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L I A M.

Ouço bater freneticamente à porta enquanto eu estava a dar comida ao Ramsay. O bater era tanto que em pouco tempo o bebé começou a chorar, embalei-o um pouco para que não ficasse tão assustado e coloquei-o no ovo, gritei um 'já vai' enquanto rapidamente corria para abrir a porta. No momento em que abri a porta foi como se toda a tristeza se evaporasse e uma súbita alegria invadiu o meu corpo no momento em que eu vi a Elora. Era quase inacreditável, teria ela fugido novamente? Acho que isso era quase impossível, sabendo ela aquilo que passou quando a vieram buscar quando descobriram onde é que ela estava escondida.


"Tive tantas saudades tuas." Disse apertando-a contra mim.

"Eu também, pensava que nunca mais chegaria aqui." Riu-se.

"Como vieste cá parar? Voltas-te a fugir?" Encarei-a.

"Hm, pois, eu tenho algo para te contar e pedir." Ela falou meio nervosa e eu fiquei logo sério.


Ela abriu a boca para falar, mas não disse nada porque rapidamente um corpo se meteu atrás dela. Era Louis. Aquele sacana que lhe fez tanto mal durante tantos anos. O meu corpo ficou imediatamente tenso com a sua presença e deixei a Elora sair do meu colo, enquanto que ela apertou a minha mão com uma certa força. Só podiam estar a gozar comigo. Mas este gajo ainda tem a lata de aparecer aqui depois de toda a porcaria que fez?


"O que é que este gajo está aqui a fazer?" Perguntei à Elora, já chateado.

"Foi ele que me trouxe e ele fechou a casa." Explicou calmamente, claramente não querendo mostrar que estava com medo de mim.

"Mas como é que ainda o trazes para aqui?" Questionei indignado.

"Ele precisa da tua ajuda."

"Ele precisa é de ir preso, Elora!"

"Por favor." Pediu-me.

"Tu estás maluca, só pode ser. Ele fez-te uma lavagem cerebral foi? Tu não podes ajudar este gajo, ele fez-te mal Elora!" Elevei o meu tom de voz. "Eu não vou ajudar alguém com sérios problemas mentais."

"É por isso mesmo que ele precisa da tua ajuda!" Respondeu no mesmo tom de voz que eu usara. "Ele precisa de ter nem que seja uma consulta contigo."

"Nem penses." Cuspi as palavras.

"Liam!" Choramingou.

"Eu não percebo porque é que estás a querer ajudar este tipo!"

"Porque eu precisa e eu não posso pedir a qualquer pessoa, eu pago-te. O dinheiro que tu quiseres." O Louis interveio.

"Depois do que me fizeste naquele dia? Depois de toda a merda a que submetes-te a Elora? Nem pensar!" Voltei a responder chateado. "Eu não vou ajudar alguém que destruiu não sei quantas vidas, tens noção que se eu quiser ter um filho com ela, que eu não vou poder?" Ri histericamente.

"Eu sei, tenho noção do que aconteceu e essa foi a razão maior para que eu quisesse acabar com tudo. Ouve," o Louis suspirou. "Se quiseres bater em mim para podermos fazer isto, então força."

"Talvez o ajude." Olhei para a Elora e fiz um sorriso sinistro.


A conversa ficou por ali e logo me soltei da Elora, aproximei-me ligeiramente do Louis e logo lhe dei um soco, atingindo-o em cheio no nariz. Repeti o sorriso cínico de há pouco para a Elora e entrei dentro de casa, deixando para eles um sinal para que entrassem os dois também.

Psychiatrist // L.P. {terminada}Where stories live. Discover now