Os Instrumentos Mortais - Recuperando as Lembranças

Capítulo 10 - Conversando com Maryse

Estava no meu quarto. Simon tinha ido embora fazia alguns minutos e eu não parava de pensar em tudo que tinha passado na última semana. Vi Clary falar com Simon e ele realmente não se lembrava de nada, então Magnus e eu fomos falar com ele e lhe dizer tudo o que precisávamos, e eu via nos olhos dele que ele queria se lembrar, mas não conseguia, e quando o vi mais tarde no casamento de Jocelyn meu coração parou, senti tanta falta dele e me sentia mal por ele não lembrar de tudo.
Ouço alguém bater na porta e afasto meus pensamentos me levantando da cama para abri- la...
Vejo minha mãe e ela está com seu uniforme de luta na minha frente.
-Mãe!- digo espantada, esperava qualquer pessoa menos ela.
-Sim, filha, sei que é tarde, mas preciso ter uma conversa séria com você - diz ela, entrando no meu quarto.
-Tudo bem - digo, me aproximando dela e sentando em minha cama -  Sobre o que a senhora quer falar? - pergunto curiosa.
- Sobre você, minha querida Izzy, e o mundano - diz ela, passando a mão em meus cabelos.
- Simon? - pergunto.
- Sim, filha, eu sei tudo que aconteceu, que ele lhe salvou no Reino Edom, e vejo pelo teu olhar que você realmente o ama. E ele não se lembrar de você ou de tudo que viveram deve te machucar muito, Izzy. Quando você era pequena eu lhe contei algo que não devia sobre seu pai e eu, e vejo o estrago que fiz em toda sua vida, você virou uma garota que estava disposta a não se apaixonar, a não se entregar, para não sofrer. E agora está completamente apaixonada.
-Mãe, eu não estou apaixonada - digo. Eu não posso me apaixonar, lembro de tudo que minha mãe me contou quando descobriu que meu pai a traía. Eu não posso me apaixonar. Não eu.
- Está sim, Izzy, e mesmo que ele não se lembre de tudo que vocês viveram, sente algo forte por você, pois se não sentisse não iria dormir aqui com você.
- Mãe! - digo envergonhada.
- Izzy, está tudo bem, você já está com quase 18 anos, não vou me meter na sua vida. Apenas se lembre que Simon não se lembra de muita coisa, ele vai precisar de um certo tempo para se lembrar de tudo, mas dê esse tempo a ele, filha, dá pra ver que ele te ama muito. Não se esqueça que em alguns minutos você tem que ir ao Pandemônio com seus irmãos.
Então ela se levanta e antes que possa sair do meu quarto, eu a abraço e digo:
-Muito obrigada, mãe.
Ela sai e vou em direção ao meu closet, visto um vestido vermelho e depois de me arrumar me sento na cama para esperar os meninos me chamarem. Enquanto isso fico pensando em tudo que minha mãe tinha falado, quantas vezes eu evitei me apaixonar?
E agora que eu realmente amo Simon ele não se lembra de mim e nem de tudo que tínhamos vivido, mas eu lembrei do que minha mãe falou: "Dê tempo a ele, ele não se lembra de muita coisa", ela estava certa, eu tinha que esperar e pedir a  Raziel que ele continuasse se lembrando de tudo. Ouço uma batida na porta e me levanto para abrir, vejo Alec e Jace.
- Izzy, viemos te chamar - diz Alec.
- Estamos indo ao Pandemônio, ouvimos boatos que a corte Seelie está quebrando o acordo mais antigo - diz Jace.
- Vamos - digo, saindo do meu quarto e os acompanhando - Minha vontade é de matar a Rainha da Corte Seelie.
-Infelizmente não podemos fazer isso - diz Alec.
-Mas o que exatamente a corte Seelie fez dessa vez? - pergunto. 
- Uma das piores coisas que o povo das fadas fazem - respondeu Jace. Ele para e suspira e logo em seguida continua. - Eles estão criando Changelings.
Então eu congelo. Há muito tempo eu não ouvia aquele termo, a última vez que ouvi tinha sido a cerca de oito anos, o Reino das Fadas estava seduzindo mundanos adultos para irem para suas festas enquanto outro grupo de fadas invadia a casa dos mesmos e pegava uma criança cujo seus antepassados eram fadas e substituíam por uma criança adoentada, as crianças foram levadas para o mundo das Fadas e prendidas em Farie até se tornarem nativos e esquecer suas vidas antigas.
- Pelo Anjo! - digo, ainda espantada. - E o que vamos fazer para impedir isso?
- Vamos conversar com um representante da Rainha da Corte Seelie - dizem Jace e Alec juntos.
- E obrigá-los a parar - diz Jace, então ele suspira e continua - Caso contrário, teremos que avisar a Clave.
Saímos do Instituto em direção ao metrô, estávamos com a marca de invisibilidade e os mundanos não nos viram, ainda bem, pois caso contrário, teriam visto Jace com a Lâmina Serafim, Alec com o arco e flecha e eu com meu chicote elétrico.
Chegamos na frente da Pandemônio e me deparei com algo estranho, nunca em todos os anos como Caçadora de Sombras tinha visto a entrada da boate daquele jeito. Estava cheia de demônios e tinha um Demônio Maior no meio deles, Marbas, do tamanho da metade de um humano, coberto de escamas azuis, com uma longa cauda amarelada e um ferrão na ponta, tinha olhos vermelhos, feições de lagartos e focinho achatado de cobra.
E o mais estranho era que Marbas estava conversando com uma fada. Antes de nos aproximarmos eles entraram no clube.
E tudo o que nos restava era os demônios comuns, pelo visto, teríamos que matá-los.

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Hey, voltei! :) Bem, mais um capítulo pra vocês,espero que gostem, meus caros leitores.♡ Queria pedir uma coisa pra vocês... Caso alguém tenha lido toda a serie Divergente, (Bem, era pra ser uma trilogia, né...) eu gostaria que lesse a fic da minha amiga Lari ♡ , ela se passa depois de Convergente. (Eu ficaria muito feliz se vocês lessem) Então quem puder ler "E se... Convergente", ficarei muito grata.
Bem, então é isso, espero que tenham gostado, deixem suas opiniões nos comentários.
Beijos e até a próxima. ;)