How Is He?

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P.O.V Newt

— Ele está morto. Morto. — Teresa chora.

Newt sente seu mundo desabar, se sente em um torpor absoluto. Isso era mentira. Isso era mentira. Isso era mentira. Ele repetiu a mesma frase diversas vezes.

NÃO.

O amor da sua vida estava morto na sala ao lado e ele nem podia vê-lo. O loiro sente suas pernas fraquejarem e cai de joelhos na frente da amiga que não para de soluçar um segundo.

— Não. — Sussurra ele com os olhos vidrados no chão. — Não. — Ele repete.

Newt sente sua boca seca, sente a náusea tomar conta do seu corpo. Não.

Não. Não

Seus olhos ardem e as lágrimas começam a se formar e a cair violentamente. Ele solta um grito que se forma selvagem em seu peito, grita o mais alto que pode. Grita até não ter mais forças, até não saber se chora ou grita.

— Tommy! — Grita ele aos prantos.

— TOMMY!

O loiro abre os olhos, ofegante e percebe que está em sua cama.

— Meu Deus! — Ele começa a chorar.

Foi tudo um pesadelo. Ele tenta se recompor mas as lágrimas teimam em descer pelo seu rosto. Ele as limpa com as costas da mão, se sente aliviado por ter sido tudo um sonho, mas o alívio passa ao lembrar que a parte do acidente foi real.

Ava insistiu que o filho aparecesse só no outro dia, ele mandou diversas mensagens para Teresa, perguntando sobre o estado do seu irmão. Tudo o que a amiga disse foi que levaram ele inconsciente para dezenas de exames e que ela passaria a noite lá com a mãe.

Você precisa estar bem, você TEM que estar bem. Pensa ele.

Ele se esforça, tenta ao máximo voltar a dormir, mas era impossível. Precisava de notícias de Thomas.

O loiro passa o resto da noite em claro.

***

— Você precisa comer direito, Newt. — Ava coloca a caixa de cereal na mesa para o filho.

Newt se serve sem se pronunciar em nenhum momento. Precisava guardar as energias para o que estava por vir. Ele termina seu cereal rapidamente e já está de pé. Pega o casaco na cadeira e beija o rosto da mãe.

— Não se torture tanto, filho. — A voz de Ava é apenas um sussurro.

Newt sente as lágrimas ameaçarem novamente e apenas acena com a cabeça, saindo de casa e pegando sua bicicleta.
Ele havia marcado com Teresa hoje cedo no hospital, veria Thomas finalmente, ou não. Dependeria muito do seu estado. Mas ele torcia para que pudesse vê-lo e até mesmo tranquiliza-lo e dizer que estava lá pra ele. Teresa não deu muito mais informação. Disse que conversaria melhor com ele assim que chegasse.

Pelo menos Thomas está vivo. Pensa ele.

Ele entra apressadamente pela sala de espera do CTI, encontra Teresa com uma aparência cansada, está com o rosto inchado, provavelmente de tanto chorar.

— Oi. — Sussurra ele.

Teresa pula em seus braços e o abraça intensamente. Ele aperta a amiga em seus braços e fecha os olhos sentindo as lágrimas descerem novamente pelo seu rosto. A garota também volta a chorar, seu corpo está trêmulo e ela soluça desesperadamente.

Bastard | Newtmas #Wattys2016Where stories live. Discover now