindo quando estamos nele, e a cidade é mais linda quando estamos longe dela.
- Exuberante. - ele sorri, e me beija, quando abre os olhos, vê a pequena cama improvisada em cima do carro.
- Yeah, temos onde dormir. Você é incrível. - sobe em cima do carro, e estende a mão para me ajudar e eu subo.
- Violão e vinho. Os v's fundamentais. - sorri - Meu Deus, obrigado. Essa mulher é perfeita pra mim.
- Ah, para. - sento nos lençóis e ele senta ao meu lado - Eu sempre quis fazer isso. Eu estou muito feliz, muito mesmo.
- Agora imagina como me sinto desde a primeira vez que te vi. É meu clichê, mas eu nunca me senti assim. Eu fiz uma música enquanto você dormia no avião ontem, tem haver com isso. Posso cantar?
- Deve cantar.
Ele estica a mão e pega o violão, que estava ao meu lado.
- O nome é Grade 8.

Minha mente é um guerreiro,
Meu coração é um estrangeiro
Meus olhos são da cor do vermelho, como um pôr do sol

Eu nunca vou mantê-la engarrafada
E deixar para as mãos do médico legista
Seja um coração verdadeiro, não um seguidor
Nós ainda não terminamos

E eu vejo isso nos seus movimentos à noite
Se nós devíamos fazer isso direito
Eu nunca vou deixar você para baixo
Eu nunca vou deixar você para baixo

E eu estou mantendo lá embaixo
E eu vou te manter ao redor então eu vou saber
Que eu nunca vou deixar você para baixo
Eu nunca vou deixar você para baixo

Você está dedilhando as cordas do meu coração
Como se estivesse na 8ª serie
Eu nunca me senti assim
Eu vou deixar seus pés fora do chão
E nunca, nunca te deixar descer, agora

Você está dedilhando as cordas do meu coração
Como se estivesse na 8ª serie
Eu nunca me senti assim
Eu vou deixar seus pés fora do chão
E nunca, nunca te deixar descer, agora

Meus olhos são um rio em cheia
Esta bebida é um assassino de fígado
Meu peito é um travesseiro para sua cabeça cansada para colocar para descansar novamente

Seu corpo é minha caneta esferográfica
E sua mente é minha nova melhor amiga
Seus olhos são o espelho para me levar ao limite de novo, agora

E eu vejo isso nos seus movimentos à noite
Se nós devíamos fazer isso direito
Eu nunca vou deixar você para baixo
Eu nunca vou deixar você para baixo

E eu estou mantendo lá embaixo
E eu vou te manter ao redor então eu vou saber
Que eu nunca vou deixar você para baixo
Eu nunca vou deixar você para baixo

Você está dedilhando as cordas do meu coração
Como se estivesse na 8ª serie
Eu nunca me senti assim
Eu vou deixar seus pés fora do chão
E nunca, nunca te deixar descer, agora

Você está dedilhando as cordas do meu coração
Como se estivesse na 8ª serie
Eu nunca me senti assim
Eu vou deixar seus pés fora do chão
E nunca, nunca te deixar descer, agora

Segure meu coração para me parar de sangrar agora, agora, agora
E eu nunca vou deixar você para baixo
Segure meu coração para me parar de sangrar agora, agora, agora
E eu nunca vou deixar você para baixo
Segure meu coração para me parar de sangrar agora, agora, agora
Eu nunca vou deixar você para baixo
Segure meu coração para me parar de sangrar agora, agora, agora
E eu nunca vou deixar você para baixo

Você está dedilhando as cordas do meu coração
Como se estivesse na 8ª serie
Eu nunca me senti assim
Eu vou deixar seus pés fora do chão
E nunca, nunca te deixar descer, agora

Você está dedilhando as cordas do meu coração
Como se estivesse na 8ª serie
Eu nunca me senti assim
Eu vou deixar seus pés fora do chão
E nunca, nunca te deixar descer, agora

Então eu o beijo, e ele larga o violão de lado e me devolve o beijo. Me coloca deitada em cima do cobertor e beija meu pescoço, me olha nos olhos e sorri. Um sorriso cúmplice, um sorriso amoroso, um sorriso sincero.

E a noite continuou assim, regada de amor, vinho, música, sorrisos, e muito mais amor. Ed era perfeito por mim e eu era perfeita pra mim. E ninguém seria capaz de nos separar.

Give me Love [COMPLETA]Where stories live. Discover now