Desejos & Segredos: O Toque

Capítulo 32

Certamente eu não iria só entrar em casa. O real motivo era porque queria falar com Thomas e saber por que dele agir de maneira tão rude comigo, me deixando sem jeito na frente de seu amigo, que por sinal, também não bate bem da cabeça como todos nessa casa. Quando eles vão entender que Thomas só me vê como atração? Tá certo que ele falou que eu era diferente e que por isso me queria, mas isso não significa que ele morre de amores por mim. Até agora ele não confia inteiramente em mim para contar sua história, seus segredos... Porém, gosto de pensar que certo dia quando ele acordar, vai se dar conta de que eu sou a mulher certa para ele e óbvio, a única. Sorriu com esse pensamento.

Sonhos minha cara Mel, são apenas sonhos distantes de se tornar realidade.

Bato na porta de seu escritório mais não há respostas. Será que não está aqui? Abro a devagar e constato que não. Vou ate o seu quarto e também não está. Bufo pensativa. Onde ele está?
- Na cozinha?... Não, não tem por que ele está lá. Nos outros quartos... também não. Só resta...
Desço as escadas e me encaminho para a estufa, com certeza ele está lá.

-----------------------------------

Thomas parece concentrado, igual como da última vez que o vi aqui. Abro a porta devagar e sei que ele já notou minha presença. O ar quente de dentro da estufa invade meu corpo me deixando mais quente.

- Então o senhor estava aqui. - afirmo com um tom divertido avaliando seu estado.

- Estava me procurando? - seco e frio, decido ficar um pouco longe e falar com cautela.

- Estava...

- Pois bem, me achou! - expressa de jeito sarcástico, levantando as mãos para cima, enrugo a testa.

- Sim, o achei.

- Tem algo a me dizer? - seu tom foi de respostas e fico cada vez mais confusa e um pouco irritada. O que foi que eu fiz?

- Tenho...

- Então fale logo. - expiro de forma ríspida, minha vontade é de sair dali, mas minha curiosidade em saber o que está acontecendo é maior.

- Por que saiu daquele jeito lá na sala? Deixou-me sem graça na frente do seu amigo.

- Veio aqui por que ficou preocupada com o que Nathan está pensando? - diz com desagrado.

- Não! Eu só não estou entendo você. Fiz algo de errado? - digo cética me aproximando de Thomas.

- É óbvio que não. - revira os olhos e rir seco.

- Então pare de agir como um estúpido! - meu tom estava em quase gritar e isso chamou atenção de Thomas.

Ele me olhou com os olhos cerrados. Não estava zangado, apenas irritado com alguma coisa e sabia que iria descobrir em breve. Thomas saiu de sua cadeira lentamente e me obriguei a não dar nenhum passo para trás com sua proximidade.

- Você - diz acusatório - Estava toda sorridente com os elogios e insinuações de Nathan. Não tinha cabimento eu ficar ali, tinha? - arregalo os olhos com essa informação.

- Mas o que? Nathan só me elogiou e eu só fui simpática. - defendo-me.

- Simpática até demais para o meu gosto. - ele me dá as costas tomando pouca distância.

- Thomas... você está com ciúmes? - seu silêncio me faz sorrir. Isso é sério mesmo? Chego perto de seu corpo sentindo o calor irradiar. - Ele nem é tão bonito assim. - murmuro provocante.

Em um passo rápido Thomas me toma em seus braços, me sentando no balcão e me fazendo arfar com o ato inesperado. Ele separa minhas pernas se encaixando no meio e só percebo que ainda estou sorrindo quando ele me pergunta.