Capítulo 11

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Estava cada vez mais forte o cheiro dele e cada vez mais forte uma quentura gostosa subindo e descendo pelo meu braço. Abri meus olhos percebendo que nem sequer me mexi em quanto dormia. Deito-me de barriga pra cima e me deparo com Thomas sentado em minha cama. Eu deveria ter tomado um susto, mas gostei de vê-lo.

- Eu estou sonhando? - eu digo sonolenta e brincalhona.

- Sinto lhe dizer que não, não está. - há diversão em sua voz e agradeço mentalmente por isso.

- Como entrou aqui dentro?

- Sua irmã abriu a porta pra mim. - explicou e subi minhas sobrancelhas.

- E o meu pai? - pergunto sentando-me e Thomas me ajuda forrando minhas costas com meu travesseiro.

- Foi comprar seus remédios. O que temos aqui? - ele pega seu casaco entre meus lençóis e senta-se de novo com uma perna na cama e a outra fora, fico envergonhada por ele ter achado e mais ainda pelo modo atencioso que me olha. - Estava dormindo com ele?

- Eu não sei nem como veio parar ai. – digo balançando minha cabeça em negativo e ele me da um sorriso fraco.

- Não é uma boa mentirosa... Como está se sentindo?

- Toda quebrada e com um pouco de frio. Parece que eu corri uma maratona só que na neve. – brinco. Thomas olha pro lado oposto ao meu pensativo.

- Tem que começar a tomar logo os remédios se não a infecção vai piorar.

Olhando para Thomas aqui e ouvindo seu tom preocupado, me faz lembrar do que Elizabeth disse, " já vi o Sr. Ackles com muitas mulheres, mas eu só o vi se preocupar com uma, e estou vendo a mesma coisa acontecer com você". A questão aqui era, ou ele se sentia culpado ou ele gostava de mim. Na verdade eu não sabia o que pensar e antes mesmo de engolir minha curiosidade, minha boca mexe fazendo a pergunta.

- Por que está aqui Thomas?

Ele levanta a vista me olhando e ficando assim por uns segundos.

- Por que veio? – insisto outra vez.

- Quis ver como estava, eu... - ele se interrompe e fecha as mãos em punho.

Ele ainda se sentia culpado pelo que aconteceu comigo e uma parte de mim enfraqueceu, meus olhos ardiam e mesmo com o pouco vento em mim que entrava da janela, estremeci. Pus minha mão em cima das suas me aproximando dele. Estavam quentes em relação a minha.

- Não foi sua culpa... Não percebe que você me salvou mais uma vez? – tento distrai-lo e ele envolve minha mão na sua.

Seus olhos querem me dizer algo que ele não tem coragem para falar e eu abobalhada do jeito que sou não consigo decifrar. Percebo sua mão erguer acariciando meu rosto com seus dedos aquecidos, meus olhos se fecham e me encosto de novo no travesseiro.

- Está com febre. - ouço a inquietação em sua voz.

Sinto a cama se mexer e abro os olhos vendo Thomas se levantar. Eu não quero isso, não quero que ele vá. Aperto fracamente sua mão.

- Não vai embora, fica comigo. - peço aflita e ele volta sentando-se novamente.

- Descanse Mel, não fique nervosa. - ele diz com carinho e confirmo para mim mesma que adora seu lado protetor.

- Você vai ficar? – pergunto ansiosa.

- Durma Mel, quando acordar eu estarei aqui. – ele promete e sorriu.

Thomas se inclina beijando minha testa. Deito-me na cama com a ajuda de Thomas e sinto seu afagar em meus braços.

- Durma minha Mel, durma. - ele sussurra e caiu no sono.

Desejos & Segredos: O Toque Where stories live. Discover now