Fui na cozinha pegar um copo de água pra mim e Max. Voltei e pus o copo numa mesinha ao lado de sua poltrona. Abaixei a cabeça sentindo pena de Max por estar imaginando mil coisas que estariam acontecendo com seu neto. Permaneci de cabeça baixa refletindo sobre o assunto até que meu celular tocou.
-Alô?!
-Mellanie... É... É...-uma voz cansada e parecendo que tinha acabado de correr dizia.
-Quem tá falando?-disse apressada.
-Richar...-ele não conseguiu terminar a frase pois a ligação caiu.
Nessa hora levei a mão à boca assustada e de repente me lembrei que nada disso teria acontecido se eu não tivesse chamado ele pra ir naquele bendito passeio. Comecei a chorar e coloquei a mão nos olhos para Max não me ver. Ele tocou minha mão e disse.
-O que foi minha querida?
-Eu sinto tanto, é tudo culpa minha.- disse entre choros.
-O que é culpa sua?-ele disse calmamente me perguntando.
-Eu..eu...Richard está nesta situação por minha culpa, eu o chamei para um passeio e sem querer fui burra demais e entrei no carro errado, e agora está acontecendo isto.
Ele se virou e pegou um lencinho de seu bolso e me deu. Peguei e sorri por estar tentando me consolar. Enxuguei as lágrimas peguei meu celular novamente, entrei na caixa de registros para ver o número da última ligação, da qual era de Richard. Sabia que ia me arrepender por ajuda-lo mas precisava fazer isso, se não por mim mas por Max. Digitei os números rapidamente e pedi licença indo para o andar de cima. Enquanto a ligação chamava entrei numa porta branca de madeira e vi que era o quarto de Richard. Havia algumas roupas fora do lugar e CD'S espalhados nos móveis; abri o guarda roupa e fiquei meio assustada com o que vi, um tipo de mapa de pesquisa com aquelas bolinhas vermelhas em alguns pontos da cidade e também em outros estados. Provavelmente aquilo era para ajudar a achar pistas sobre os assassinos que procurava. A ligação finalmente foi atendida, uma voz rouca e grossa atendeu.
-Alô.
Tentei mudar a voz pra não dar na cara.
-Oi, quem está falando?
De repente ouvi um barulho de tiro vindo da parte dele. Tentei manter a calma e fingir que não tinha ouvido.
-O que você quer?-o homem perguntou com uma voz mais estressada.
-Quero falar com Richard.
Tudo ficou em silêncio de repente mas continuei na linha.
-Alô. Mellanie, por favor me ajude.
-Ric, oh meu Deus. Onde você está? O que lhe fizeram?
-Não posso falar nada, só me deram 2 minutos, não sabem que é você senão nem estaria falando com você.
-Entendo, mas precisa me dizer alguma pista, coordenada, qualquer coisa que possa fazer pra ajuda-lo.
-Pelo que vejo estamos em alguma fábrica antiga, algumas placas têm nomes escritos de "Winstley" me parece ser o nome da cidade. Eles estão vindo, preciso ir, por favor me ajude.
Antes que pudesse dizer algo a ligação já tinha caído. Abri num site de pesquisas pra procurar sobre antigas fábricas em Winstley. Anotei tudo e desci as escadas para falar com Max.
-Eu sinto muito mas tenho que ir, eu prometo que o senhor terá seu neto de volta.
Ele se levantou e abriu um armário de madeira. Ele pegou minha mão e pôs uma chave com chaveiro de garrafa de Coca Cola.
-Você vai precisar.
Dei um abraço forte nele e fui. Abri a garagem da casa dele e vi um Maverick com sua pintura vermelha brilhante e o teto pintado de branco. Passei os dedos pelo capô e peguei a chave para abrir a porta. Me sentei naquele lindo banco estofado de couro e pus as mãos sobre o volante. Me senti corajosa por um minuto, e estava determinada a salvar Richard.
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OS SEGREDOS DELE
ActionMellanie Foster não passava de mais uma garota comum de dezessete anos; dedicada na escola, com uma boa família e uma boa vida, porém seus caminhos podem tomar rumos diferentes ao conhecer Richard o novo aluno de sua escola e seu vizinho. Quanto...