Capítulo 61

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POV Karla Estabrao

Eu estava terminando de colocar minhas coisas em minha bolsa, para ir fazer os exames quando minha mãe adentrou meu quarto.

- Quer que eu vá com você? – Ela perguntou receosa e eu neguei com a cabeça. – Tem certeza? É bom sempre ter uma companhia em exames, filha.

- O papai vai comigo, ele disse que ia. – Ela entreabriu a boca e suspirou assentindo. – Não se preocupe, ele estará comigo. Cuide da Stefane que eu volto em algumas horas, na verdade nem sei quanto tempo demora.

- Deus te acompanhe. – Ela segurou meu braço e suspirou. – Vai dá tudo certo, minha filha. Deus é justo.

- Que seja feita a vontade dele, dona Simone! – Beijei seu rosto e me afastei. – Agora deixe-me ir, não esquece de fazer um almoço legal, eu vou voltar cheia de fome.

- Pode deixar que a mesa vai estar cheia para você! – Ela disse sorrindo abertamente.

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- Está com medo? – Meu pai perguntou sentado a meu lado, segurando minha mão, enquanto eu estava impaciente esperando ser chamada.

- Na verdade é só ansiedade. – Ele sorriu e fez carinho em minha mão. – Pai, hoje a Morgan me ligou, ela estava estranha, nem havia feito contato comigo ontem, e hoje se enrolou toda para falar. E-eu acho que ela ficou com alguém ontem e eu não sei se é coisa das emoções que estou sofrendo, mas eu tive um pensamento muito ruim, sabe? Eu nunca fui de pensar assim, sempre fui de me reerguer.

- O que você pensou, querida? – Perguntou com a testa franzida e eu suspirei.

- Eu desejei estar doente e poder morrer, assim não erraria com mais ninguém. – Ele levantou as duas sobrancelhas e suspirou.

- Filha, você não pode pensar essas coisas, sempre foi uma menina de boas palavras. Jamais deseje esse tipo de coisa. E sobre a Morgan, vocês terminaram, não é? – Eu assenti. – Então acho que ela está só querendo um tempo para ela, ela te ama, não acho que tenha ficado com outra pessoa. Pelo que você me contava sobre ela. Hoje ela não parece ser a mesma, ela beijava as outras na balada, hoje você mal ver ela indo, certo? – Eu assenti. – E quando ela ia, te levava, ou sempre deixava tudo na responsabilidade da sócia, certo? – Eu assenti. – Não pense besteira, tudo o que está lhe consumindo é o medo. Medo nos deixa loucos, e eu não quero você assim. Seja confiante que tudo vai dá certo, positividade atrai coisa boa.

- Karla Coello Estabrao? – Uma voz feminina chama minha atenção e eu a fito.

- Sim, sou eu. – Levantei-me.

- Acompanhe-me, senhorita.

- Será que meu pai pode me fazer companhia? – Ela assentiu. – Vem pai, por favor. Eu preciso de você, eu não tenho coragem, não sei como serão e sei lá... Sua força vai me deixar erguida.

- Estou com você até o fim. – Ele disse ficando de pé e segurando minha mão. – Vamos lá, não tenha medo. Mande o medo embora, encare suas dificuldades de frente, vai dá tudo certo! – Levantou minha mão a altura de seus lábios e a beijou.

Respirei fundo e acompanhei a enfermeira até a sala de exames.

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Eu estava deitada no sofá, após o almoço, ouvindo Stefane falando sobre algumas coisas que ela estava desenhando, ela não para um segundo de falar. Eu só sorria, pois achava muito bonita sua forma de descrever seus desenhos antes mesmo de os produzir, e ela tem talento para isso.

THE FAN - camrenWhere stories live. Discover now