Capítulo 7

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Eu não sabia o que fazer, não tinha reação, ele me prensava com força na parede de um jeito em que não conseguia me movimentar, não conseguia sair dali... Se eu não tivesse entrado naquele maldito quarto que desabou, não estaria passando por isso. Não posso culpar minha mãe por termos mudado, ela precisava daquilo e foi para o meu bem, ela só pensou em mim. Nesse momento tudo que eu desejava era nunca ter mudado e estar do lado da minha mãe agora. Sei que tenho 19 anos e que pareço uma criancinha querendo a mãe em todo o momento, mas nunca ficamos por muito tempo uma longe da outra e eu não sei lidar com isso...

- Me solta por favor, eu não te fiz nada. O que quer comigo? -- Perguntei a ele com os olhos lacrimejando.

- Como conseguiu entrar aqui? -- Ele perguntou frio sem nem um pouco de piedade.

- Eu não sei.

- Não mente pra mim, é claro que você sabe, acho bom você me responder se ainda quiser viver...

- Eu realmente não sei, não sei como vim parar aqui, não sei onde estou, não sei de nada. -- Eu já estava tremendo, meu coração estava tão acelerado a ponto de ele ouvir as batidas, meu braço estava doendo pela força em que ele apertava. O que ele queria que eu dissesse? queria que eu mentisse pra ele? Certamente ele não acreditaria em mim se dissesse o que realmente aconteceu.

- Quem te mandou atrás de mim? -- ele perguntava furioso aumentando o tom de voz, certamente irritado por não responder as perguntas dele.

- Ninguém me mandou...

- Não vai responder não é? Essa foi a pior burrice que você fez na sua vida, ninguém brinca comigo, eu que brinco com as pessoas -- Ele disse com muita raiva apertando mais o meu braço, os olhos dele que eram verdes, agora estavam pretos e muito mais assustadores.

Eu estava com tanto medo, deixei uma lágrima cair involuntariamente seguida por várias outras... Ele me puxou com brutalidade me levando por aquelas ruas escuras me arrastando contra minha vontade, eu estava me debatendo, tentando empurrar ele mas nada adiantava... Depois de um certo tempo, ele abriu a porta de um carro preto, não sei a marca, só sei que era lindo e ele brilhava com os reflexos das poucas luzes que iluminavam a cidade.

Ele me jogou no banco de trás do carro sem nenhum cuidado, e depois deu a volta no carro entrando no banco do motorista. Tentei abrir a porta para sair, mas ele havia trancado todas as portas. Ele logo acelerou o carro e eu só pensava em onde ele estava me levando, será que agora seria o meu fim? O que ele faria comigo? Não conseguia tirar essas perguntas da minha cabeça.

Depois de mais ou menos uns 30 minutos ele para de frente a uma mansão, fiquei boquiaberta com aquilo, era linda. Ele sai do carro e abre a porta ao meu lado me puxando pra que saísse.

- O que vai fazer comigo? -- pergunto sentindo as lágrimas voltando a escorrer pelos meu olhos.

- Não interessa. -- Diz frio.

Ele me puxa pra dentro daquela mansão e olho para os lados reparando que por dentro era ainda mais perfeita. Ele me passa pra frente dele e me empurra pra que subisse as escadas, depois de subir cada degrau ele abre a porta do terceiro quarto a direita e me empurra lá pra dentro.

- Vou sair agora, quando voltar, para o seu bem é melhor você já ter as respostas para minhas perguntas.
-- Ele sai e bate a porta com força me deixando assustada com o barulho que ecoou pelo quarto. Olho em volta e o quarto não é ruim pra uma pessoa ¨sequestrada¨.

Estava exausta, Olho para o meu relógio de pulso e vejo que já passavam das duas da manhã, o que esse tal de Harry iria fazer fora de casa a essas horas? Quer saber? Não importa. Deito na cama que até é confortável e relaxo meu corpo, sei que deveria estar desesperada, mas não há o que fazer, não posso sair pela janela por que provavelmente estão trancadas e mesmo que não estivessem, com certeza deve ter centenas de seguranças lá em baixo. Então descido dormir um pouco já que terei que enfrentar essa triste realidade a algumas horas...

E aqui está mais um capítulo, espero que estejam gostando.

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