Capítulo 23 - O Festival

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P.o.v. Simon

A semana se arrastou rápido, ensaiamos todos os dias, o que me ajudou a limpar a mente e pensar um pouco menos em Izzy.
E então o dia do festival finalmente chegou.
Eric estava extremamente agitado e nos fez ensaiar por seis horas consecutivas,e só paramos porque insistimos que estaríamos desgastados demais na hora da apresentação se continuássemos a tocar.
Fui para casa o mais rápido possível, pois teria apenas três horas para me arrumar e me encontrar com o restante da banda do outro lado da cidade.
Passei na cozinha para preparar algo, pois estava faminto. Encontrei minha mãe e ela me preparou um sanduíche.
- Simon, tenha modos! Coma devagar ou vai acabar tendo uma indigestão!
Fiz menção em responder, mas ela me cortou:
- E não fale de boca cheia!
- Me desculpe, é que estou um pouco atrasado, aquele show que te disse é apenas daqui a algumas horas e tenho de ser rápido...
- Acredito que você tenha tempo para mastigar. - disse ela, sorrindo e acariciando meus cabelos. - E a propósito, boa sorte, meu anjo.
- Obrigado. Mãe, eu a amo... - suponho que ela não tenha escutado, pois já estava a uma distância considerável.
Subi e tomei um banho rápido, quando saí pude ouvir a campainha tocar. Fiquei na frente do guarda-roupa e pela primeira vez em toda minha vida não sabia o que vestir, acho que naquele momento senti o que toda garota sente a cada vez que vai sair de casa. Mal coloquei uma calça quando ouvi baterem em minha porta:
- Tá aberta, pode entrar.
Era Clary. Estava com um vestido muito sexy, mas que não era nada sua cara, e sim a cara de Izzy...
Antes que eu pudesse me perder junto dos meus pensamentos, ela começou a falar:
- Olá, Simon, esqueça de procurar roupa, trouxe algo para você vestir, afinal, é um dia importante e você deve estar parecendo um verdadeiro astro do rock.
Só quando começou a tirar as peças percebi que ela estava com uma sacola na mão. Era uma calça de couro que eu suspeitava que ficaria bem colada em mim, uma camisa com mangas longas sem estampa na cor cinza. Peguei as peças e fui para o banheiro me trocar.
- Clary, por acaso você andou assaltando o roupeiro de Jace?
- Eu avisei que iria pegar uma roupa emprestada... Uau! Você está muito gato, deveria aderir este estilo e usar cores neutras sempre!
- Valeu, mas sinto que se eu me mexer nesta calça ela vai rasgar.
Ela riu e me atirou um travesseiro.
- Relaxa, já vi Jace fazer vários movimentos bruscos com essas calças e até hoje elas não falharam.
Por um momento pensei em fazer piada com o que ela acabara de dizer, mas estávamos ligeiramente atrasados.
Nos despedimos da minha mãe e tomamos um táxi.
Fizemos uma parte do percurso em silêncio e Clary finalmente o quebrou.
- E então, como você está se sentindo hoje? - perguntou ela, me fitando com um certo interesse.
- Estou como todos os outros dias: me sentindo vazio e solitário sem ela.
- Vocês irão se acertar.
- Não tenho tanta certeza assim. - disse eu desviando os olhos para a janela e fingindo estar interessado na paisagem urbana que eu via.
O táxi parou em frente a uma boate com um letreiro que piscava em vermelho e formava a palavra "Sky" dentro de uma nuvem. Me lembrei instintivamente da Pandemônio e sorri, se Clary não tivesse entrado naquela boate aquela noite, não teria vivido nada do que vivi, não teria conhecido a garota mais incrível do mundo, e também não a teria perdido. Saltei do carro sentindo um certo ódio de mim. Senti pingos finos caindo sobre mim, estava começando a chover.
- Hum, Simon, pode ir andando, te vejo lá dentro, tenho que esperar Jace.
Senti meu estômago revirar. Isso significava que...
- Isabelle está de volta e você não me contou?!
- Achei que você poderia ficar ansioso e isto te atrapalhar no show de hoje, me desculpe.
Me senti um pouco mais feliz, eu iria vê-la assim que tivesse oportunidade, ou seja, iria procurá-la assim que saísse dali.
- Ah, tudo bem. Bom, já vou indo.
- Bom, quebre a perna - disse ela, sorrindo.
- O quê?
- É o que nós artistas dizemos quando alguém se apresenta.
Sorri, balançando a cabeça.
Nossa banda seria a última a se apresentar. Quando nos anunciaram percebi que estava todo mundo ali. Jace, Clary, Maia, Morcego...
Até Magnus e Alec estavam ali. Quando estava subindo ao palco criei uma certa esperança que ela estivesse ali, mas claro que ela deixou de existir em poucos segundos.
Tocamos como nunca tocamos antes e fizemos o melhor show de nossas vidas. A plateia ovacionou quando acabamos.
Foi só então que a percebi entre a multidão.
Parada em um pilar de braços cruzados encontrava-se Isabelle, ela estava linda como sempre, seus cabelos estavam trançados e jogados de lado e estava toda de preto. Ela olhava diretamente para mim e deu um meio sorriso, retribuí na mesma hora. Não tirei os olhos dela e comecei a descer o palco, mas fui barrado. Tirei os olhos de Izzy por um momento e me deparei com Maia parada na minha frente me abraçando. Olhei para Izzy, ela balançou a cabeça e se direcionou a saída.
- Ah, não, Maia, de novo não...

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Hey, Shadowhunters, finalmente postei (e ainda é quarta-feira aeeeee deu tempo de postar no dia certo) aqui está o capítulo de hoje ^_^ espero que tenham gostado.
Dedico esse capítulo a @AndreiaHerondale (que me ajuda muito com a fanfic, muito obg) espero que tenha gostado.
Deixe suas opiniões nos comentários com suas opiniões. Acho que é só isso mesmo
Byee até sábado ;)

Os Instrumentos Mortais  - Recuperando as LembrançasWo Geschichten leben. Entdecke jetzt