Capítulo 19 - As torres demoníacas

919 50 21
                                    

Me desculpem a demora pra atualizar, tava até mal por ter atrasado tanto, mas aqui está.
Boa leitura! <3

~~~~0~~~0~~~~~0~~~~










Fechei os olhos por um segundo, mesmo tendo um certa experiência com portais nunca gostava, quando os abri novamente estava no Grand, mas havia algo estranho, talvez venha a ser o fato que a última vez que estava aqui estávamos no meio de uma guerra e muitas famílias morreram.
Olhei ao meu redor e pude ver nos olhos da minha mãe que ela não estava bem, talvez seja por Idris lembrar tanto a morte de Max, ou por ter visto tantos conhecidos morrer. Era como se todo o peso de cada morte caísse sobre nós. Ninguém conseguia falar nada, estávamos todos um olhando nos olhos dos outros tentando entender como iríamos reagir a toda essa guerra que Sebastian causou.
- É estranho. - sussurrou Alec- É como se eles fossem voltar a qualquer momento.
- Mas, infelizmente, os mortos não andam. - retrucou Jace.
- Vamos logo para casa - disse Robert, em um tom alto para que todos pudessem ouvir, afinal, ele era o  Inquisidor e iria dar as ordens quando estivéssemos em Idris, e veria meu pai cada vez mais distante.
E agora caminhando lentamente com alguns caçadores ao meu lado me perguntava uma coisa: "O que seria se Sebastian nunca tivesse aparecido?" Max estaria vivo, Jace nunca seria possuído, muitas mortes seriam poupadas, nunca entraríamos no Edom e Simon ainda se lembraria de tudo, e não teria beijado aquela Lincatrope atirada. Mesmo não querendo e o odiando, meus pensamentos pairam em Simon, mas não quero pensar nele agora, não depois do que ele fez.
Antes que pudesse perceber já havíamos chegado em casa e seria questão de horas para um reunião com o Clave ser convocada, sempre era assim quando estávamos em Idris.
- Vocês ficarão nos mesmos quartos que ficaram durante a Guerra Maligna - disse Robert, assim que entramos na sala - Alec e Jace juntos do quarto da direita,  Isabelle no da esquerda, e eu e sua mãe nos outros dois.
- Vocês irão se separar?- perguntou Alec.
- Claro que não, meu filho, apenas dormiremos em quartos diferentes.
- Claro que vão - digo - Iam fazer isso a muito tempo atrás, mas Max nasceu e destruiu todos os seus planos, mas agora que ele se foi vão finalmente se separar. Robert não ama mais nossa mãe, caso contrário, não havia a traído.
Saí da sala sem querer ouvir qualquer comentário, já estava cansada de tudo isso, cansada de ver minha mãe sofrer pelo meu pai mais uma vez, agora sabia que a frase que Jace sempre falou era verdade. "Amar é destruir, e ser amado é ser destruído".
Mesmo que eu não queira admitir, eu amava Simon. Senti meu coração se quebrar em mil pedaços quando o vi beijando Maia, estava destruída. Era impossível juntas meus pedaços, queria que ele me falasse que tudo que vi não passava de um mal estendido, depois de tudo queria apenas ser feliz, mas a cena de Maia grudada nos lábios de Simon não me saía da cabeça, ele tinha culpa. Pois poderia ter recuado, não posso  ser relevante com ele, caso contrário, faria o mesmo que Robert.
Ouvi uma batida na porta do quarto e fui obrigada a afastar meus pensamentos.
-Pode entrar. - digo, me sentando na cama. - Está apenas encostada.
- Iz? - Apenas pela voz pude perceber que era Alec, e provavelmente iria querer conversar comigo sobre tudo que havia acabado de falar. - Quer conversar?
- Sobre o quê? Não menti em nada do que falei. É tudo verdade, todos sabem.
- Mas não falam, Izzy.- disse ele, se aproximando.- Mesmo que Robert não ame mais nossa mãe, eles tem um laço que ninguém sabe descrever, não é apenas um casamento mundano onde acaba e vai cada um para um lado. Num casamento entre shadowhunters tem a runa de casamento e você sabe como é difícil o processo do rompimento dessa runa.
- Você já parou para pensar que nossa mãe não é feliz? - perguntei. 
- Não é isso que os pais de verdade fazem? Podem sofrer por anos, mas ver seus filhos sorrindo supera qualquer lágrima.
Não respondi, não sabia o que falar.
- Pense nisso - completou ele.- Deixarei você sozinha agora, mas mamãe pediu pra avisar que a reunião com todos os caçadores que vieram para Idris ocorrerá em duas horas.
E assim ele saiu do quarto me deixando apenas com meus pensamentos, queria que Clary estivesse aqui para poder conversar com ela, mas infelizmente não estava, mesmo sendo teimosa, impulsiva e não ligar para as consequências de seus atos, é a única que confio plenamente para falar sobre Simon.
Não iria ficar aqui nesse quarto enquanto ele estava em Nova York.
Me levantei e me aproximei do guarda-roupa, abri a porta e vi apenas uniformes e roupas de combate. Peguei um uniforme  e me troquei, saí do quarto em direção à cozinha, aparentemente Robert não estava em casa.
Veria ele apenas na reunião e ele estaria distante, no seu amado cargo de Inquisidor. Ouvi alguns passos atrás de mim.
- Izzy?
Me virei para ter certeza de quem era, ao ver os olhos dourados sabia exatamente quem era. Jace.
- Maryse foi à casa da Diana Wrayburn e Robert está no Grad esperando a reunião começar, depois do que você falou ele ficou olhando nos olhos de Maryne por minutos e depois saiu.
- E Alec?
- Está na casa de Magnus. - disse ele, se encostando na mesa - Estava falando o quanto é bom Magnus fazer parte do Conselho, que poderia ter o namorado por perto e muito mais.
- Vamos à casa de Magnus?
- Se eu entrar lá e eles estiverem aos beijos, juro que faço Clary vir à Idris.- disse ele. - Por que Simon não foi te ver antes de viajarmos? Vocês estavam tão próximos. Não me diga que partiu novamente o coração do pobre garoto? Eu avisei que você pisaria em seu coração com suas botas de salto alto, mas mesmo assim ele quis seguir em frente.
Não sei o que responder, não quero contar a ele que vi Simon beijando Maia e brigamos.
- Ele tinha um compromisso mundano com a Mãe e não poderia adiar.
- Tudo bem. Vamos!
Saímos de casa e logo ao estar na rua viajei no tempo e me lembrei do dia em que Simon estava bêbado e não parava de gritar "Isabelle Lightwood, eu te amo" e me pergunto agora por que ele não recuou ao maldito beijo, agora tudo o que havíamos construído estava indo por água a baixo. E o pior era que a causadora do problema estava a alguns passos de distância de mim, tudo o que eu queria era arrancar suas guarras ou até mesmo matá-la, mas não poderia.
- Izzy? Você está me ouvindo?
Não poderia falar que estava perdida em pensamentos e não queria assumir não estar ouvindo.
- A casa de Magnus - digo, tentando distraí-lo. - Chegamos.
- Está aberta.
Entramos, aparentemente não havia ninguém na casa. Ao nos aproximarmos, eles estavam no sofá: Magnus sentando e Alec com a cabeça em seu colo e ele acariciava os cabelos escuros do seu namorado. Aquela cena me lembrou de Simon, quando começou a recuperar as lembranças. Alec tinha tentando tirar a imortalidade dele e mesmo assim estavam juntos, e completamente apaixonados lutando contra todos os preconceitos que iriam enfrentar.
- Izzy, Jace, o que fazem aqui? - perguntou Alec.
- Vocês não sabem bater na porta? - provocou Magnus.
- Bem, não tinha nada para fazer em casa. - digo - Batemos, mas vocês não ouviram.
- E vieram aqui para fazer o quê?  - perguntou Magnus - Não estão vendo que atrapalham um momento do casal?
- Falei para você que era melhor ficarmos em casa contando o tanto de batalhas que já ganhamos -começou Jace.- Pelo Anjo! - disse ele ao se aproximar da janela - As torres demoníacas estão vermelhas, algo está acontecendo, vamos imediatamente ao Grand.
- Alguém está tentando invadir Alicante - digo ao me levantar e olhar na janela.- Vamos logo ao Grand, todos já devem estar lá.
Em questão de segundos Alec se levantou do sofá de Magnus que, mesmo reclamando, estava indo. Saímos da casa de Magnus e caminhamos rapidamente em direção ao Grand e percebi que havia um número maior que o normal de pessoas na rua, e todos estavam andando o mais rápido possível. Ao chegar ao Grand notei que estava realmente cheio, a última vez que estava assim foi quando Sebastian pediu que a Clave enviasse Jace e Clary ao Edom.
- Se acalmem - disse Robert, em um tom alto e claro para que todos do Salão de Acordos pudessem ouvir. -  Agora está tudo bem, nada de grave ocorreu.
- Por que as torres estão vermelhas?- perguntou alguém do fundo.
- A Corte Seelie - ele parou, então percebi que algo realmente grave tinha acontecido. - tentou invadir Alicante!





