- Me desculpe, eu não notei que...

- Shh... - ele me beija com força, como se estivesse tentando esquecer. Seus quadris mergulham em mim frenéticos, nervosos, poderosos. Os músculos rígidos, tensos e ficava difícil me concentrar em alguma coisa. Seu rosto estava duro, o suor escorrendo por sua face.

Sua boca devora um dos meus seios, duros com a tensão, sensíveis a cada toque, ele deslizou a mão entre nossos corpos e tocou novamente meu íntimo me fazendo morder meu lábio abafando meu grito, minha cabeça inclinando para trás. Deu mais um impulso e desmoronei. Os espasmos passavam por meu corpo e minhas mãos agarravam os lençóis da cama.

Fitei Thomas assistindo-o ficar rígido e mais grosso dentro de mim, sua boca abriu em um grito silencioso e em seguida desabou em mim, afundando ainda mais o colchão.

Após um período curto de tempo, nossos corpos se acalmam e Thomas rola para o lado me puxando para seu corpo.

- Como está? - pergunta suave e me avalio mentalmente. Sorriu.

- Esgotada. - murmuro baixo sem forças para falar. Meu corpo já estava cansado por conta do resfriado, com esse exercício perdi o resto de energia que tinha.

- Eu devia ter adivinhado que isso iria acontecer. - diz divertido e aceno com a cabeça.

- Deveria... - fecho meus olhos sentindo os beijos delicados de Thomas em minha costa. - Isso foi maravilhoso!

- Foi sim minha Mel, foi sim... - senti um pouco de confusão na voz de Thomas, mas não tinha força para olha-lo.

- Thomas... Você foi incrível, sei que já deve ter escutado isso de muitas mulheres mais eu queria dizer. - seus lábios se abrem em um sorriso grudado em minha costa.

- Levarei em consideração só a sua opinião. Agora durma, você precisa descansar. Fez atividades demais por hoje.

