Nova Identidade (em revisão)

Capítulo 19 - A verdade

Música do capítulo: Galantis - Runaway (U & I)

Boa leitura ♥ ♥ ♥

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Os olhos de Jake são uma mistura de surpresa e alívio, mas ainda posso sentir sua expressão triste, como se ainda estivesse magoado.

- O que...porque...? – Ele tenta perguntar.

- Eu...eu... – Tento responder diante do frio. – Me desculpe, me deixe explicar, por favor, por favor... – As lágrimas voltam a cair loucamente.

E ele faz o oposto do que eu esperava. Jake me pega no colo, aquecendo meu corpo. Não sei se rio ou se choro de tanta felicidade e alívio. Pensei que nunca mais estaria em seus braços novamente.

Ele me deita com cuidado no seu sofá e as lágrimas continuam a rolar. Jake ajoelha-se ao meu lado.

- Porque você faz essas coisas? – Ele pergunta com um sorriso bobo, enquanto acaricia meu rosto. Fecho os olhos aproveitando cada segundo daquilo.

- Porque eu não aguentaria perder mais ninguém, principalmente você. – Falo ainda de olhos fechados.

- Vem, eu vou te dar um banho, não quero te ver resfriada. – Nem tenho forças para negar. Ele apenas me pega no colo novamente com a maior facilidade e me leva até seu quarto.

E então tudo começa a ficar nublado, o cansaço e o sono marcam presença. Ele tira minhas roupas e me dá um banho, cuida de mim como nunca alguém cuidou. Não deixo de perceber seu auto controle quase se esvaindo ao ver meu corpo nu.

Depois do banho ele me vestiu com uma de suas blusas e me deitou na sua cama. Ele se deitou ao meu lado de modo que ficasse de frente para mim e passou novamente a mão pelo meu rosto.

- Por favor, não me deixe. – Pedi.

- Apenas, durma, por favor. Depois conversamos...

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Abro os olhos e me pergunto onde estou. E então tudo vem de uma vez na minha cabeça. A descoberta de Jake, minha conversa com Nicole, meu carro na estrada, eu na chuva, ele me pegando no colo, ele me dando banho...

Que horas são? Procuro um relógio e encontro um em cima da mesinha de cabeceira ao lado da cama. Três horas da manhã.

Levanto-me da cama e vou até a sacada do quarto, e como eu esperava, Jake está lá, tão pensativo, olhando para o movimento do lado de fora que nem percebe minha presença.

Vou até a sacada, encosto-me na mesma ao seu lado e olho para a mesma direção que ele olha. Vejo seu olha se voltando para o meu.

- Ainda acordado? – Pergunto sem encará-lo.

- Não consigo dormir.

Dessa vez, não só meu olhar se volta para ele, mas sim, meu corpo todo. Puxo sua boca até a minha em um beijo aliviante. Eu precisava tanto daquilo.

- Nós precisamos conversar. – Ele diz, ofegante, com a testa colada na minha.

- Eu sei.

Conto para ele toda a história, detalhe por detalhe, e já no final, quando já choro muito, ele me abraça por vários minutos até que eu me acalme e são nessas horas que eu percebo o quanto precisamos um do outro.

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No outro dia acordo perto das onze da manhã e Jake também. Trocamos de roupas e ele me leva para almoçar em um restaurante muito agradável.

- Jake... – Olho para ele, tentando quebrar o seu silêncio desde que lhe contei o que aconteceu.

- Natalie, sinceramente, não sei o que você fez comigo... – Ele sorri, olhando pra baixo – Antes de você aparecer na minha vida, eu era como um robô, fazia tudo por obrigação. E quando você chegou, foi como se você tivesse colorido minha vida. Eu tô pronto pra enfrentar o que vier com você e por você, mas preciso saber se você tá disposta também.

- Olha tudo que eu passei , Jake. Eu achei que nunca mais ia conseguir amar alguém e olha agora, sinto que contigo ao meu lado posso acabar com isso que me persegue.

Ele sorri. Um sorriso tão sincero, tão lindo.

- Estamos juntos nessa? – Ele coloca a mão sobre a minha.

- Estamos.

Depois de almoçarmos, Jake pede a conta e meu celular toca.

- Alô? – É minha mãe.

- Natalie? – Estranho pela voz ser masculina e não dela.

- Pai, é você?

- Sim, Natalie, sou eu... – Ele fala com a voz embargada e eu tenho certeza que algo está errado.

- O que aconteceu? Cadê a mamãe?

E tudo vai se atordoando...

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Sim, estou de volta! Explicarei tudo logo logo. Beijos.