- Você não gostou. Sussurro para que ela não ouça.

Mas acho que não adiantou muito.

Agora é Maite quem se aproxima analisando meu rosto.

- Não é nada disso que você está pensando. Mais uma vez ela acaricia meu rosto.

Me deixo levar pela sensação de ter Maite me fazendo carinho. É tão bom.

- Willy. Ela chama minha atenção. - Eu adorei, mais até do que deveria. Ela força um sorriso.

- Então por que você está assim?

-Porque... eu não queria que fosse assim. Você tem seus filhos, sua esposa, eu não quero ser uma vadia destruidora de lares. Pra gente ficar junto vai ter que ser sempre escondido, não sei se consigo manter uma relação com você desse jeito. Diz Maite com um olhar profundamente triste.

- Maite eu... Não sei o que dizer a ela.

As palavras de Maite me acertam como uma facada no peito, entendi muito bem o que ela está dizendo, ter que nos encontrarmos escondidos não é uma coisa que me agrade. E isso talvez a faça se sentir humilhada.

- Willy, eu só... preciso pensar, isso não é fácil pra mim. Diz Maite de forma desconfortável.

- Tudo bem, eu deixo você pensar, mas eu pedi uma coisa a você hoje e espero que você não tenha esquecido. Digo tentando mudar o clima que está entre nós.

- Ah? O que? Não me lembro. Diz Maite me encarando.

Me aproximo de Maite e falo em seu ouvido:

- Você disse que ficaria comigo hoje. Digo.

Percebo que ela fica arrepiada.

- Mas eu já fiquei com você. Diz com uma cara engraçada.

- Mas a noite ainda não acabou. Digo lhe dando um sorriso de lado.

Ela me dá um lindo sorriso e eu a agarro mais uma vez em meus braços.


Ao acordar percebo que o sol está quase nascendo e acordo Maite.

- Maite precisamos nos arrumar para sairmos, o sol está nascendo! Digo me levantando.

- Tudo bem.Diz ela bocejando.

Ao terminarmos de nos arrumar, percebo que a luz ainda não voltou. Descemos as escadas com cuidado e vamos direto para o estacionamento.

- Maite entra aqui, vou te dar uma carona. Digo abrindo meu BMW.

Maite se acomoda e seguimos em frente. Pelo caminho vamos vendo cenas intrigantes. Carros quebrados, postes quebrados, ruas imundas. O que foi que aconteceu aqui!?

- Vire a esquerda. Minha casa é essa com portão de ferro verde. Diz Maite.

- Chegamos?

- Sim. Essa é a minha humilde residência. Quer entrar e tomar um café? Você está com a cara horrível. Diz Maite abrindo um lindo sorriso.

- Quero sim, estou com fome, não sei, mas me sinto como se tivesse ficado na academia toda a madrugada. Digo rindo para Maite.

Ela arqueia uma sobrancelha me olhando divertida.

- Não tem como isso ter acontecido, estava sem luz, como você poderia malhar? Seu sorriso é deslumbrante.

- Verdade, não tinha pensado desse jeito. Digo.

Entramos na casa de Maite e percebo que os geradores de sua casa estão todos ligados. A casa de Maite é simples, nada estravagante. Tem um sofá de canto na cor bege, um espelho enorme em cima do sofá. Uma estante marfim e uma mesinha de centro da mesma cor. Vejo a orquídea que lhe dei em cima da mesa.

Sentamos e ficamos conversando durante um tempo, rimos das cenas erradas que gravamos. Estar com a Maite me deixa mais leve, ela é tão linda e delicada, fazia tempo que não me divertia tanto com alguém.

Ela me leva até a porta e se despede de mim com um beijo, sinto seu desejo, sua carência, como se me pedisse para ficar, mas eu realmente preciso ir. Preciso saber como meus filhos estão. Me afasto de Maite com muita dificuldade. Entro no carro e sigo em direção a minha casa



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Beijinhos Amores
Até a próxima.
Bye Bye

Vivendo Um Novo Amor ( Repostando)Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum