Capítulo 22 - Nada faz sentido...

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"Se você ama uma pessoa, você não tem que esquecer, tem que lutar para que possam ficar juntos"

Respondi sua pergunta com a primeira coisa que se passou pala minha cabeça. Sequei as lágrimas que a essa altura já estavam transbordando dos meus olhos e olhei para o céu uma última vez antes de entrar.

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- Sara preciso da sua ajuda - Hanna gritou da sala - vou escolher meu vestido e quero que venha comigo!

Eu estava sentado na minha cama lendo o livro "como eu era antes de você" - quando seu namorado terminar com você por um motivo desconhecido, não cometa o erro de ler romances - meus olhos estavam cheios de lágrimas, ultimamente eu tenho estado bem sensível.

Eu tinha acordado com muita dor de cabeça e meu estômago estava embrulhado, por isso eu acabei não indo à faculdade, e meus planos era ficar jogada na cama de pijama, com uma panela de brigadeiro em uma mão e um livro de romance bem clichê na outra. Estava tudo perfeito, até minha irmã cisma que eu tinha que ir com ela escolher seu vestido.

Dan tinha pedido Hanna em casamento há algumas semanas atrás e com isso os dois estavam super animados com os preparativos, eu entendia o entusiasmo, mas sinceramente a última coisa que eu queria era sair para ver vestidos de noiva.

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa minha irmã já estava na porta do meu quarto, ela estava me tratando como se fosse minha mãe, eu estava de saco cheio. Tentei inventar uma desculpa, mas como sabemos não deu certo, então lá fui eu, em plena terça feira a tarde escolher vestido de noiva para minha irmã grávida.


Já tinha se passado duas horas, eu estava morta, Hanna foi em todas as lojas de noivas do Texas e só fomos achar o maldito vestido na última. Meus pés estavam doendo e minha barriga gritando por comida.

- agora que achamos o bendito vestido podemos comer? - perguntei.

- claro! - Hanna respondeu sorrindo - que tal MC.donald's?

Eu sorri como uma criança - MC.donald's é meu ponto fraco - entramos no carro e seguimos o caminho em silêncio, um silêncio ótimo, mas infelizmente minha irmã resolveu que "precisávamos conversar."

- como você está Sara? Desde que você se mudou há um mês a gente ainda não parou para conversar direito - me olhou por um momento e logo voltou a encarar a estrada.

Como eu estava? Acho que poderia descrever minha atual situação como o fundo do poço. Antes de responder a pergunta que minha irmã fez, eu parei pela primeira vez em um mês para pensar na minha situação. Eu estava tão o culpada pensando na situação dele, pensando nas besteiras que ele deveria estava fazendo. Acho que em nenhum momento pensei realmente em mim.

- estou bem - tentei soar confiante, mas pelo jeito que Hanna me olhou não deu muito certo.

- não Sara, não está! - confirmou - acho que você precisa superar, você ainda é jovem, vai encontrar alguém que realmente a mereça - falou confiante e estacionou o carro.

Depois da conversa estranha com a Hanna, saímos do carro seguimos até o Mc. Donald's do outro lado da rua, entramos juntas e fizemos nossos pedidos. Assim que eu e minha irmã sentamos-nos à mesa perto da vidraça - onde tinha uma linda vista da rua - eu abri a embalagem onde estava o lanche e de repente senti meu estômago revirar e uma vontade absurda de vomitar surgiu. Corri até o banheiro mais próximo e só deu tempo de abaixar em frente à privada.

- aí meu Deus Sara! - Hanna pareceu atrás de mim segurando meu cabelo - você está bem? - perguntou quando eu me levantei.

- o que você acha? - perguntei irônica.

Andei até a pia e abri a torneira limpando minha boca, joguei uma água no meu rosto e quando virei para trás, Hanna me encarava seria, como se tivesse acabado de descobrir o pior dos meus segredos.

- precisamos ir para casa agora! - falou de repente me puxando para fora do banheiro. Antes de sairmos do estabelecimento, eu olhei uma última vez para mesa onde meu lanche estava intacto me olhando.
Dentro do carro nem uma palavra foi dita, eu estava começando a ficar irritada quando o carro finalmente parou na entrada de casa. Eu fui a primeira a sair, entrei na cozinha e peguei um suco na geladeira, quando estava seguindo para o meu quarto, Hanna a pareceu e segurou meu braço me fazendo encará-la.


- preciso que faça esses testes - me entregou uma sacola cheia de caixas. Eu olhei e me surpreendi com a quantidade de testes de gravidez. Senti meu coração acelerar. Eu não estava grávida!

- eu não estou grávida Hanna! - gritei devolvendo a sacola a ela. Eu não podia está grávida. - eu menstruei esse mês, não estou grávida... - falei e sai andando.

- para de ser infantil Sara - minha irmã me seguiu até meu quarto - faça os testes, se você não estiver ótimo, caso o contrário...

- qual a parte do "eu menstruei esse mês" você não entendeu? - perguntei nervosa.

Eu sentei na minha cama, de costas para minha irmã e fiquei tentando lembrar se tinha transado sem camisinha alguma vez. Diego foi o único homem com que eu dormi, e apesar de termos transando poucas vezes, eu não lembrava se tínhamos usado camisinha em todas. Essa incerteza começou a me deixar nervosa e quando eu fui perceber já estava suando frio.

- olha Sara, eu vou deixar isso aqui - depositou a sacola com os testes na cama - fazer o teste não vai te mata. - dito isso ela saiu do quarto fechando a porta.

Soltei um suspiro pesado e levantei da cama, peguei a sacola e entrei no banheiro. O que tiver que ser, Será!

A babá (COMPLETO)Where stories live. Discover now