- Eu diria que foram... - não consigo completar a frase, caindo em um sono profundo.

~~~~~~*~~~~~~*~~~~~~*~~~~~~

Não escuto mais o som da chuva, na verdade não escuto som nenhum. Mexo na cama sentindo algumas partes do corpo doloridas e sensíveis. Ao virar percebo que estou sozinha. Onde será que ele está?

Levanto-me da cama, pegando o short e a blusa que foram emprestadas e sigo para o banheiro. Encho a banheira enquanto observo meu corpo. Meus seios estão um pouco arroxeados e minha pele tem cor carmim, sei que a maior mudança está dentro de mim e não fora.

Eu estava gostando mais do que devia de Thomas e tinha muito medo de não ser correspondida. Tenho que voltar hoje para minha casa, não posso permitir ficar mais tempo e ter o risco de perder meu coração. Thomas e eu só tínhamos uma coisa em comum, dávamos bem na cama e seria só isso.

Entrei na água morna sentindo minha intimidade arder e meu corpo relaxar. Era muito bom tomar banho com água morna. Depois de um tempo e já vestida, desci até a cozinha encontrando Beth.

- Acordou menina! - exclamou alegre e sorri. - Sr. Thomas me disse que quando acordasse estaria com fome, então preparei uma refeição pra você.

- Ele disse? - perguntei tentando saber de mais.

- Sim. Venha, sente-se.

Caminhei até o banco procurando algum relógio pela cozinha, mas não achei.

- Sabe que horas é Beth?

- São cinco horas da tarde.

- Já? Nossa, dormi demais.

- É normal quando se está resfriada, o corpo pede descanso para recuperar logo. - ela diz e sorriu.

Se fosse só doença! Elizabeth colocou várias comidas na bancada e fui comendo de tudo um pouco. Eu não havia perguntado sobre Thomas. Sendo sincera eu ainda estava tentando raciocinar o que havia acontecido, o que foi muito bom.

Ele me queria, seu corpo me queria, assim como eu, porém eu duvidava muito que seu coração pudesse me querer. Elizabeth cantarolava quando um senhor entrou pela porta que dava acesso ao lado de fora da casa. Ele me deu um breve aceno e perguntou para Elizabeth onde estavam seus materiais de trabalho.

- Seu Euclides! - exclamou surpresa por vê-lo. - Creio que o patrão não precisará dos seus serviços hoje. Eu iria lhe avisar, mas acabei esquecendo.

- Sem problemas, volto outro dia. - ele sorriu e saiu me dando outro aceno.

- Quem é Beth? - pergunto curiosa.

- Ele cuida da estufa, era para ser hoje mais Sr. Thomas se enfiou lá dentro e ainda não saiu. Isso sempre acontece quando algo o incomoda.

Vinco minha testa. O que será que está incomodando-o? Termino de comer meu lanche e agradeço Elizabeth indo atrás de Thomas. Faço todo o caminho de outro dia e paro em frente à porta de vidro, abrindo-a com cuidado. Vejo Thomas todo sujo de terra, concentrado em suas plantas. Aproximo-me chamando seu nome com cuidado para não se assustar.

- Thomas... - seu rosto inexpressivo me olha e fita minha barriga, voltando sua visão para as flores.

- Eu não devia ter feito isso com você. - junto minhas sobrancelhas com seu tom sério.

- Feito o que?

- O que fizemos Melissa? - pergunta sarcástico sem me olhar. - Eu não devia ter feito isso com você, só pensei em mim, no meu desejo. Nem se quer pensei nas consequências.

O que ele está dizendo? Eu achei que ele queria. Ele disse coisas que me deu a entender que seria sua. Vejo agora que tudo não passou de uma ilusão de minha cabeça.

- Está arrependido? - minha pergunta sai num fio de voz. Minhas pernas enfraqueceram e senti meu coração partir sem ter uma resposta.

Viro-me de costas caminhando para a saída. Eu sabia que ele iria me machucar, só não sabia que seria tão rápido.

- Onde está indo? - ouço sua voz desentendimento.

- Embora. - digo firme a raiva me dominando. Como ele pode querer que eu fique, depois de agir como um idiota?

- Por quê? - escuto-o sair de sua cadeira e me viro vendo sua expressão de confuso.

- Por quê? Eu não vou ficar aqui ouvindo o quão está arrependido do que fizemos. Eu não mereço ouvir isso. Se você não gostou me desculpe, eu não sou tão experiente como as que você já ficou. - falo aumentando meu tom. - Se foi por causa que toquei em suas costas, me desculpe também. Eu queria te tocar, te sentir... Eu queria isso. Pra mim foi bom, foi maravilhoso.

Thomas chega a mim e me segura pelos braços.

- Eu não sei o que você está pensando. Não estou arrependido do que fizemos, estou... - interrompo-o me soltando de suas mãos.

- Mudou de opinião? - pergunto irônica e ele cresce os olhos surpreendido. - Está vendo? Você muda o tempo todo, eu não sei o que pensar de você, como agir estando perto de você, eu não sei nem o que falar quando estou com você. Você não se abre Thomas. Fica no seu mundo obscuro, cheio de riqueza mais é sozinho. Eu estou aqui! E mesmo assim você se fecha. Eu não sei lidar com isso, eu estou tentando, eu juro que estou, mas precisa me ajudar. - suspiro cansada, sentindo as lágrimas arderem em meus olhos. - Eu sei que você me pediu um tempo e eu estou disposta a te dar, mas tem que falar comigo Thomas, tem que me deixar entender.

Thomas fica calado apenas me olhando, sem dizer uma só palavra.

- Eu vou pra minha casa. Obrigada por cuidar de mim e por me deixar ficar. - complemento.

Saiu correndo desejando esquecer-se de tudo. Pelo caminho coberto até a casa, vejo Lucky e passo pelas estruturas indo até ele enxugando meus olhos.

- Ficamos tempos demais... Está na hora de irmos.

Monto-o e avisto Thomas me olhando da porta de sua estufa, viro minha cara com expressão abatida e cutuco Lucky que começa a cavalgar de volta para minha casa, meu lugar.

Desejos & Segredos: O Toque Where stories live. Discover now