Paixão e Preconceito

Conflitos

Lucas

Desço para o café da manhã e encontro logo Maria, ela me abraça tão forte, estava com muita saudades dela. Maria é mais que uma empregada aqui em casa, ajudou nossa mãe a nos criar e sempre foi nossa aliada perante ao Sr. Henrique. E por falar nele, ele desce logo em seguida, não o tinha visto ontem. Nos cumprimentamos e sentamos para tomar nosso café. Ele me atualiza de alguns negócios, e logo todos descem em seguida. Conversamos mais um pouco, e meu pai quer que eu vá com ele para a construtora.
Eu não queria ir hoje, porém, vou para organizar minha sala e alguns papéis, ainda sinto a diferença do fuso horário, mas tenho que me acostumar.
Me instalo na minha antiga sala, porém reformaram, ficou maior. Assinei alguns papéis, revi alguns projetos, fiquei a par de alguns. Não foi complicado, pois sempre Fernando me atualizava e eu falava com o escritório daqui toda a semana. Iremos trabalhar juntos, em equipe e em parceria com o escritório do Rio de Janeiro. Só de pensar que estou na mesma cidade que ela, já me enoja.
Almocei com o Fernando que me deixou a par de alguns negócios e eu a ele. Conversei sobre o meu sonho, ou melhor, pesadelo e ele riu muito da minha cara.
- Lucas, você precisa urgentemente de uma mulher, uma não, de várias. Precisa tirar essa mulher da sua cabeça cara. Já passou vários anos e você sabe que ela se casou e teve um filho, está na hora, alias passou da hora de você esquecê-la.
- Eu sei Fernando, mas não é fácil. Aquela maldita acabou comigo. Foi como tivesse levado uma facada no coração, foi uma traição. E não acredito que ela foi capaz de tudo que aconteceu ainda casar com aquele maldito filha da puta, o maldito do Marcos, e ainda teve um filho dele. Eu preciso encontrá-la novamente, quero ouvir da boca dela, olhar nos seus olhos e ver aquela maldita cara de pau daquela sem vergonha, e falar o que está entalado aqui, coisa que deveria ter feito na época e não fiz. Não me conformo que naquela época não tomei essa atitude.
- Puta merda cara, tem muito amor nisso ainda.
- Não é amor Fernando é raiva, muita raiva. Ela vai ter que explicar direitinho tudo que aconteceu na minha cara, olhando nos meus olhos, depois acabou pra mim, só quero uma explicação plausível daquela vagabunda.
- Sei, tudo bem cara, acho que você terá esse encontro muito antes que você imagine. Você sabia que ela está trabalhando pra ele né? E será a vice presidente da empresa dele.
- Fiquei sabendo, o detetive me informou. E já estou organizando esse encontro, será em breve, muito em breve.
- Bom, cara, por agora você está precisando se divertir. Vamos ao clube essa noite? Não aceito um não como resposta. Você vai e pronto.
- Sim, estou precisando mesmo... Preciso esquecer essa maldita, pelo menos por uma noite.
E assim terminou minha noite. Fomos ao clube, bebemos um pouco e fiquei com a primeira mulher que me deu bola. Uma morena gostosa, com um corpo maravilhoso, sem nome pois nem quis saber. Meu pau teve sorte. Passei a noite com ela e fui pra casa satisfeito, ela mais ainda.