08.

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"Let the darkness come for me, let it try to steal my soul,
as if I had a soul to steal"

Lydia Martin

Raios de luz tocavam em meus olhos me dando bom-dia, meu corpo implorava por um banho e eu por um remédio pois as dores de cabeça pareciam aumentar a cada inspiração e expiração que fazia, sem dizer que minha memória era como um borrão totalmente obscuro. Tudo que me lembrava era alguns flashes de memória como quando cheguei aquela casa, e só.

Era apenas isso.

Talvez aquela tenha sido a melhor noite da minha vida e não lembro nem a metade da mesma, mas agradeceria ao álcool se aquela noite fora um completo desastre, pelo menos não me torturaria com lembranças.

Tentei me mover da posição, já desconfortável, que eu me encontrara na cama (não sabia nem ao menos como havia chegado nela), mas no mesmo instante senti todos os ossos do meu corpo clamarem por clemência. Não aguentando mais aquela posição eu me levantei em um pulo --sentindo, certamente, as dores em meu corpo.-, e caminhei em direção ao banheiro em busca de um banho relaxante.

Já pronta e devidamente arrumada, fui a cozinha á procura de algo para comer, a fome já avisava-me de sua chegada mas antes mesmo de acabar com tamanha tortura, fui logo procurando um milagroso remédio para acabar com as dores agudas em minha cabeça.

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Encontrava-me já na escola, dentro da sala de aula, enquanto o professor explicava alguma nova matéria, mas minha atenção não estava nos algoritmos escritos na lousa, ou em sua voz grossa e levemente irritante, meus pensamentos estavam além disso, muito além.

Ainda não sei o motivo mas ainda insisto em me perguntar e perguntar ao universo a minha volta o por quê de não ter problemas fúteis e comuns, como "com que roupa vou sair" ou "que sapato usar", eu já os tive antes e dava tanto valor a eles mas agora percebo que não eram nada comparado aos problemas de agora, os realmente graves, que se com um fraquejar eu posso arriscar a vida de alguém.

Ainda não sei como lidar com o fato de que com um pequeno erro meu ou de algum dos meus amigos, um inocente pode não possuir sua preciosa vida amanhã. Ou talvez um deles não a tenha mais. Isso me assusta...

As horas foram passando e não conseguia encontrar nenhum deles na escola, os horários iam mudando mas ainda sim os ver estava extremamente difícil. Nosso vínculo parece que está a se partir, eles se desculpam dizendo que são as aulas ou os problemas em casa mas todos sabemos que não é isso, eu sei disso. Entendo que a cada dia mais, as aulas ficam ainda mais puxadas e sei também que qualquer pessoa tem problemas em casa, mas está evidente que algo está acontecendo entre nós, é como se o bando estivesse se separando e cada um estivesse indo seguir seu próprio caminho.

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Já era noite e tudo que eu mais queria era espairecer, peguei um agasalho que se encontrava pendurado perto da porta e sai andando pela rua, podia sentir o vento tocar-me em meus cabelos levemente ruivos, e meus dedos começavam a congelar mesmo com as mãos devidamente protegidas.

Enquanto caminhava por Beacon Hills uma saudade enorme bateu, uma saudade dela e eu a sentia ali, comigo. Sentia Allison. Não sei se isso é mais algum "dom" das Banshees ou se era meu subconsciente jogando comigo por sentir falta dela, mas eu a sentia ali, do meu lado. E naquele momento todos os problemas se foram.

Estava rindo sozinha para a escuridão da noite e luz da lua, quando ouço o telefone tocar.

SCOTT.

Estranhei o seu nome escrito no visor do telefone, ligações do Scott estavam a se tornar cada vez mais raras.

"Scott?" Perguntei deixando evidente a minha surpresa.
"Lydia, preciso conversar com você, pode me encontrar?"
"Claro! Chego em 15 minutos."
"Tudo bem, te espero aqui."

Agradeci por já estar perto da sua casa, talvez se acelerasse o passo chegaria antes disso.

Caminhei, agora um pouco mais rápido e com um caminho determinado em mente. A rua estava deserta e aquilo não me surpreendia, ás vezes um carro passava ao meu lado na rua mas nada além disso.

Eu podia ouvir passos atrás de mim. Eu estava alerta e o medo já começava a querer fazer parte do momento. Meus passos começaram a aumentar a velocidade quase instantaneamente e ainda sim conseguia ouvir os passos atrás de mim aumentarem gradativamente assim como os meus. Eu já estava a dar sinais de cansaço e podia jurar que se precisasse correr eu seria uma grande causa perdida.

Avistei a casa de Scott e ao mesmo tempo um suspiro de alívio meu veio à tona, mas durou pouco.

Uma buzina forte fora dada atrás de mim me dando um susto e me fazendo olhar para o mesmo. O farol do carro era extremamente forte e me cegou por quatro segundos, o suficiente para o que aconteceu logo depois.

O restante são apenas flashes de memória do ocorrido, eu podia ver uma mão, um pano posto entre minha narina e boca, e logo após uma grande escuridão.

Mas pude ouvir uma voz, rouca e grossa, como um eco em minha cabeça dizendo as seguintes palavras:

"Achou que iria se livrar de mim, Lydia Martin?"

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Oi gente!!¡¡ Como estão? Me desculpem pela demora na atualização, não era a minha intenção (nunca é).
Queria agradecer de coração o comentário de vcs nos capítulos, to amando, significa muito mesmo pra mim. Amo vcs! Pergunta: Desconfiam quem seja o dono dessa voz? haha

Quase 1000 lidos?¿ to chorando? sim ou claro? mt obrigada!
Música: War-Former Vandal
(vejam o vídeo da multimídia, vão gostar, tenho certeza!)


Strong Connection - CONCLUÍDAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora