Monsters don't sleep under your bed/ They sleep inside your head.
"Ele estava me seguindo, eu tinha certeza. Ele me seguia a qualquer lugar que eu fosse, e não adiantava fugir, não adiantava me esconder nem correr. Ele sempre conseguia me alcançar.
Olhei ao redor, vendo que eu estava numa espécie de sala. Suja e com móveis espalhados. Eu ouvia gritos e mais gritos de uma voz que eu conhecia até mesmo melhor do que a minha p'ropria.
Harry.
Andei pela casa na direção da qual vinham os gritos e quase caí quando vi o cara de preto batendo em Harry sem piedade, que estava no chão, gritando.
- Harry! - gritei e fui até ele. Um braço me jogou contra a parede oposta e fez minha visão perder o foco.
O cara de preto continuava machucando o Harry. Era como se eu sentisse suas dores. Um grito se formou em minha garganta quando vi o cara vindo até mim. Harry estava ainda no chão, com a cabeça tombada em um ângulo que me impedia de ver seu rosto. E não se mexia.
- O que fez com ele?! - gritei tentando empurrá-lo, mas ele era como uma parede de concreto, sequer se movia.
Ele usou seu corpo para me prender à parede, me fazendo ficar novamente frente a frente com aqueles olhos azuis sombrios.
- Ele está morto, Megan, não vê? - o cara disse.
Olhei novamente para Harry no chão. Ele não se movia. Sequer seu peito subia e descia.
- Mentira! - gritei tentando novamente tirá-lo da minha frente. Em vão.
- Não estou mentindo, Megan. - passou a mão pelo meu rosto - Agora, posso fazer o que eu quiser com você. Já que o seu irmãozinho não deixou.
- Não! - gritei - Me solta!
Eu me debatia, chutava e gritava, mas nada adiantava.
- Meg, acorde! - o cara disse. Mas essa não era a voz dele.
Luke.
Abri os olhos sobressalta, olhando o quarto, procurando algo que nem eu sabia exatamente o que era.
Braços me envolveram.
- Me solta! - gritei.
- Meg, calma... - Luke disse baixo - Sou eu.
Minha respiração foi voltando ao normal no mesmo ritmo do coração: lentamente. Eu estava com os olhos fixos nos de Luke enquanto me acalmava, só para ter certeza de que ele não iria sumir do nada.
O abracei forte.
- Pesadelo? - ele perguntou e afagou minha cabeça enquanto eu assentia - Com ele, né? - assenti novamente e fechei os olhos, tentando tirar as imagens da cabeça.
Nada feito.
- Quer me contar?
Relatei o sonho a Luke nos mínimos detalhes, e ele ficou de boca aberta.
- Sua mente é bem fértil. - ele disse baixo.
- E se for um sinal?
- De quê?
- Harry - me levantei e peguei o notebook, iniciando a chamada com Harry - Vai, atende...
Seu rosto apareceu na tela. Ele sorria. Sorria para mim.
- Oi, Meg!
- Hazz... - uma onda de alívio passou pelo meu corpo.
- Eu estava indo para a casa do Lou agora e...
- Hazz, você tá bem? - perguntei desesperada.
- Sim, por quê? - ele ainda sorria. Suas covinhas sempre à mostra me faziam sorrir ao olhá-las.
Aquele pesadelo havia sido... apenas um sonho, nada real. Não havia motivos para preocupá-lo à toa. Aqueles olhos verdes fizeram todos os nossos bons momentos virem à mente e eu me xinguei mentalmente por ter ligado e ficado preocupada por causa de uma coia que sequer era real.
- Nada, Hazz... Nada não. Besteira minha... - eu respondi e ele sorriu.
- Tudo bem, minha linda. Eu te amo.
- Eu te amo.
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Depois de um pesadelo desses, tentei deixar fofo o negócio, mas eu + fofura = merda. Acho que já perceberam isso.
All the love
Ana
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Onde Você Estiver
FanfictionUm amor pode sobreviver a um intercâmbio de 18 meses? Um amor verdadeiro, adolescente e febril, um amor intenso e protetor, completo, e perto do que chamamos de perfeito, pode sobreviver sem beijos, sem abraços, sem tapas de leve e declarações cara...