~~~0~~~~0~~~0~~~~~

Hey, Shadowhunters, aqui está o capítulo, espero que tenham gostado.

Dedico esse capítulo a @Shaiga123. Espero que tenham gostado. ;) PS.: A imagem do capítulo teve que ser Malec porque não achei uma de Idris, as opiniões estão ficando poucas.Ahhh, era pra ter postado sábado, mas não tinha acabado de escrever e depois fiquei sem net.Ahhh, minha amiga linda (Lari <3) está escrevendo uma fic de Clace, caso vocês puderem dar uma olhadinha... Acho que não falei que a fic dela está vinculada com a minha. O nome da fic é "Recomeçando".E assim acabamos 2015, deixe suas opiniões nos comentários. PS.: Sei que minha nota está grande, mas tô falando apenas o que preciso, eu juro.Ahhhh, feliz ano novo para todos vocês, meus amados leitores, (nunca me imaginei falando isso) que esse próximo ano apenas coisas boas venhm a acontecer na vida de vocês. Eu vi que têm leitores novos. <3 Espero que gostem da fanfic. ;)Última coisa: assim que a fanfic chegar a 5k em visualizações terá uma surpresa, comentem o que acham que é. (Ana, chega de falar/digitar!)Bye e até a próxima! ;)




Os Instrumentos Mortais  - Recuperando as LembrançasOnde histórias criam vida. Descubra agora