Capítulo 26

Mulai dari awal
                                    

- Acho melhor ficar calado. - diz e rolo meus olhos, segurando um sorriso.

- Quer entrar? - pergunto abrindo espaço.

- Seu pai não está em casa?

- Não, talvez nem apareça hoje. Na verdade... - digo devagar. - Ele pode aparecer só daqui uns dois dias.

- Ainda está na casa de sua irmã? - assento e vejo cruzar os braços. - Ele não me parece ser o tipo de pai, que deixa uma filha sozinha, no meio de uma floresta, por muito tempo.

- E não é! Entre.

Noto que Thomas percebe que a casa está um pouco vazia. Sem os materiais de meu pai, a casa fica mais espaçosa.

- Quer água, suco, café? - ofereço e ele assente.

- Um suco está bom.

Vou para cozinha fazendo um coque alto e abro a geladeira pegando alguns limões, quando me viro dou de cara com Thomas no pé da porta.

- Andou arrumando a casa? - pergunta sério com os olhos em cima de mim.

- Sim. - respondo calmamente estranhando sua reação.

- Não devia fazer muito esforço no estado em que se encontra. - murmura irritado e logo percebo do que se trata. Deixo os limões de lado e encosto-me na bancada da pia.

- Não estou grávida Thomas. - seu semblante se transforma para desentendido.

- Mas eu gozei...

- Eu sei. - interrompo sentindo meu rosto esquentar. - Foi descuido de nossa parte, não se culpe sozinho, mas não estou grávida.

- Tem certeza? - sua voz foi uma mistura de alívio e perda. Perda?

Por segundos imaginei ter um filho com Thomas, apesar de não conhecê-lo tão bem, acho que seria um bom pai e se fosse um menino teria que ser parecido com ele.

- Certeza absoluta não, mas não estou com um bebê na barriga e vou logo avisando que as possibilidades são mínimas. - digo de modo divertido para aliviar um assunto tão importante.

- Você está... - ele indaga sem jeito e cresço os olhos envergonhada.

- Thomas! - repreendo-o virando de frente para o balcão. - Eu não estou naqueles dias e também não estava em período fértil no dia que...

- Transamos. - ele conclui e encaro o lado de fora, através de uma janela de vidro.

- Me sinto muito mal por ter feito toda essa confusão, se eu tivesse te escutado. - murmuro chateada.

- Não tem problema. - diz gentil e riu voltando-se pra ele novamente cruzando os braços.

- Não tem problema? Admita que sua vontade agora é de me matar por bagunçar tanto seu mundo. - sua expressão é séria, porém, sem raiva.

- Não sou capaz de matar um anjo.

As palavras ecoam pela minha mente. É a segunda vez que ele se refere a mim como um anjo, a primeira estava bêbado, quase não conseguia ficar em pé. É impossível que se lembre disso, não tem como, ele havia bebido demais. No entanto, ouvir ele me chamar desse modo tão carinhoso, fez meu coração acelerar.

- O que disse? - murmuro nervosa.

- Que sou incapaz de matar um anjo que ajudou um bêbado. - fala se aproximando de mim, mas ficando ao meu lado, encostado na bancada. - Sim! Eu me lembro.

O calor de seu corpo irradia. Não ouso levantar a vista, se fizer isso serei incapaz de resistir. E eu quero? Saber que ele se lembra desse episódio me deixa muito nervosa. Será que falei algo que não devia aquele dia? Se ele se lembra disso, deve se lembrar de tudo. Será que ele estava fingindo? Não... eu senti o cheiro forte de álcool.

- Merda! - praguejo vendo um filete de sangue sair de meu dedo. Estava com um pensamento tão longe, que acabei não prestando atenção no que exatamente estava cortando.

- O que houve? - Thomas pergunta preocupado.

- Acabei de arrancar um pedaço do meu dedo! - exclamo sentindo o pequeno corte arder, olhando para um Thomas tranquilo.

Ele pega minha mão analisando o machucado, abre a torneira da pia e leva meu dedo até a água.

- Arrancou um pedaço do dedo? - vejo a sombra de um sorriso.

- Se vai rir de mim é melhor ir pra sala ou ir embora. - falo séria.

- Não seria capaz de rir de você. - cerro meus olhos vendo claramente o sorriso abrir. Bufo com raiva.

- Não tem mais nada pra fazer?

- Onde tem uma garrafa de álcool? - ele pergunta me ignorando. Limito-me apenas a responder com a cabeça.

Thomas sai do meu lado e fecho a torneira observando de perto o corte. Porque que cortes pequenos sangram tanto? E porque cortes pequenos doem tanto? Noto Thomas voltar e se posicionar atrás de mim.

- O que está fazendo?

- Cuidando de você. - o ar que sai de sua boca atinge os fios de cabelos em minha nuca, arrepiando meu corpo. Thomas despeja o álcool em minha mão e prendo minha respiração. De repente ele beija minha nuca tirando minha atenção. Riu nervosa com sua atitude.

- Essa é sua ideia para que eu não sinta dor?

- Espero estar funcionando.

- Posso dizer que sim... - digo nervosa e sinto seu corpo se pressionar mais no meu.

- Bom saber disso. - sussurra roucamente.

O álcool é deixado de lado e Thomas me vira deixando de frente para ele. Faz um pequeno curativo e deposita um pequeno beijo me olhando em seguida. Estou tão fascinada que em nenhum momento meus olhos saíram de cima dele. O gesto tão carinhoso faz meu coração incendiar e aumentar ainda mais minha paixão por ele.

Sim, eu estou malditamente gostando de Thomas Ackles! E por mais que eu repita e tente provar para mim mesma que é só atração, meu coração não consegue mais esconder. Estou apaixonada por ele.

Desejos & Segredos: O Toque Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang