Respeite os mais velhos

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        Tomaz chegou extasiado naquele dia em sua casa

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        Tomaz chegou extasiado naquele dia em sua casa. Também pudera, o que tinha feito com seus amigos, não era coisa a se fazer a nenhuma espécie viva, ainda mais em pessoas. Atirar pedras era algo muito "sagrado", digamos assim, porém em tempos idos.

Quem não se lembra do apedrejamento do jovem Estevão, incitado pelo jovem Paulo( que até então se chamava Saulo). Estevão suplicou ajuda aos céus, e o os anjos abominaram tais atos, mas os apedrejamentos continuaram e Estevão morreu ali, aos olhos de todos. Mas Estevão se manteve fiel ao seu Deus vivo, até seu último suspiro. Estevão é até hoje visto como um mártir para os seus seguidores e lembrado até os dias de hoje.

Porém, mudando um pouco de assunto, vamos falar de contemporaneidade, e do asssunto principal do fantasmagórico caso. Havia uma uma idosa, humilde, e que não importunava ninguém. A mulher perambulava pelas ruas pedindo comida de casa em casa, com aquele olhar triste amedrontador, como diziam alguns. Por vezes comseguia algo para comer, um peixe cozido, cozinhado por sabe lá quantos dias. A coitada roía todas as espinhas e por vezes até se entalava com alguma, mas sempre comia farinha de mandioca para descer o engasgo. No mais, quando não conseguia restos de comida e, a barriga roncava como os grunhidos dos ratos nos esgotos, a pobre mumher sempre vivia embutida em uma lata de lixo catando sobras, quase sempre guloseimas comestíveis.

"Quem será essa mulher?", algumas pessoas do bairro diziam. "Apareceu do nada, como se tivessem jogado ela aí", diziam. "Talvez caiu do céu, assim como anjos caídos ", diziam outras, maldosas.

Muito bem, Tomaz e sua turma, incomodados com aquela senhora porca, repudiavam a a ação desasseada da velha, sujando as ruas como cachorro vira-lata, ou carros de lixos que não fazem o seu serviço e deixa a rua banhada de chorume. Naquela noite, então, Tomaz e sua turma resolveram dar um fim na pobre mulher que dormia no chão da pracinha da pequena cidade. 

Eram por volta de duas da manhã quando a velha foi acordada com uma enorme pedra que Tomaz atirou em seu peito. A velha acordou angustiada, arfando espanto, mas, forte como sempre fora, logo pôs-se de pé. Depois, mais pedras lhe foram arremessadas. A mulher bem que tentou correr, mas não tinha como escapar. Tropeçou, mas caiu, e maldade começou, como de a idosa fosse um monstro, uma aberração que caiu dos céus e se espatifou ali n pequena cidade.

"Parem com isso, seus malditos!"

Mas a turma de Tomaz continuava e insultava a velha com adjetivos abomináveis

"Velha imunda, bruxa, doente mental, saia da nossa pacata cidade!"

"O diabo que é! Suas pragas!", rogava a mulher. "Não vou me embora daqui".

Então a turma de Tomaz continuou com a chuva de pedras surrando a pobre anciã que começava a cambalear e a perder os sentidos. Mesmo assim, Tomaz e sua turma não parava a saraivada. 

— Já chega, gente! — gritou uma garotinha. Mas Tomaz não a ouvia e continuava jogando as consistentes pedras.

— Não! Ela deve morrer! — ele gritava. — Meu pai disse que ela é uma bruxa do século XIII. Devemos eliminá-la e nos tornaremos heróis.

Então todos continuaram com a saraivada até que, em um espetáculo sombrio e aterrorizador, a velha criou asas sofrendo uma mutação assustadora e, mesmo abatida, voou por metros de distância até cair depois cair num terreno baldio. Angustiados, os amigos de Tomaz fugiram do local. Tomaz, no entanto, curioso, subiu o imenso muro e viu aquela pobre senhora ali, à borbulhar sangue pela boca. Porém, pétreo, sem sequer piscar, estremeceu. O que viu, era algo assustador, maquiavélico. Tomaz não pode mais discernir a pobre anciã, velha e indefesa, mais sim uma criatura diabólica, idêntica a um urubu, um imenso urubu banhado em sangue, e ainda agonizando, palavras ininteligíveis, talvez convocando seus confrades, para que o pudessem lhe acudir.

 Tomaz não pode mais discernir a pobre anciã, velha e indefesa, mais sim uma criatura diabólica, idêntica a um urubu, um imenso urubu banhado em sangue, e ainda agonizando, palavras ininteligíveis, talvez convocando seus confrades, para que o pude...

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Todos correram para suas casas, uns traumatizados. Jamais pensavam que Tomaz fosse tão louco a ponto de persusadi-los a apedrejar a pobre senhora que apenas pedia comida de porta em porta. "Minha mãe vai me matar, pensava uma. Amanhã, por certo, nos noticiários todos vão destacatar a terrivel morte desta pobre senhora". pensando na maldade que haviam feito.

E foi o que aconteceu, logo os noticiários da cidade divulgavam a horripilante morte da pobre idosa, completamente mutilada por paus e pedras.

Na casa dos de Tomaz, estes estranharam o atraso do filho na mesa de café da manhã. Preocupados, foram até ao seu quarto e, ao abrirem a porta, se estremeceram. A mãe de Tomaz bateu forte com a cabeça na parede, desmaiando em seguida, pois jazia ali o corpo do filho circundado por imensos urubus que devoravam o corpo do rapazinho. E, o que chamou mais atenção, não que o aniquilamento do pequeno fosse irrelevante, mas uma escrita na parede, funesta, escrita a sangue, dizia o seguinte:

 E, o que chamou mais atenção, não que o aniquilamento do pequeno fosse irrelevante, mas uma escrita na parede, funesta, escrita a sangue, dizia o seguinte:

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Fim

Autoria: Jim Patrik

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