Bad Twins

Resgate

Thomás ainda estava coçando a cabeça para tentar entender aquela ligação estranha.

Invadiu o quarto de Anahi e a encontrou com o olhos abertos.

- Até que enfim, meu amor... Deixei você dormir, mas agora finalmente está acordada, posso matar a saudade!

- Thomas... – ela disse e recebeu um olhar bravo. – Quer dizer, Jake.. Estou me sentindo mal!

Ela levantou da cama, os olhos arregalados e andou para trás, fugindo dele.

- Eu sei como te fazer melhorar rapidinho, meu amor! – ele sorriu e avançou sobre ela.

- NÃO! – ela gritou e levou um tapa no rosto.

- Já chega desse seu joguinho, Meg! Somos um casal e você tem que cumprir com seu dever!

- Não! Não! Não! – ela disse tentando empurra-lo. – Eu não quero!

- Bom, não que seja algo que não está acostumada, não é? – ele segurou seus pulsos com força.

- O que? – ela perguntou tentando segurar as lágrimas que escorriam de seus olhos.

- Não vai ser nenhuma novidade para você ser tomada a força!

- Não! – ela arregalou os olhos, mas Thomás já estava baixando suas próprias calças enquanto apertava os punhos dela. – NÃO THOMÁS!

Ele acertou-lhe o rosto de novo, com mais força dessa vez.

- Cale essa boca, vagabunda! Eu sei que é você, Anahi! Meg jamais faria isso comigo... Você é apenas a vagabunda no lugar dela... E que vai me dar o que eu quero agora!

- NÃO!!!! PARE THOMÁS!!! – ela gritou mais uma vez e teve seu vestido rasgado, tamanha a fúria.

- Você sabe que não adianta lutar, Anahi! – ele sorriu maquiavélico e a jogou com violência na cama, subindo em cima dela e prendendo suas pernas e braços.

- Eu nunca vou cansar de lutar contra você! Você me usou e usou meu corpo por muito tempo, mas eu não vou deixar mais! Você não passa de um verme, um covarde que não é capaz de amar ninguém e nem ser amado! Por isso usa de força bruta e chantagens para obrigar mulheres a ficarem com você! Mas isso acabou! – ela cuspiu no rosto dele. – Eu tenho nojo de você!

- Vagabunda. – ele sussurrou antes de dar-lhe uma bofetada no rosto. – Agora você vai ver do que eu sou capaz.

Os olhos frios e vazios deram uma certeza à Anahi.

Ela não teria escapatória.

-/-

- Estamos nos aproximando.. – Ian falou no rádio. – Viatura 4 pelo norte da casa. Viatura 3 pelo sul. Eu vou pelo leste e a viatura 2 pelo oeste. Sirenes desligadas e luzes apagadas. Não queremos ser notados.

Poncho esfregava as mãos sem conseguir se controlar.

Um toque do seu celular fez com que ele desse um pulo do banco do passageiro. Era Anabelle.

- Belle? – ele falou.

- Papai... – a voz preocupada de Léo do outro lado da linha o fez engolir em seco.

- Filho, o que está fazendo com o telefone da Tia Belle?

- Ela disse que você estava ocupado e não deixou eu te ligar... Eu peguei o celular dela sem que ela visse! Papai, estou com medo, estou sentindo no meu coração, alguma coisa ruim vai acontecer! – pela voz, Leonardo estava chorando do outro lado da linha.